IGS vai investigar os 108 médicos que mais prescrevem
A Inspecção-Geral da Saúde (IGS) está a investigar os hábitos de prescrição dos 108 médicos de centros de saúde que mais receitam medicamentos a nível nacional, cruzando esta informação com dados como a sua participação em congressos promovidos pela indústria farmacêutica. O objectivo é prevenir favorecimentos e prescrições injustificadas.
Este órgão do Ministério da Saúde - que vela pela legalidade nas instituições do sistema público de saúde - iniciou em Março deste ano uma inspecção que pretende racionalizar e moralizar a prescrição de fármacos. A IGS pediu assim a cada uma das 18 sub-regiões de Saúde uma lista dos seis médicos de todos os centros de saúde do país que mais receitaram remédios durante 2005, identificando os fármacos, tanto em número de embalagens como nos custos.
(...)
São as sub-regiões de Saúde que controlam a facturação dos medicamentos comparticipados ao nível dos centros de saúde da sua área geográfica e que centralizam o receituário de cada médico. Caso sejam detectadas situações suspeitas, a IGS pretende aferir se existe justificação clínica para as prescrições, confrontando-as, se for necessário, com as doenças registadas nos processos clínicos dos utentes, assim como com a participação dos clínicos em formações patrocinadas por laboratórios.
O outro alvo da inspecção são mesmo as acções de formação - o que inclui congressos, cursos, reuniões, simpósios ou jornadas frequentados pelos médicos do sistema público e financiados por laboratórios. Nesta área, a IGS escolheu investigar a actuação de 54 centros de saúde - julgados representativos pelas sub-regiões de Saúde - e de 36 hospitais centrais e distritais.
A formação sobre a inovação farmacológica está quase toda a cargo da indústria, mas depois da detecção de abusos foram criadas regras.
Uma circular de 1997 obriga a que um médico que queira ausentar-se para formação tenha de ser autorizado pelos dirigentes máximos do estabelecimento onde trabalha. No formulário a preencher, o clínico tem de indicar quem promove a acção, quem patrocina a deslocação e qual é o valor do financiamento. Ao responsável do respectivo serviço compete corroborar o interesse daquela formação para as funções que o médico em causa exerce.
A investigação da IGS tem sobretudo em mira os gestores dos serviços que autorizam as saídas dos médicos durante o tempo de serviço, sem que com isso percam regalias como o subsídio de refeição. A inspecção quer que as regras de controlo interno sejam apertadas.
Num questionário enviado aos conselhos de administração dos hospitais e responsáveis pelos centros de saúde é perguntado quantas horas os médicos passaram nestas acções. A inspecção pode resultar em processos disciplinares a gestores que autorizaram saídas sem ter em conta o interesse dos serviços e também a médicos.
A Inspecção-Geral da Saúde (IGS) está a investigar os hábitos de prescrição dos 108 médicos de centros de saúde que mais receitam medicamentos a nível nacional, cruzando esta informação com dados como a sua participação em congressos promovidos pela indústria farmacêutica. O objectivo é prevenir favorecimentos e prescrições injustificadas.
Este órgão do Ministério da Saúde - que vela pela legalidade nas instituições do sistema público de saúde - iniciou em Março deste ano uma inspecção que pretende racionalizar e moralizar a prescrição de fármacos. A IGS pediu assim a cada uma das 18 sub-regiões de Saúde uma lista dos seis médicos de todos os centros de saúde do país que mais receitaram remédios durante 2005, identificando os fármacos, tanto em número de embalagens como nos custos.
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São as sub-regiões de Saúde que controlam a facturação dos medicamentos comparticipados ao nível dos centros de saúde da sua área geográfica e que centralizam o receituário de cada médico. Caso sejam detectadas situações suspeitas, a IGS pretende aferir se existe justificação clínica para as prescrições, confrontando-as, se for necessário, com as doenças registadas nos processos clínicos dos utentes, assim como com a participação dos clínicos em formações patrocinadas por laboratórios.
O outro alvo da inspecção são mesmo as acções de formação - o que inclui congressos, cursos, reuniões, simpósios ou jornadas frequentados pelos médicos do sistema público e financiados por laboratórios. Nesta área, a IGS escolheu investigar a actuação de 54 centros de saúde - julgados representativos pelas sub-regiões de Saúde - e de 36 hospitais centrais e distritais.
A formação sobre a inovação farmacológica está quase toda a cargo da indústria, mas depois da detecção de abusos foram criadas regras.
Uma circular de 1997 obriga a que um médico que queira ausentar-se para formação tenha de ser autorizado pelos dirigentes máximos do estabelecimento onde trabalha. No formulário a preencher, o clínico tem de indicar quem promove a acção, quem patrocina a deslocação e qual é o valor do financiamento. Ao responsável do respectivo serviço compete corroborar o interesse daquela formação para as funções que o médico em causa exerce.
A investigação da IGS tem sobretudo em mira os gestores dos serviços que autorizam as saídas dos médicos durante o tempo de serviço, sem que com isso percam regalias como o subsídio de refeição. A inspecção quer que as regras de controlo interno sejam apertadas.
Num questionário enviado aos conselhos de administração dos hospitais e responsáveis pelos centros de saúde é perguntado quantas horas os médicos passaram nestas acções. A inspecção pode resultar em processos disciplinares a gestores que autorizaram saídas sem ter em conta o interesse dos serviços e também a médicos.
in Público
Finalmente parece que alguém começa a investigar os médicos. Para já está-se a começar por aqui. mas gostaria também de ver investigadas as baixas médicas passadas, bem como o cumprimento dos horários destes profissionais(?) nos Centros de Saúde e Hospitais...
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