Diogo Dias: Um artesão menino
Com trabalhos na última Feira do Linho
Diogo Dias tem de 13 anos, mas revela-se um verdadeiro homem na arte de trabalhar a madeira e criar diferentes peças artesanais, como candeeiros, chaveiros, fachadas de casa em xisto ou relógios. Um talento que descobriu em férias passadas com os avós em Bogas de Cima, e foi dado a conhecer na última Feira do Linho.
Um pedaço de madeira, uma das telhas que o avô tem guardadas, depois de ter renovado o telhado da casa, e uma tigela de barro, que outrora servia para retirar resina dos pinheiros, são elementos que usa para construir os originais candeeiros, fazendo-lhes também a ligação eléctrica.
Conta que a ideia surgiu-lhe enquanto visitava uma exposição no Pavilhão Multiusos do Fundão, cidade onde mora. Fascinado, achou que conseguia fazer algo parecido. Há ano e meio, experimentou, tomou-lhe o gosto e, desde então, aproveita o tempo livre das férias para dar asas à imaginação. Por exemplo, a partir de uma simples peneira faz um relógio de parede, que decora conforme dita a criatividade.
Desde pequeno lida com máquinas que dão forma à madeira, pois o pai tem uma marcenaria. “Dá-me um grande prazer fazer estes trabalhos”, diz, considerando que "as horas a fio" são muito bem aproveitadas, porque “consegue-se um resultado final”.
Humilde, o pequeno Diogo conta à Kaminhos que com os dividendos da exposição em Bogas de Cima quer comprar os livros para o próximo ano lectivo e assim ajudar os pais. Quer tirar um curso superior de engenharia electrotécnica, pois entende que esta arte só será para desenvolver nos tempos livres. No entanto, acalenta o desejo de mostrar a sua veia artística para lá de Bogas de Cima.
Sem comentários:
Enviar um comentário