Indemnizações dependem de novo recurso nos tribunais. Desde o final do último ano que os protestos se sucedem, ora junto às fábricas de Paulo de Oliveira, ora junto das instalações do empresário Rui Cardoso, como ontem aconteceu Luís Fonseca.Cerca de uma centena de antigos trabalhadores da fábrica de lanifícios Nova Penteação, na Covilhã, concentraram-se ontem num plenário, numa das ruas do parque industrial da cidade, para reclamarem 750 mil euros de indemnizações em atraso há mais de dois anos.
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Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), anunciou que o Supremo Tribunal de Justiça não admitiu o pedido de recurso do empresário Rui Cardoso naquela instância, “por falta de pagamento de uma taxa de justiça”. No entanto, o advogado do empresário já entregou “o pedido de recurso para o Tribunal Constitucional”, alegando que “não tinha que pagar nenhuma taxa de justiça”, anunciou também o sindicalista aos antigos trabalhadores.Desde o final do último ano que os protestos se sucedem, ora junto às fábricas de Paulo de Oliveira, ora junto das instalações do empresário Rui Cardoso, como ontem aconteceu.
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“Independentemente dos pormenores técnicos e jurídicos, a questão de fundo está em saber se há moralidade por parte de um credor para apresentar todos estes recursos e permitir que Paulo de Oliveira não pague aos credores”, reclama Luís Garra. O presidente do STBB acha que Rui Cardoso “não tem autoridade moral” no processo, porque “representa apenas 0,1 por cento dos créditos da empresa e não apresentou nenhuma proposta em sede de recuperação da empresa”.
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“O QUE FAZ MOVER RUI CARDOSO?”Ainda segundo Luís Garra, “mesmo que o recurso fosse admitido e que os tribunais considerassem que Rui Cardoso tinha razão, nesta altura a Tessimax passaria para as mãos de Paulo de Oliveira”, sublinha, para questionar: “Então o que faz mover o empresário Rui Cardoso”. “Espero que não agrave as coisas de forma a que a discussão tenha que azedar”, ameaçou o sindicalista.Rui Cardoso já disse noutra ocasião, perante trabalhadores e jornalistas, que neste processo tem que defender a sua empresa, a Beiralã. “Se tem que defender, que diga quais os problemas que tem nessa empresa que mexem com o processo da Nova Penteação”, refere Garra.Paulo de OliveiraCinco milhões por entregarA Nova Penteação foi trespassada em Assembleia de Credores, no final de 2003, mas o empresário do sector têxtil, Rui Cardoso, contesta o negócio e desde então tem recorrido da sentença do Tribunal da Covilhã, mas sem conseguir provimento. Com os recursos, o trespasse ainda não transitou em julgado, o que permite ao actual proprietário, Paulo de Oliveira, reter o pagamento de 25 por cento das dívidas da Nova Penteação, cerca de cinco milhões de euros. O valor ascende a cerca de cinco milhões de euros, onde se incluem os 750 mil euros devidos de 300 trabalhadores.
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PropostasSardinhada de protesto?Durante o plenário de ontem, os antigos trabalhadores chegaram a sugerir um novo protesto em frente à residência do empresário Rui Cardoso, sendo inclusivamente proposta uma vigília e sardinhada para o local, garantindo uma presença permanente.No entanto, acabou por ser agendada uma reunião para 8 de Setembro, pelas 14:00 na sede do STBB, na Covilhã, e só nessa altura decidir quais as formas de luta a tomar.
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