Dennis Slice colocou-me uma pergunta pertinente:
"Por que é que Portugal existe, na Península Ibérica?"
A questão, assim colocada, poderia soar mais a provocação do que a um mero desfazer de uma dúvida.
Estávamos no I Iberian Symposium on Geometric Morphometrics, ele como Invited speaker, e ambos como membros do Comité Científico.
Geograficamente não fazíamos muito sentido, pois éramos uma perturbação na geometria quase perfeita do rectângulo peninsular.
A questão linguística poderia ser a solução para o aparente dilema existencial, mas também existiam os catalães, galegos ou bascos, com línguas próprias.
Repesquei da memória as lições da história, os dramas edipianos de Afonso Henriques, o beneplácito papal, entre outros justificativos.
Ainda assim não fiquei satisfeito.
Por que existia Portugal?
P.S.1- curiosamente, hoje, é publicado um artigo no El Pais onde é detalhadamente analisado uma sondagem, feita em Portugal e Espanha, e na qual 40% dos portugueses afirmam serem favoráveis a uma união com Espanha.
P.S.2- antes de Setembro, e tão breve quanto possível, publicarei entrevistas a biólogos e antropólogos, que já havia conhecido anteriormente, e que de algum modo utilizam as técnicas de Morfometria Geométrica como ferramenta de estudo.
Tão breve quanto possível teremos pequenas conversas sobre a ciência com:
Paul O' Higgins (Functional Morphology and Evolution Research Unit, Medical School Hull)
Jesus Marugán (Universidad Autónoma de Madrid/Natural History Museum of Los Angeles)
Dennis Slice (Department of Scientific Computing, Florida State University)
Diego Rasskin-Gutman (Universidad de Valencia)
Christian Klingenberg (Biological School of Sciences, University of Manchester)
Imagem:
daqui
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