As noticias que ultimamente tem surgido na comunicação social e na blogosfera sobre o Bloco de Esquerda tem uma densa dose de demagogia, de oportunismo e de muita incoerência...
Na verdade aquilo que foi publicado foram os comunicados que os protagonistas enviaram, mas até que ponto informações podem ser consideradas verdadeiras sem antes serem confirmadas?!
Na verdade aquilo que foi publicado foram os comunicados que os protagonistas enviaram, mas até que ponto informações podem ser consideradas verdadeiras sem antes serem confirmadas?!
Se eu enviar à imprensa um comunicado a dizer que o presidente da Assembleia da República teve uma postura fascista comigo faz disso verdade (e com direito a publicação)? Ou pelo contrário questionavam o mesmo sobre a minha denúncia (referindo na noticia a sua defesa)?
É este o primeiro ponto a assinalar: a imprensa considerou como verdades autênticas e incontestáveis todas as acusações e todos insultos proferidos pela ex bloquista Ana Monteiro e pelo (ex) bloquista - anunciou que se irá demitir do BE - Bruno Pereira.
1º Ponto – Ana Monteiro desfilia-se do Bloco de Esquerda em rota de colisão com o coordenador, recem eleito, do BE, Bruno Pereira.
A justificação dada foi o facto do Bruno Pereira ter afirmado que talvez o BE apoia-se o candidato do PS ao Fundão sem antes o ter discutido com o Núcleo da Cova da Beira. Assinala-se a justificação...
- Não existe em nenhum estatuto do Bloco de Esquerda o cargo de "coordenador distrital", apenas o de porta voz e logo ai a imprensa, Ana Monteiro e Bruno Pereira erram pela suposição de um cargo que não existe na tentativa de assemelhar o Bloco a um partido hierarquizado e centralizado.
- No dia em que Bruno Pereira faz a declaração ao Reconquista , de que talvez o BE possa apoiar o candidato do PS, a coordenadora distrital do Bloco (composta por 8 pessoas) ainda não estava eleita e portanto não se pode supor que a coordenadora defendia isso (no seu todo) quando apenas um futuro membro o disse antes de ser eleito. E, para que se saiba, passada uma semana de estar aleita a coordenadora reúne (Bruno Pereira falta) e decide-se que o Bloco não irá apoiar o candidato do PS.
Mas sobre este ponto realço apenas mais uma coisa que vai ser importante mais à frente:
Ana Monteiro, na altura deputada municipal do Bloco na Covilhã diz que, quanto ao lugar que ocupa na assembleia municipal da Covilhã, espera por uma decisão do núcleo do Bloco na Cova da Beira - "eu coloquei o meu lugar à disposição do núcleo da Cova da Beira e espero que eles decidam", e recorda que "a minha ruptura é com a liderança distrital e não com o núcleo com quem sempre partilhei as minhas acções ao longo destes quase quatro anos, se me derem o apoio levarei o mandato até ao fim, uma vez que o mandato é uninominal e as convicções estão cá."
(Já por aqui é contestável a expressão "uninominal" uma vez que o Bloco teve dois deputados municipais, Ana Monteiro e José Serra dos Reis que ao longo do mandato foram alternando).
(…)
2º Ponto: Ana Monteiro demite-se da Assembleia Municipal da Covilhã justificando-se com três razões - "posturas anti democráticas do dirigente (na verdade é funcionário) designado pela Mesa Nacional para apoio às regiões, Victor Franco, "sucessivas tentativas de silenciamento" e "representar um partido em que os próprios dirigentes assumem, os comportamentos que politicamente tenho combatido na assembleia municipal da Covilhã".
- Se desde que se desfiliou do Bloco até que se demitiu da Assembleia Municipal, Ana Monteiro, não teve qualquer ligação política com o funcionário Victor Franco, porque é que a justificação para a demissão tem a ver com as posturas anti democráticas do referido funcionário? - Porque é que não ouve qualquer referência a estas posturas aquando da sua desfiliação?
Se as posturas anti democráticas do funcionário Victor Franco são anteriores à sua desfiliação porque é que quando se desfiliou do BE, Ana Monteiro, não se demitiu logo da Assembleia Municipal? E porque razão o fez mais tarde?
Qual foi a razão que a levou a ocultar as posturas anti democráticas aquando da sua desfiliação do partido e que a levou a afirma-las aquando da sua demissão da Assembleia Municipal?
3ª Ponto - Bruno Pereira aclama-se como "coordenador distrital" do Bloco sendo esse facto noticiado na imprensa. Diz, em entrevista ao Reconquista, antes de ser eleito, que talvez o Bloco apoie um candidato do PS no Fundão. A coordenadora distrital após ser eleita, marcada primeira reunião. Bruno Pereira falta. Porque?... Porque sabia que os membros da coordenadora iriam votar colectivamente o não apoio ao candidato de outro partido na cidade do Fundão.
