Objectivo é “acabar com a turbulência” na instituição A Federação Portuguesa de Desportos de Inverno (FPDI), antiga federação de esqui, vai a votos no próximo dia 15 de Julho.
A decisão foi tomada na última assembleia geral de clubes, que decorreu na semana passada, na qual também foram aprovados os novos estatutos da instituição. O objectivo é, segundo os responsáveis, acabar com o clima de turbulência que a Federação tem vivido ultimamente, sendo gerida agora por uma comissão administrativa. David Neves, membro desta comissão, espera que as eleições sejam “leais” e desafiou o anterior presidente, José António Pinho, a candidatar-se. “Se não está satisfeito, pode voltar a candidatar-se no dia 15” afirma à RCB.
As penas são entre os seis meses e quatro anos e meio, por sequestro agravado e omissão de auxílio. À família da vítima os seis envolvidos terão de pagar 47 mil euros de indemnização, a repartir por todos
Os seis arguidos no caso da Borralheira, onde um homem foi encontrado morto amarrado a um gradeamento e à jante de um automóvel, foram condenados entre os seis meses e os quatro anos e meio de prisão, com penas suspensas. No próximo meio ano não podem frequentar estabelecimentos de diversão, bares ou cafés a partir das 21h e têm de mostrar que estão a trabalhar, estudar ou inscritos no Centro de Emprego durante o tempo a que foram condenados.
A Tiago Cortinhas e Tiago Afonso, “os que mais activamente participaram”, na altura com 17 anos, fio-lhes aplicada uma pena de quatro anos e seis meses. O presidente do colectivo de juízes, José Avelino, criticou o silêncio dos arguidos durante todo o julgamento. “Não mostraram arrependimento nem colaboraram, porque não falaram”. Mas acabaram por beneficiar de uma lei que lhes atenua a pena, por serem menores na altura dos acontecimentos e não terem cadastro. A pena podia ir até aos 15 anos.
Tal como ambos os Tiagos, Emanoel Rodrigues e Manuel Pissarra foram condenados por sequestro agravado. O primeiro a quatro anos e meio de prisão, por ter colaborado. O segundo, o elemento mais velho do grupo, que também participou na reconstituição, a três anos e dois meses. Uma punição mais leve, atendendo às suas limitações mentais.
Nídia Afonso e Eduardo Pinto, que se encontravam dentro de um automóvel na rua onde o episódio aconteceu, foram punidos com seis e oito meses, respectivamente, por omissão de auxílio. A pena de Eduardo difere por ter uma condenação anterior por condução sem habilitação legal para o efeito.
Os seis arguidos no caso da Borralheira, onde um homem foi encontrado morto amarrado a um gradeamento e à jante de um automóvel, foram condenados entre os seis meses e os quatro anos e meio de prisão, com penas suspensas. No próximo meio ano não podem frequentar estabelecimentos de diversão, bares ou cafés a partir das 21h e têm de mostrar que estão a trabalhar, estudar ou inscritos no Centro de Emprego durante o tempo a que foram condenados.
A Tiago Cortinhas e Tiago Afonso, “os que mais activamente participaram”, na altura com 17 anos, fio-lhes aplicada uma pena de quatro anos e seis meses. O presidente do colectivo de juízes, José Avelino, criticou o silêncio dos arguidos durante todo o julgamento. “Não mostraram arrependimento nem colaboraram, porque não falaram”. Mas acabaram por beneficiar de uma lei que lhes atenua a pena, por serem menores na altura dos acontecimentos e não terem cadastro. A pena podia ir até aos 15 anos.
Tal como ambos os Tiagos, Emanoel Rodrigues e Manuel Pissarra foram condenados por sequestro agravado. O primeiro a quatro anos e meio de prisão, por ter colaborado. O segundo, o elemento mais velho do grupo, que também participou na reconstituição, a três anos e dois meses. Uma punição mais leve, atendendo às suas limitações mentais.
