quarta-feira, julho 19, 2006

Anedotas académicas, para rir e chorar

É uma anedota que um curso de Enfermagem em Portugal tenha uma nota de entrada superior a um curso de Engenharia. É uma anedota que um curso claramente politécnico, o de Turismo, Lazer e Património, seja um dos cursos de maior procura na vetusta Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É uma anedota que o curso de Engenharia Têxtil, o curso mais antigo da UBI, numa região de tradição e de indústria têxtil, feche por falta de alunos. É uma anedota que cursos de Engenharia admitam alunos sem a prova específica de Matemática ou de Física. É uma anedota que alunos de cursos superiores na área de Letras dêem erros ortográficos. É uma anedota que em tempos de racionalização da oferta educativa a Universidade de Aveiro abra o curso de licenciatura em Ciências do Mar quando a Universidade do Algarve tem dificuldade em captar alunos para os cursos da sua Faculdade de Ciências do Mar. É uma anedota que os alunos tenham a mesma representação que os professores nos órgãos colectivos das universidades, Senado e Assembleia da Universidade. É uma anedota que sejam só os alunos de graduação (licenciatura) a estarem aí representados, ficando de fora os de mestrado e doutoramento. É uma anedota que o Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior legisle abundantemente sobre o ensino superior e estejam ainda em vigor diplomas obsoletos, mas fundamentais, como a Lei da Autonomia das Universidades e o Estatuto da Carreira Docente Universitária. É uma anedota que o Governo seja o primeiro a desrespeitar as leis que ele promulgou, como a do Lei do Financiamento do Ensino Superior.
Aceita-se a indicação de mais anedotas.


A.Fidalgo in Ubiversidade

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