Em vez de se apresentar no debate das alternativas e das ideias prefere faltar à reunião e declara-se afastado da coordenadora distrital, não querendo nada ter a ver com a mesma até que as suas queixas sobre o funcionário Victor Franco na comissão de direitos do Bloco tenham resultados.
Assim, Bruno Pereira se demite-se do cargo de coordenador distrital - cargo que não existe! -, e da Assembleia Municipal de Castelo Branco.
- Bruno Pereira declarou-se afastado do Bloco de Esquerda e não compareceu a nenhuma das reuniões da coordenadora distrital mas ironia das ironias, contactado pela imprensa para analises políticas, e mesmo sabendo que o porta voz da coordenadora é Luís Barroso, Bruno Pereira decide, em nome da coordenadora responder à imprensa como sendo o coordenador distrital do Bloco...
Então declara-se afastado, falta às reuniões e depois fala à imprensa em nome de órgão que se afastou e com o qual nunca reuniu?
4º (e ultimo ponto) - É incrível como o orgulho se sobrepõe à seriedade intelectual... Ana Monteiro faz declarações, inclusive citadas netse blog - Mafia da Cova , afirmando que o Bloco de Esquerda a aconselhou a afastar-se da política, o que é uma verdadeira mentira porque o aconteceu foi que Ana Monteiro continuava a interferir quase diariamente nas decisões e actividades do BE dando palpites e mandando bocas e aquilo que foi dito foi simples, que se já nada tem haver com o Bloco não tem que se meter na vida interna do partido... dai às declarações feitas por ela vai uma grande dose de imaginação e de criatividade.
Dizer simplesmente que sempre respeitei quer a Ana Monteiro, com quem partilhei grandes lutas, quer Bruno Pereira, com quem falei e reuni algumas vezes, no entanto, considero que a novela que eles produziram durante estes últimos meses é verdadeiramente triste quer do ponto de vista político quer do ponto de vista ético...
E as questões que deixo em aberto e para as quais nunca obtive resposta (nem a imprensa decidiu investigar) são o centro do problema porque na verdade esta nova política ao estilo local tem mais entrelinhas, interesses e jogadas sujas do que todos possamos imaginar… mas a política, infelizmente ainda é muito isso, um jogo sujo!
É este o primeiro ponto a assinalar: a imprensa considerou como verdades autênticas e incontestáveis todas as acusações e todos insultos proferidos pela ex bloquista Ana Monteiro e pelo (ex) bloquista - anunciou que se irá demitir do BE - Bruno Pereira.
Analisemos então os factos:
1º Ponto – Ana Monteiro desfilia-se do Bloco de Esquerda em rota de colisão com o coordenador, recem eleito, do BE, Bruno Pereira.
A justificação dada foi o facto do Bruno Pereira ter afirmado que talvez o BE apoia-se o candidato do PS ao Fundão sem antes o ter discutido com o Núcleo da Cova da Beira. Assinala-se a justificação...
Pontos a esclarecer:
- Não existe em nenhum estatuto do Bloco de Esquerda o cargo de "coordenador distrital", apenas o de porta voz e logo ai a imprensa, Ana Monteiro e Bruno Pereira erram pela suposição de um cargo que não existe na tentativa de assemelhar o Bloco a um partido hierarquizado e centralizado.
- No dia em que Bruno Pereira faz a declaração ao Reconquista , de que talvez o BE possa apoiar o candidato do PS, a coordenadora distrital do Bloco (composta por 8 pessoas) ainda não estava eleita e portanto não se pode supor que a coordenadora defendia isso (no seu todo) quando apenas um futuro membro o disse antes de ser eleito. E, para que se saiba, passada uma semana de estar aleita a coordenadora reúne (Bruno Pereira falta) e decide-se que o Bloco não irá apoiar o candidato do PS.
Mas sobre este ponto realço apenas mais uma coisa que vai ser importante mais à frente:
Ana Monteiro, na altura deputada municipal do Bloco na Covilhã diz que, quanto ao lugar que ocupa na assembleia municipal da Covilhã, espera por uma decisão do núcleo do Bloco na Cova da Beira - "eu coloquei o meu lugar à disposição do núcleo da Cova da Beira e espero que eles decidam", e recorda que "a minha ruptura é com a liderança distrital e não com o núcleo com quem sempre partilhei as minhas acções ao longo destes quase quatro anos, se me derem o apoio levarei o mandato até ao fim, uma vez que o mandato é uninominal e as convicções estão cá."
(Já por aqui é contestável a expressão "uninominal" uma vez que o Bloco teve dois deputados municipais, Ana Monteiro e José Serra dos Reis que ao longo do mandato foram alternando).
(…)
2º Ponto: Ana Monteiro demite-se da Assembleia Municipal da Covilhã justificando-se com três razões - "posturas anti democráticas do dirigente (na verdade é funcionário) designado pela Mesa Nacional para apoio às regiões, Victor Franco, "sucessivas tentativas de silenciamento" e "representar um partido em que os próprios dirigentes assumem, os comportamentos que politicamente tenho combatido na assembleia municipal da Covilhã".