Nídia Afonso e Eduardo Pinto, que se encontravam dentro de um automóvel na rua onde o episódio aconteceu, foram punidos com seis e oito meses, respectivamente, por omissão de auxílio. A pena de Eduardo difere por ter uma condenação anterior por condução sem habilitação legal para o efeito.
Indemnização “equilibrada”
Com a sala repleta e um ambiente de grande nervosismo, vários familiares emocionaram-se quando foi proferida a sentença. O juiz sublinhou que o tribunal podia ir mais além. No entanto, frisou que “são penas altas”. Por se tratarem de jovens “inseridos profissionalmente e familiarmente”, foi-lhes dada “uma oportunidade”, com a suspensão da pena.
Durante o tempo a que foram condenados os arguidos vão ser acompanhados pelo Instituto de Reinserção Social e trimestralmente têm de dar conta da sua situação profissional.
Os arguidos foram ainda condenados a pagar uma indemnização à família da vítima no valor de 47 mil euros, a repartir por todos. Uma verba estipulada tendo em consideração que não há seguradoras envolvidas. A indemnização pedida aos pais dos arguidos menores, por presunção de culpa em relação aos filhos, não teve provimento do tribunal.
Rocha Pereira, advogado da família de João Inácio, que tinha pedido 62 mil euros, disse que a indemnização estipulada “está em valores equilibrados”. Quanto à sentença, referiu que “a matéria dada como provada é satisfatória”. Contudo, vai analisar o acórdão em pormenor. Já um dos irmãos da vítima, Manuel Inácio, dizia-se “revoltado”. “Para serem castigados acho que deviam ser presos”.
Durante o tempo a que foram condenados os arguidos vão ser acompanhados pelo Instituto de Reinserção Social e trimestralmente têm de dar conta da sua situação profissional.
Os arguidos foram ainda condenados a pagar uma indemnização à família da vítima no valor de 47 mil euros, a repartir por todos. Uma verba estipulada tendo em consideração que não há seguradoras envolvidas. A indemnização pedida aos pais dos arguidos menores, por presunção de culpa em relação aos filhos, não teve provimento do tribunal.
Rocha Pereira, advogado da família de João Inácio, que tinha pedido 62 mil euros, disse que a indemnização estipulada “está em valores equilibrados”. Quanto à sentença, referiu que “a matéria dada como provada é satisfatória”. Contudo, vai analisar o acórdão em pormenor. Já um dos irmãos da vítima, Manuel Inácio, dizia-se “revoltado”. “Para serem castigados acho que deviam ser presos”.
Edifício passa a ter 158 camas, quartos bem equipados e modernos, a preços que variam entre os 28 e 45 euros
De 124 camas, a Pousada da Juventude das Penhas da Saúde foi ampliada para 158, com a construção de um edifício contíguo, com quartos duplos. A inauguração da obra decorreu na última segunda-feira, 6, com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
O investimento, de 960 mil euros, vem dar resposta à procura de uma tipologia diferente de quartos, de quem não procura as típicas camaratas da Pousadas da Juventude. Com a intervenção feita, que contemplou melhoramentos no antigo edifício, a unidade das Penhas da Saúde passa a estar dotada de 24 quartos duplos com casa de banho e um adaptado a pessoas com mobilidade reduzida, com uma decoração em tons cru e elementos associados à montanha.
De 124 camas, a Pousada da Juventude das Penhas da Saúde foi ampliada para 158, com a construção de um edifício contíguo, com quartos duplos. A inauguração da obra decorreu na última segunda-feira, 6, com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
O investimento, de 960 mil euros, vem dar resposta à procura de uma tipologia diferente de quartos, de quem não procura as típicas camaratas da Pousadas da Juventude. Com a intervenção feita, que contemplou melhoramentos no antigo edifício, a unidade das Penhas da Saúde passa a estar dotada de 24 quartos duplos com casa de banho e um adaptado a pessoas com mobilidade reduzida, com uma decoração em tons cru e elementos associados à montanha.
