Adolescente analisa consumo
de media por adolescentes
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Os adolescentes praticamente não compram música (é quase toda pirateada), podem passar longos períodos de tempo sem ver televisão, são muito activos em redes sociais (como o Facebook), mas ligam pouco ao Twitter – estas conclusões não têm qualquer validade estatística, mas são parte de um relatório elaborado por um estagiário adolescente do banco de investimentos Morgan Stanley. O documento está a causar furor.
Matthew Robson tem 15 anos (e sete meses, precisa o documento do Morgan Stanley) e foi-lhe pedido que elaborasse um relatório sobre as preferências dos adolescentes no mundo dos media, com base no seu próprio comportamento e no dos seus amigos.
O resultado foi, nas palavras que antecedem a publicação do relatório, “uma das mais lúcidas e estimulantes análises que já vimos”. O Financial Times fez um artigo com base no documento e a notícia já se espalhou pela imprensa internacional.
A análise de Robson abarca os vários tipos de media. Uma das conclusões apresentadas é a de que os adolescentes não ligam à publicidade online tradicional.
“A maioria dos adolescentes gosta e apoia o marketing viral, dado que frequentemente cria conteúdo humorístico e interessante. Os adolescentes vêem os anúncios em websites (pop ups, banners) como extremamente chatos e sem sentido, e nunca lhes prestam atenção.”
Robson aponta também que os adolescentes são activos em redes sociais como o Facebook, mas não ligam ao Twitter.
Uma das razões é o facto de “se aperceberem que ninguém vê o perfil deles, e, portanto, os tweets não servem para nada”. Outro motivo, apontou, referindo-se à actualização via telemóvel, é o facto de as mensagens custarem dinheiro e os adolescentes preferirem usar o saldo do telemóvel para enviar SMS aos amigos.
O estagiário do Morgan Stanley observou ainda que os adolescentes raramente ouvem rádio. Quando o fazem é para ouvirem música e, para isso, preferem os sites onde se pode ouvir música a gosto e gratuita. A maioria nunca comprou um CD e opta frequentemente pela pirataria.
Para além disso, são fiéis a programas televisivos, mas, quando estes acabam, podem passar temporadas sem olhar para a TV. O vídeo online também tem roubado tempo que antes era dedicado à televisão tradicional.
Numa conclusão que provavelmente não surpreende a indústria, os adolescentes praticamente não lêem jornais, afirma Robson. A excepção são os gratuitos e alguns jornais tablóides, cujo tamanho é mais apropriado para a leitura em transportes públicos.
“Nenhum adolescente que conheço lê regularmente jornais, uma vez que a maioria não tem o tempo nem está para se chatear a ler páginas e páginas de texto quando podem ter as notícias resumidas na Internet ou na TV.”
Apesar de, por vezes, quantificar as conclusões (oito em cada dez adolescentes descarrega música ilegalmente, por exemplo), o relatório assume que não tem validade estatística. A metodologia para a elaboração das conclusões não é explicada, mas partes do texto indicam que Robson terá feito um inquérito a adolescentes, misturando os resultados com a sua própria experiência.
O artigo teve um grande impacto entre gestores e presidentes de empresas. Segundo um responsável do Morgan Stanley, citado pela agência noticiosa Bloomberg, o documento provocou cinco a seis vezes mais reacções do que é habitual acontecer com este tipo de relatórios.
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Matthew Robson tem 15 anos (e sete meses, precisa o documento do Morgan Stanley) e foi-lhe pedido que elaborasse um relatório sobre as preferências dos adolescentes no mundo dos media, com base no seu próprio comportamento e no dos seus amigos.
O resultado foi, nas palavras que antecedem a publicação do relatório, “uma das mais lúcidas e estimulantes análises que já vimos”. O Financial Times fez um artigo com base no documento e a notícia já se espalhou pela imprensa internacional.
A análise de Robson abarca os vários tipos de media. Uma das conclusões apresentadas é a de que os adolescentes não ligam à publicidade online tradicional.
“A maioria dos adolescentes gosta e apoia o marketing viral, dado que frequentemente cria conteúdo humorístico e interessante. Os adolescentes vêem os anúncios em websites (pop ups, banners) como extremamente chatos e sem sentido, e nunca lhes prestam atenção.”
Robson aponta também que os adolescentes são activos em redes sociais como o Facebook, mas não ligam ao Twitter.
Uma das razões é o facto de “se aperceberem que ninguém vê o perfil deles, e, portanto, os tweets não servem para nada”. Outro motivo, apontou, referindo-se à actualização via telemóvel, é o facto de as mensagens custarem dinheiro e os adolescentes preferirem usar o saldo do telemóvel para enviar SMS aos amigos.
O estagiário do Morgan Stanley observou ainda que os adolescentes raramente ouvem rádio. Quando o fazem é para ouvirem música e, para isso, preferem os sites onde se pode ouvir música a gosto e gratuita. A maioria nunca comprou um CD e opta frequentemente pela pirataria.
Para além disso, são fiéis a programas televisivos, mas, quando estes acabam, podem passar temporadas sem olhar para a TV. O vídeo online também tem roubado tempo que antes era dedicado à televisão tradicional.
Numa conclusão que provavelmente não surpreende a indústria, os adolescentes praticamente não lêem jornais, afirma Robson. A excepção são os gratuitos e alguns jornais tablóides, cujo tamanho é mais apropriado para a leitura em transportes públicos.
“Nenhum adolescente que conheço lê regularmente jornais, uma vez que a maioria não tem o tempo nem está para se chatear a ler páginas e páginas de texto quando podem ter as notícias resumidas na Internet ou na TV.”
Apesar de, por vezes, quantificar as conclusões (oito em cada dez adolescentes descarrega música ilegalmente, por exemplo), o relatório assume que não tem validade estatística. A metodologia para a elaboração das conclusões não é explicada, mas partes do texto indicam que Robson terá feito um inquérito a adolescentes, misturando os resultados com a sua própria experiência.
O artigo teve um grande impacto entre gestores e presidentes de empresas. Segundo um responsável do Morgan Stanley, citado pela agência noticiosa Bloomberg, o documento provocou cinco a seis vezes mais reacções do que é habitual acontecer com este tipo de relatórios.
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