R'etratos à sexta...com JM (15)

Tenho pena de tirar um timing nestas crónicas praticamente na mesma altura em que tão ilustres senhores sentiram necessidade moral de me responder directamente... não o fizeram de cara destapada (e a reputação meus caros?!), esconderam-se fazendo uma espécie de cozinhado entre uma tentativa falhada de ridicularização e uma tentativa desastrosa e funesta de argumentação, que mais não é do que uma plagio barato e sujo de gente idolatrada por na verdade nos aldrabar no sentido puro e cru do termo.

Quando comecei a escrever esta crónica na verdade o meu objectivo nunca foi exclusivamente político, e a verdade é que em todas estas crónicas tiveram diversos sabores, políticos sem dúvida, mas também ambientais, culturais ou sociais. Mas regozijo-me bastante por saber que alguns responsáveis pelos problemas que tenho falado lêem esta crónica e melhor ainda, criticam-na.

Certamente muitos repararam nos comentários verdadeiramente infantis e desastrosos que foram feitos às crónicas. Nunca se preocupando em analisar o sentido da crónica, o objecto em analise, o problema, a solução apresentada, o ponto de vista político, cultural, social, as relações de poder sobre esse problema, mas sim a seguir uma lógica infantil, hipócrita e preconceituosa própria de quem vive bem no escuro da “caverna” que Platão teorizou... e para bom entendedor...

Mas é interessante como já intitularam esta crónica de “pérola de blogosfera”, na verdade a nossa blogosfera é que é uma verdadeira pérola. O blogosfera Covilhanense assume hoje uma importância atroz como veículo de cidadania, de exercício da liberdade individual e também como forma de luta contra o abuso. Hoje a nossa blogosfera tem um papel importantíssimo, tem uma voz que já em si se criou autónoma e que é escutada por muitos sectores da sociedade. Hoje em dia uma denuncia da carpinteira, do grémio ou do máfia é recebida por uma quantidade de pessoas que nós nem temos bem noção... e reafirmo: a blogosfera tem sido na Covilhã uma arma de liberdade, de cidadania, de critica e de também combate.

Obviamente que os assusta: os senhores que querem fazer da cidade um condomínio privado vêem-se frequentemente queimados pela voz inconformada da blogosfera e sabem que por cada denuncia que saia nos blogues é mais um conjunto de pessoas a achar que é bandalheira a mais para uma cidade só. E não querendo com isto dar graxa a ninguém (porque nem tem grande lógica isso) faço votos para que a blogosfera continue a por em pratica aquilo que os assusta: a liberdade de pensamento.

Da minha parte eu tentei nunca vender-me a ninguém, e seguir uma linha que tinha traçado de início... e fi-lo independentemente da brutal brutidade dos comentários e dos ataques pessoais e ofensivos que tive por causa desta crónica.
Sei de uma coisa: nesta primeira fase da crónica sai sempre de cabeça levantada.

Eu e os Mafiosos falaremos e tentaremos ver qual a melhor forma de dinamizar este espaço, daqui a uns tempos (poucos), se no actual modelo ou se noutro, mas descasem que não nos calaremos!

A Máfia desde há cinco anos para cá que sabe onde estar e como estar, foi um orgulho ter escrito (até agora) 15 textos para cá.

Vemo-nos por ai em qualquer rua da Covilhã, boas férias (para os outros boa féria) e até já!

Saudações.

João Nuno Mineiro