Ao todo a pousada tem ainda 12 quartos múltiplos com oito camas e um quarto múltiplo com 12 camas, mais vocacionados para os habituais grupos, mas não só. “Esta é uma das nossas unidades mais emblemáticas e tínhamos limitações a nível da oferta para a procura que existe para quartos duplos”, referiu João Paulo Rebelo, presidente da Movijovem, a entidade responsável pelo Cartão Jovem e pelas 49 Pousadas da Juventude no País.
Segundo o presidente da Movijovem a Serra da Estrela é um dos destinos com mais procura, daí ter-se apostado num “investimento tão significativo”, no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio. Este ano espera-se que sejam atingidas as 15 mil dormidas, um aumento de 30 por cento em relação a este ano.
Os novos quartos, bastante elogiados pelos que visitaram a estrutura, têm preços entre os 28 euros, na época baixa e os 45 euros, na época alta, por quarto. Nos múltiplos varia entre os 10 e os 13 euros por pessoa.
O conceito das Pousadas da Juventude foi pensado para um público jovem, mas qualquer pessoa pode ficar alojada nas unidades. Basta adquirir o Cartão de Alberguista, que custa seis euros. Os portadores do Cartão Jovem têm acesso privilegiado. Divididas em quatro segmentos, a Pousada das Penhas da Saúde está na categoria Natureza Aventura. As outras são as Urbanas, as de Praia e as Histórica Cultural.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, defendeu que “o Estado deve apostar no turismo de montanha” e frisou que a renovação da pousada das Penhas da Saúde se enquadra na linha do que o município pretende fazer naquela zona. O autarca lamentou o atraso da Administração Central em dar resposta aos projectos que se querem ali concretizar e fez uma referência à demora na reconversão do antigo Sanatório dos Ferroviários, que há dez anos se prometeu transformar numa Pousada de Portugal.
O presidente da Câmara da Covilhã aproveitou a ocasião para anunciar que em breve o município vai iniciar uma “campanha de promoção desta zona como destino para curar algumas doenças, associada ao bom ar”.
Segundo o presidente da Movijovem a Serra da Estrela é um dos destinos com mais procura, daí ter-se apostado num “investimento tão significativo”, no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio. Este ano espera-se que sejam atingidas as 15 mil dormidas, um aumento de 30 por cento em relação a este ano.
Os novos quartos, bastante elogiados pelos que visitaram a estrutura, têm preços entre os 28 euros, na época baixa e os 45 euros, na época alta, por quarto. Nos múltiplos varia entre os 10 e os 13 euros por pessoa.
O conceito das Pousadas da Juventude foi pensado para um público jovem, mas qualquer pessoa pode ficar alojada nas unidades. Basta adquirir o Cartão de Alberguista, que custa seis euros. Os portadores do Cartão Jovem têm acesso privilegiado. Divididas em quatro segmentos, a Pousada das Penhas da Saúde está na categoria Natureza Aventura. As outras são as Urbanas, as de Praia e as Histórica Cultural.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, defendeu que “o Estado deve apostar no turismo de montanha” e frisou que a renovação da pousada das Penhas da Saúde se enquadra na linha do que o município pretende fazer naquela zona. O autarca lamentou o atraso da Administração Central em dar resposta aos projectos que se querem ali concretizar e fez uma referência à demora na reconversão do antigo Sanatório dos Ferroviários, que há dez anos se prometeu transformar numa Pousada de Portugal.
O presidente da Câmara da Covilhã aproveitou a ocasião para anunciar que em breve o município vai iniciar uma “campanha de promoção desta zona como destino para curar algumas doenças, associada ao bom ar”.
Na terça-feira estavam inscritas 2500 pessoas para o jantar de apoio à candidatura de Carlos Pinto à Câmara Municipal da Covilhã.Marcado para a próxima sexta-feira, 10, no pavilhão da Anil.
