segunda-feira, julho 24, 2006

Indecisão quanto às maternidades

Jorge Branco, presidente da Comissão Técnica de Avaliação das maternidades, voltou a negar que o serviço do Hospital Pêro da Covilhã tenha sido escolhido para servir a Beira Interior, conforme foi noticiado nos últimos dias. "É o Conselho de Administração do futuro Centro Hospitalar que decide e propõe a solução ao ministro e não a Comissão", esclareceu.

Sem citar fontes, o Jornal do Fundão invocou "parâmetros técnicos e científicos" para a decisão, para além da existência da Faculdade de Medicina e de boas acessibilidades para a Guarda e Castelo Branco, dando a entender que as respectivas maternidades encerrariam. A notícia caiu que nem uma bomba na Guarda, mas foi desmentida por Fernando Girão, director do Hospital Sousa Martins. "Não há ainda qualquer decisão sobre os serviços que vão manter-se na Beira Interior".

O mesmo sustentou Joaquim Valente. O autarca local disse ter "informações da tutela de que nada estava decidido". Já Mota da Romana, porta-voz do Movimento Cívico, que tem lutado pela melhoria do Hospital da Guarda, considerou haver uma "campanha para fazer crer à opinião pública que a maternidade do Hospital da Covilhã é a melhor da região e que, por isso, será a única que vai manter-se".

"O que nos foi dito na Administração Regional de Saúde do Centro é que tudo está por decidir, mas quem o fará será a Administração do futuro Centro Hospitalar da Beira Interior, que nem sequer existe ainda", adiantou. Isso mesmo recordou Jorge Branco. O especialista acrescentou que esse órgão, que vai gerir os hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda, deverá decidir até 31 de Dezembro onde ficam as duas maternidades que vão servir a região.

por Luís Martins, Jornal de Notícias

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