Questões em aberto:
- Se desde que se desfiliou do Bloco até que se demitiu da Assembleia Municipal, Ana Monteiro, não teve qualquer ligação política com o funcionário Victor Franco, porque é que a justificação para a demissão tem a ver com as posturas anti democráticas do referido funcionário? - Porque é que não ouve qualquer referência a estas posturas aquando da sua desfiliação?
Se as posturas anti democráticas do funcionário Victor Franco são anteriores à sua desfiliação porque é que quando se desfiliou do BE, Ana Monteiro, não se demitiu logo da Assembleia Municipal? E porque razão o fez mais tarde?
Qual foi a razão que a levou a ocultar as posturas anti democráticas aquando da sua desfiliação do partido e que a levou a afirma-las aquando da sua demissão da Assembleia Municipal?
3ª Ponto - Bruno Pereira aclama-se como "coordenador distrital" do Bloco sendo esse facto noticiado na imprensa. Diz, em entrevista ao Reconquista, antes de ser eleito, que talvez o Bloco apoie um candidato do PS no Fundão. A coordenadora distrital após ser eleita, marcada primeira reunião. Bruno Pereira falta. Porque?... Porque sabia que os membros da coordenadora iriam votar colectivamente o não apoio ao candidato de outro partido na cidade do Fundão.
Em vez de se apresentar no debate das alternativas e das ideias prefere faltar à reunião e declara-se afastado da coordenadora distrital, não querendo nada ter a ver com a mesma até que as suas queixas sobre o funcionário Victor Franco na comissão de direitos do Bloco tenham resultados.
Assim, Bruno Pereira se demite-se do cargo de coordenador distrital - cargo que não existe! -, e da Assembleia Municipal de Castelo Branco.
Pontos a esclarecer:
- Bruno Pereira declarou-se afastado do Bloco de Esquerda e não compareceu a nenhuma das reuniões da coordenadora distrital mas ironia das ironias, contactado pela imprensa para analises políticas, e mesmo sabendo que o porta voz da coordenadora é Luís Barroso, Bruno Pereira decide, em nome da coordenadora responder à imprensa como sendo o coordenador distrital do Bloco...
Então declara-se afastado, falta às reuniões e depois fala à imprensa em nome de órgão que se afastou e com o qual nunca reuniu?
Que adjectivo classifica este tipo de acção?
4º (e ultimo ponto) - É incrível como o orgulho se sobrepõe à seriedade intelectual... Ana Monteiro faz declarações, inclusive citadas netse blog - Mafia da Cova , afirmando que o Bloco de Esquerda a aconselhou a afastar-se da política, o que é uma verdadeira mentira porque o aconteceu foi que Ana Monteiro continuava a interferir quase diariamente nas decisões e actividades do BE dando palpites e mandando bocas e aquilo que foi dito foi simples, que se já nada tem haver com o Bloco não tem que se meter na vida interna do partido... dai às declarações feitas por ela vai uma grande dose de imaginação e de criatividade.
Dizer simplesmente que sempre respeitei quer a Ana Monteiro, com quem partilhei grandes lutas, quer Bruno Pereira, com quem falei e reuni algumas vezes, no entanto, considero que a novela que eles produziram durante estes últimos meses é verdadeiramente triste quer do ponto de vista político quer do ponto de vista ético...
E as questões que deixo em aberto e para as quais nunca obtive resposta (nem a imprensa decidiu investigar) são o centro do problema porque na verdade esta nova política ao estilo local tem mais entrelinhas, interesses e jogadas sujas do que todos possamos imaginar… mas a política, infelizmente ainda é muito isso, um jogo sujo!
6 comentários:
João Nuno Mineiro o Pacheco Pereira da Cova da Beira. O Nuno Rogeiro da Covilhã. Para quando a análise ao Sporting da Covilhã ao estilo de Rui Santos???
Vai pr'aqui ima farrapado...........o poveco é chapado. E já agora, umas explicações de Lingua Portuguesa e de Escrita para este rapazito não iam nada mal. Aqui fica a ideis.
TheKinIsDead, ando há não sei quantas semanas a falar da vergonhosa forma de escrever deste artista, mas parece que a correcção ortográfica não é preocupação por estas bandas...
Este texto foi escrito pelo Vitor Franco e publicado pelo seu acólito.
Estes gajos estão prontos! BE's ao poder! Sócrates põe olho nisto... estes mulheres e homens da esquerda modernaça estão no ponto. O BE faz falta! Ah, só mais uma coisa: "Quem tem lucros não pode despedir!" Só quem não tem é que pode! e quem se ode é quem trabalha.
Por causa do miúdo e de outros como ele é que um dia destes ainda vou acabar por votar PNR!!!
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