O convite para o jantar chegou à caixa do correio dos munícipes há duas semanas, por iniciativa de “um grupo de covilhanenses”, como se intitulam os organizadores.
José Santarém, deputado municipal, é um deles. “Tem havido muita adesão fora da estrutura do partido, temos notado que as pessoas querem participar”, sublinha.
Na missiva entregue nas caixas do correio os promotores do jantar dizem que “o futuro passa por Carlos Pinto” e pretendem desta forma ser um incentivo para que o autarca se recandidate.
O convite para o jantar chegou à caixa do correio dos munícipes há duas semanas, por iniciativa de “um grupo de covilhanenses”, como se intitulam os organizadores.
José Santarém, deputado municipal, é um deles. “Tem havido muita adesão fora da estrutura do partido, temos notado que as pessoas querem participar”, sublinha.
Na missiva entregue nas caixas do correio os promotores do jantar dizem que “o futuro passa por Carlos Pinto” e pretendem desta forma ser um incentivo para que o autarca se recandidate.
José Santarém espera a inscrição de mais gente, tendo em conta que é habitual haver quem aguarde até à última hora. Perante um pavilhão cheio “esperamos que na altura o presidente nos dê esperança que se vai candidatar, esperamos que publicamente tome uma decisão”, realça o elemento da organização.
Carlos Pinto ainda não anunciou publicamente se avança para a corrida a um novo mandato. A 19 de Junho os presidentes de junta eleitos com o apoio do PSD promoveram um encontro com o presidente da edilidade para lhe pedir que tente um novo mandato, mas o autarca disse na altura que ainda não tinha tomado uma decisão e ia esperar para ver se o “clima de simpatia” em torno da sua candidatura é “real e evidente”. “Vou procurar ler a própria atitude da cidade, fazer uma leitura do desejo sincero dos covilhanenses”, acrescentou.
Carlos Pinto ainda não anunciou publicamente se avança para a corrida a um novo mandato. A 19 de Junho os presidentes de junta eleitos com o apoio do PSD promoveram um encontro com o presidente da edilidade para lhe pedir que tente um novo mandato, mas o autarca disse na altura que ainda não tinha tomado uma decisão e ia esperar para ver se o “clima de simpatia” em torno da sua candidatura é “real e evidente”. “Vou procurar ler a própria atitude da cidade, fazer uma leitura do desejo sincero dos covilhanenses”, acrescentou.
O Covilhã está a ter dificuldades em constituir um plantel competitivo para a próxima época. E a culpa é, segundo o presidente, da interioridade. E da falta de dinheiro. Para já, assegurados oito reforços, na maioria emprestados. Rigor orçamental vai continuar ser prioritário
“Estamos a pagar o preço da interioridade”. É desta forma que José Mendes, presidente do Sporting da Covilhã, justifica o facto de, já com a época a decorrer, o clube serrano não ter ainda completado o seu plantel com vista à Liga Vitalis. Na passada quarta-feira, 1 de Julho, o Sporting apresentou um grupo de trabalho ainda incompleto, com apenas 15 jogadores, e poucos reforços. Nada que esmoreça José Mendes que acredita que a equipa serrana voltará a ser competitiva esta temporada.
“Estamos a pagar o preço da interioridade”. É desta forma que José Mendes, presidente do Sporting da Covilhã, justifica o facto de, já com a época a decorrer, o clube serrano não ter ainda completado o seu plantel com vista à Liga Vitalis. Na passada quarta-feira, 1 de Julho, o Sporting apresentou um grupo de trabalho ainda incompleto, com apenas 15 jogadores, e poucos reforços. Nada que esmoreça José Mendes que acredita que a equipa serrana voltará a ser competitiva esta temporada.
