Os municípios da Serra da Estrela continuam de costas voltadas quanto ao aproveitamento do potencial turístico da zona. Esta realidade não consta das conclusões do Plano Estratégico de Turismo (PETUR) para a serra, cujo documento final foi apresentado em Manteigas, mas ficou óbvia na sessão da passada quinta-feira. A união e a complementaridade entre os dois lados da Estrela continua longe de se concretizar, a tal ponto que Pedro Guedes de Carvalho, coordenador do estudo, reclamou ironicamente «um Scolari para o turismo». (...)
Nesse sentido, lamentou que o PETUR continue a «dar primazia ao outro lado da serra e ignore os restantes concelhos». Uma crítica que o edil acentuou ao afirmar que o plano elaborado pela Universidade da Beira Interior (UBI) «parece mais uma encomenda». Contudo, também há descontentamento do outro lado da serra. João Esgalhado apontou a «menorização» do projecto do aeroporto regional previsto para a Covilhã, mas também a ausência de qualquer referência à Zona de Jogo da Serra da Estrela. «O projecto do casino deve ser promovido por todos os concelhos, porque é estimulador de outros investimentos», reclamou o vice-presidente da autarquia covilhanense, admitindo, por isso, que o município não partilha da «globalidade» das conclusões do estudo.
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