sexta-feira, julho 07, 2006

Kulturlândia



Imaginemos um lugar onde o sol de verão cobre de ouro o chão dos montados, exsuda resinas essenciais pelo silêncio das encostas bravias no pino do meio-dia, banha os corpos de bronze e faz apetecer as sombras...

Um lugar suspenso na noite povoada de astros, de silêncios, rumores, ante o brilho dos olhares...

Um universo sensível onde tudo pode acontecer, sem reservas, nem limites, nem fronteiras...

Um lugar simultaneamente ponto de convergência e de irradiação, território regenerador de afectos, inspirador de desejos, de sonhos...

Ilha banhada de luar, acostada e acometida pela magia criadora de artistas aventureiros, pela avidez dos amantes e por toda a espécie de náufragos, perante a curiosidade benigna dos simples...

Imaginando um lugar assim, fica-nos o desejo de vivê-lo; e, pela força desse desejo, o imperativo de criá-lo! Somos, então, chegados à Kulturlândia...

Na origem da Kulturlândia está a vontade de criar um evento que propicie, calma e serenamente, a fruição de bens culturais aos que por aqui vivem, e, simultaneamente, se constitua como alternativa válida a um período de férias relaxantes para todos aqueles nossos conterrâneos que estão por fora, conjugado com programas diurnos de animação e recreação, designadamente desportos de natureza, ou com o simples desfrute das nossas piscinas, praias fluviais e albufeiras.

Kulturlândia promete ser um festival de verão. Realizado em tempo de calmarias, onde as noites mornas convidam a sair à rua, será, por isso, um festival tendencialmente embalado pelas brisas nocturnas portadoras das fragrâncias silvestres, ao luar, ou tão só às estrelas. Um festival aberto a todos os tipos de manifestações culturais, onde, durante 9 dias, cabem exposições de artes plásticas, mercado de livros, discos, artesanato e etnografia, espectáculos de teatro, música e dança, sem limitações de género ou nível de erudição, que utilizará o mais possível a vila como palco, mas que adoptará o Solar do Conde e o seus múltiplos espaços como sede. De facto, ali se situarão o Palco das Tílias e o Palco da Laranjeiras. No primeiro decorrerão os principais espectáculos, enquanto o segundo funcionará como palco esplanada, onde se poderão ver e ouvir várias formações e estilos musicais, no tempo de tomar um refresco ou mesmo ou refeição ligeira. Aí teremos também uma zona de mercado (livros, discos, velharias, produtos da terra) e um espaço de recreio para crianças.
Em regra, haverá dois espectáculo por noite: um no palco principal, antecedido de outro, de tipo café concerto, no palco da esplanada.
A esplanada, onde serão servidas bebidas e refeições ligeiras, abre diariamente às 16 horas e prolonga-se para além do último espectáculo da noite, propiciando um momento de descontracção e troca de impressões.

Mas não se esgotam por aqui as possibilidades de conviver com a arte. Pequenos concertos e oficinas diversas poderão ocorrer em qualquer local: em campo aberto, à sombra de uma árvore, à beira de um curso de água ou no interior de uma mata. Por outro lado, uma programação desportiva, especialmente direccionada para o convívio e descoberta do concelho, impedirá qualquer bocejo de inactividade e aborrecimento.

Iniciativas como exposições, colóquios e outras decorrerão em horários diurnos ao longo dos nove dias.


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