“Não tem sido fácil trazer jogadores para o clube. Apesar de serem bem tratados aqui, os jogadores preferem ficar nos grandes centros, perto da família ou das namoradas” afirma José Mendes, que diz ser este o custo da interioridade. Mas não só: é também o custo do rigor orçamental. Se os serranos tivessem dinheiro ou fizessem promessas avultadas “como outros” seria “bem mais fácil trazê-los” afirma José Mendes. Só que “a saúde financeira do clube é mais importante” afirma o presidente do clube, que por isso mantém esta época o rigor orçamental da temporada transacta que tem permitido ao clube ser cumpridor dos seus encargos quer com atletas quer com outras instituições. José Mendes reconhece que o novo treinador está “um pouco desconsolado” mas “temos fé” numa boa temporada em que o objectivo é “fazer melhor que no ano passado”. Ou seja, superar o sétimo lugar. Um dos jogadores que o Covilhã queria e falhou foi o central Bura, que na época passada se destacou de verde e branco. José Mendes diz ter ficado “decepcionado” pelo facto do atleta alegar a distância de casa para não vir para os serranos. “No ano passado veio corrido do Portimonense, ajudámo-lo a fazer-se jogador e não teve reconhecimento para esta casa” afirma.
Para já, o Covilhã tem 19 jogadores, embora dois deles só esta semana tenham começado a trabalhar. Ficam da temporada passada os guarda-redes Igor e Luís Miguel, os defesas Márcio, Fábio Ervões e Edgar, os médios Bruno Nogueira, Mílton, Dani e Paulo Vaz, e o avançado Basílio. Sobe a sénior Paulico.
Quanto a caras novas, para já, são oito. Beré, avançado brasileiro, 26 anos (ex-Tondela), Josué, 18 anos, (médio emprestado pelo Porto), Chula, 19 anos, (avançado emprestado pelo Porto), Diego Silva, 19 anos, (guarda-redes) e Pizzi, avançado, 19 anos (estes dois últimos emprestados pelo Braga) e Steven Vitória (emprestado pelo Porto) foram os primeiros reforços a serem apresentados na quarta-feira, 1. Já esta semana o Covilhã assegurou mais dois: os laterais Zézinho e Machado, os dois ex-Vizela. À experiência estão a treinar Pedro Santos e Diakité.
Quanto a caras novas, para já, são oito. Beré, avançado brasileiro, 26 anos (ex-Tondela), Josué, 18 anos, (médio emprestado pelo Porto), Chula, 19 anos, (avançado emprestado pelo Porto), Diego Silva, 19 anos, (guarda-redes) e Pizzi, avançado, 19 anos (estes dois últimos emprestados pelo Braga) e Steven Vitória (emprestado pelo Porto) foram os primeiros reforços a serem apresentados na quarta-feira, 1. Já esta semana o Covilhã assegurou mais dois: os laterais Zézinho e Machado, os dois ex-Vizela. À experiência estão a treinar Pedro Santos e Diakité.
É grande a expectativa do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, quanto à sua participação no Festival CIOFF de Folclore Internacional, em França.
De 12 a 22 Julho de 2009, uma vez mais Portugal estará representado no Festival de Folclore Internacional – La Ronde des Copains du Monde em Ambert – França, pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul.
Ambert fica a pouca distância de Lyon, esta vila francesa, encontra-se colocada numa comunidade de 27 mil habitantes.
De 12 a 22 Julho de 2009, uma vez mais Portugal estará representado no Festival de Folclore Internacional – La Ronde des Copains du Monde em Ambert – França, pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul.
Ambert fica a pouca distância de Lyon, esta vila francesa, encontra-se colocada numa comunidade de 27 mil habitantes.
Quanto ao certame mundial de folclore que anualmente se realiza sob a égide do Conselho Internacional de Organização de Festivais de Folclore – CIOFF com a responsabilidade da organização a cargo do Grupo Folclórico Livradoué Dansaire, radicado em Ambert, dura uma semana, tempo mais que suficiente para o grupo beirão mostrar a sua garra e dinâmica, bem como a sua pujante sonoridade. Estarão presentes os seguintes países: Ucrânia, Servia, Polónia, Irlanda, Rússia, Guadalupe, Suíça, Bolívia, Colômbia, França, Córsia, Kénia, Sri Lanka e claro está Portugal.
Os protagonistas deste encontro internacional, vão partilhar experiências, culturas, conviverem e acima de tudo, defenderam a “Paz e Amizade entre os Povos” sempre presente nestas reuniões de interculturalidade.
Na missiva do presidente do Festival de Ambert, Patrick Pascal, disponível no site do grupo francês, faz uma retrospectiva diferente da história deste encontro internacional. “Há um mundo cheio de coisas a dizer durante 20 anos de festival. Os momentos de divisão com crianças romenas; encontros insólitos com verdadeiros aborígenes australianos; descobertas inconcebíveis; momentos de festa com mexicanos endiabrados; amizades muito fortes com cubanos; momentos inolvidáveis com palestinos… E ainda muitas palavras e imagens, olhares, amizades… Uma semana de festival, é um enriquecimento sob qualquer ponto de vista, aprende-se a conhecer outras culturas, outros territórios. Descobre-se linguagens muito diferentes e modos de vida totalmente opostos, uns e outros convidam à viagem pela identidade cultural de cada país … à evasão…”.
De acordo, com a mesma fonte na apresentação da delegação portuguesa pode ler-se, "este grupo vem da vila de Paul, situada na região centro Beira Baixa, perto da cidade de Covilhã, em Portugal. O seu reportório é procedente de uma tradição de lendas e antigos costumes que é transmitido de geração em geração. As canções estão entre as mais bonitas de Portugal, com temas do trabalho e do amor. As danças são graciosas, originais e raras, frequentemente acompanhadas de tambores e adufes. Esta formação tem participado em numerosas manifestações no seu país. Viajou através de toda a Europa para mostrar os seus costumes. Vieram a França, aos festivais de Confolens e de Montignac e os seus tambores ressoam ainda no coração dos seus habitantes. Deleitamo-nos ao receber este grupo, que encantará as nossas noites com a sua alegria legendária e a sua convivialidade. Garantimos que passarão um excelente momento na sua companhia" afirmam os responsáveis do Festival Ambert.
Na missiva do presidente do Festival de Ambert, Patrick Pascal, disponível no site do grupo francês, faz uma retrospectiva diferente da história deste encontro internacional. “Há um mundo cheio de coisas a dizer durante 20 anos de festival. Os momentos de divisão com crianças romenas; encontros insólitos com verdadeiros aborígenes australianos; descobertas inconcebíveis; momentos de festa com mexicanos endiabrados; amizades muito fortes com cubanos; momentos inolvidáveis com palestinos… E ainda muitas palavras e imagens, olhares, amizades… Uma semana de festival, é um enriquecimento sob qualquer ponto de vista, aprende-se a conhecer outras culturas, outros territórios. Descobre-se linguagens muito diferentes e modos de vida totalmente opostos, uns e outros convidam à viagem pela identidade cultural de cada país … à evasão…”.
De acordo, com a mesma fonte na apresentação da delegação portuguesa pode ler-se, "este grupo vem da vila de Paul, situada na região centro Beira Baixa, perto da cidade de Covilhã, em Portugal. O seu reportório é procedente de uma tradição de lendas e antigos costumes que é transmitido de geração em geração. As canções estão entre as mais bonitas de Portugal, com temas do trabalho e do amor. As danças são graciosas, originais e raras, frequentemente acompanhadas de tambores e adufes. Esta formação tem participado em numerosas manifestações no seu país. Viajou através de toda a Europa para mostrar os seus costumes. Vieram a França, aos festivais de Confolens e de Montignac e os seus tambores ressoam ainda no coração dos seus habitantes. Deleitamo-nos ao receber este grupo, que encantará as nossas noites com a sua alegria legendária e a sua convivialidade. Garantimos que passarão um excelente momento na sua companhia" afirmam os responsáveis do Festival Ambert.
Em Destak
Fernando Gama, 29 anos, fazia parte do grupo de quatro timorenses que há oito anos veio estudar na UBI. Dois já regressaram. O aluno de Matemática vai embora esta semana, entusiasmado e com muitas ideias para ajudar o seu país a desenvolver-se
Chega de pasta na mão e um sorriso aberto persistente, a sua imagem de marca. Há oito anos, quando chegou à Covilhã numa tarde de domingo, também sorria. Era a forma mais imediata que tinha para comunicar, já que não falava uma palavra de português. Agora, prestes a regressar a Timor, as palavras atropelam-se ao falar dos muitos projectos que tem para o seu país. Um deles, “uma obrigação”, é ensinar a outros a língua de Camões.
Fernando Gama, agora com 29 anos, foi um dos quatro timorenses que, em 2001, vieram estudar para a Universidade da Beira Interior com uma bolsa do Instituto Português da Cooperação. Os outros três ingressaram em Língua e Cultura Portuguesas. Fernando, o mais jovem, entrou em Matemática, curso que já tinha frequentado um ano na Universidade de Díli.
A adaptação não foi fácil. A começar pelo frio, a que não estava habituado. “A cultura universitária também não tem nada a ver”, refere. O primeiro grande impacto foram as praxes e a Latada, cortejo em que participou. “Até fui mister caloiro, chamavam-me Xanana”, recorda, com uma gargalhada. Estranhou o ambiente, mas aderiu e divertiu-se. O maior obstáculo foi a língua, já que só falava tétum.
“Dediquei-me muito, porque eu ia às aulas e não percebia nada. O primeiro ano foi sobretudo para me adaptar e aprender português. No segundo ano pedi para voltar a ter aulas, com os Erasmus. Só dois anos depois de chegar posso dizer que passei a dominar a língua, a saber as regras a aplicar”, lembra. Na altura, diz, percebeu que “a dificuldade é uma coisa relativa”.
Em 1999, como milhares de outros timorenses, perdeu família e amigos no período pós-referendo, teve de se esconder das milícias, viveu momentos de sofrimento que prefere não recordar. “Não sou de pensar no passado, prefiro pensar no futuro. Isso já é história para contar aos mais novos, para prevenir. O que interessa é que com isso conseguimos a independência. Agora temos é de pensar em erguer o país”, acentua Fernando, com entusiasmo.
Quis aproveitar a oportunidade de vir para Portugal para, enquanto tirava o curso, “aprender o português, conhecer a sociedade, ver outras mentalidades, outras culturas, para daí retirar ensinamentos”. Um dos aspectos que estranhou quando chegou foi a liberdade de expressão, a que não estava habituado. “As pessoas falavam mais à vontade”, reparou na altura.
Como não falava a língua, limitava-se a sorrir para as pessoas. Os três colegas, mais velhos, ensinavam português em Timor. Vieram para a UBI para aperfeiçoarem e deram alguma ajuda a Fernando nos primeiros tempos, quando era necessário traduzir alguma coisa.
Mas o jovem estudante de Matemática, sozinho num pólo e curso diferentes, foi obrigado a interagir mais com os colegas portugueses, o que acelerou o processo de integração. Ainda assim, não foi fácil. Mesmo quando no segundo ano já se dedicava aos estudo da Matemática, ultrapassados os primeiros obstáculos com a língua.
Longe da família, dos amigos, a milhares de quilómetros de casa e com dificuldades várias, procurou manter-se concentrado no seu objectivo. “Vim para aprender com os portugueses, não vim para marcar passo”. Muitos dos que chegaram na altura a outras universidades acabaram por desistir, por não se conseguirem adaptar. Fernando Gama interiorizou que isso não era uma possibilidade. “Pensava para comigo que se desistisse, seria um falhanço não só para mim como para a minha família e também para o meu país, que nos enviou porque precisa de nós”, racionaliza, com obstinação.
Chega de pasta na mão e um sorriso aberto persistente, a sua imagem de marca. Há oito anos, quando chegou à Covilhã numa tarde de domingo, também sorria. Era a forma mais imediata que tinha para comunicar, já que não falava uma palavra de português. Agora, prestes a regressar a Timor, as palavras atropelam-se ao falar dos muitos projectos que tem para o seu país. Um deles, “uma obrigação”, é ensinar a outros a língua de Camões.
Fernando Gama, agora com 29 anos, foi um dos quatro timorenses que, em 2001, vieram estudar para a Universidade da Beira Interior com uma bolsa do Instituto Português da Cooperação. Os outros três ingressaram em Língua e Cultura Portuguesas. Fernando, o mais jovem, entrou em Matemática, curso que já tinha frequentado um ano na Universidade de Díli.
A adaptação não foi fácil. A começar pelo frio, a que não estava habituado. “A cultura universitária também não tem nada a ver”, refere. O primeiro grande impacto foram as praxes e a Latada, cortejo em que participou. “Até fui mister caloiro, chamavam-me Xanana”, recorda, com uma gargalhada. Estranhou o ambiente, mas aderiu e divertiu-se. O maior obstáculo foi a língua, já que só falava tétum.
“Dediquei-me muito, porque eu ia às aulas e não percebia nada. O primeiro ano foi sobretudo para me adaptar e aprender português. No segundo ano pedi para voltar a ter aulas, com os Erasmus. Só dois anos depois de chegar posso dizer que passei a dominar a língua, a saber as regras a aplicar”, lembra. Na altura, diz, percebeu que “a dificuldade é uma coisa relativa”.
Em 1999, como milhares de outros timorenses, perdeu família e amigos no período pós-referendo, teve de se esconder das milícias, viveu momentos de sofrimento que prefere não recordar. “Não sou de pensar no passado, prefiro pensar no futuro. Isso já é história para contar aos mais novos, para prevenir. O que interessa é que com isso conseguimos a independência. Agora temos é de pensar em erguer o país”, acentua Fernando, com entusiasmo.
Quis aproveitar a oportunidade de vir para Portugal para, enquanto tirava o curso, “aprender o português, conhecer a sociedade, ver outras mentalidades, outras culturas, para daí retirar ensinamentos”. Um dos aspectos que estranhou quando chegou foi a liberdade de expressão, a que não estava habituado. “As pessoas falavam mais à vontade”, reparou na altura.
Como não falava a língua, limitava-se a sorrir para as pessoas. Os três colegas, mais velhos, ensinavam português em Timor. Vieram para a UBI para aperfeiçoarem e deram alguma ajuda a Fernando nos primeiros tempos, quando era necessário traduzir alguma coisa.
Mas o jovem estudante de Matemática, sozinho num pólo e curso diferentes, foi obrigado a interagir mais com os colegas portugueses, o que acelerou o processo de integração. Ainda assim, não foi fácil. Mesmo quando no segundo ano já se dedicava aos estudo da Matemática, ultrapassados os primeiros obstáculos com a língua.
Longe da família, dos amigos, a milhares de quilómetros de casa e com dificuldades várias, procurou manter-se concentrado no seu objectivo. “Vim para aprender com os portugueses, não vim para marcar passo”. Muitos dos que chegaram na altura a outras universidades acabaram por desistir, por não se conseguirem adaptar. Fernando Gama interiorizou que isso não era uma possibilidade. “Pensava para comigo que se desistisse, seria um falhanço não só para mim como para a minha família e também para o meu país, que nos enviou porque precisa de nós”, racionaliza, com obstinação.
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