sexta-feira, julho 10, 2009

R'etratos à sexta...com JM (13)

A noite do passado Sábado foi uma noite particularmente interessante, não que se tenham passado na Covilhã eventos de grande amplitude e alarido mas porque foi uma noite onde os covilhanenses puderam ouvir ao vivo jazz, funk, rock, punk, soul, rock porgressive e um ponto de metal… Estilo muito diferentes que, embora não se tenham reunido no mesmo evento, estiverem presentes na cidade.

Pelas 22h00 começou a actuar na ponte Mártir in Col, a Big Band do município da Nazaré. Quantas vezes já estiveram bandas de jazz a actuar na Covilhã?! Poucas… pessoalmente não me lembro de nenhum e por isso o concerto da Big Band do município de Nazaré veio trazer uma lufada de ar fresco nesta cultura macrocéfala e pimbalesca que faz trazer à Covilhã sempre os mesmos artistas, sempre os mesmos estilos de música, sempre os mesmos espectáculos. Este concerto de jazz foi algo isolado, é certo, mas agradou-me bastante ver a ponte mártir in Col com tão boa plateia.



Seria interessante eventos deste tipo por exemplo na Covifeira, que com a sua muito maior amplitude e abrangência volta a trazer o artista que provavelmente mais vezes já veio à Covilhã… um tal de Tony que canta música romântica.




Porque não apostar em nomes diferentes, em estilos diferentes, em espectáculos diferentes e também em bandas da nossa cidade na Covifeira? Porque não arriscar em bandas alternativas e menos badalas que dão e são um exemplo da produção cultural de qualidade que se faz em Portugal?


Rejeito absortamente a velha teórica teoria de que o povo ainda não está preparado para outros estilos de musica – e, portanto, torna-se inevitável trazer os artistas mais badalados -, no sábado provou-se que existe público para coisas diferentes, menos comerciais, mais alternativas!



E sobre o concerto da Big Band há muito a dizer… o facto de serem na sua grande maioria jovens estudantes já em si diz muito, é um sinal de esperança. Jovens a fazerem boa musica, de qualidade, de estilos abafados e raramente apoiados pelas autarquias!



Depois de salientar o brilhantismo com que ousaram tocar Charles Mingus, que, no seu estilo irreverente e muito pouco convencional torna extremamente difícil a reprodução dos seus clássicos… De salientar também as excelente reproduções de Count Bassie, Dizzy Gillespie, Paty Metheny e do grande Harbie Hancock além da fantástica voz feminina que deu um toque de classe fenomenal ao espectáculo. Dirigidos pelo simpático e convidativo maestro Adelino Mota trouxeram a excelência do Jazz à nossa cidade, e um espectáculo de absoluta excelência.





Quando o concerto acabou segui até à explanada dos Leões da Floresta, na sua nova sede e muito convidativa (diga-se de passagem), estavam a tocar os Five 2 One. Já tive o prazer de fazer a primeira parte de um concerto deles, é uma banda que está a ganhar nome, nasceu na Covilhã e coloca em delírio qualquer publico com os seus clássicos covers de The Doors, Rage Aganist The Machine, Neil Young, Muse… Apesar de tocarem um estilos muito próprios e específicos que nem todos gostam, tem trazido uma lufada de ar fresco à Covilhã… Quantos bares na Covilhã têm musica ao vivo? Poucos!, e o facto de se estar a contrariar essa tendência é muito positivo.



Mas para quem não se sentisse à vontade com este programa podia ter passado uma excelente noite no festival de bandas promovido pela jcp no jardim público. Com o objectivo de encontrarem um vencedor para actuar no palco novos valores na festa do Avante, ouve três concertos e entre as bandas estavam os Mind Check, uma banda da Covilhã, que segundo os comentários teve uma prestação muito bom.



Na verdade existem bastantes bandas de musica na Covilhã, o que tem acontecido é que não têm tido grandes palcos onde actuar… a autarquia esquece-os e as oportunidades que têm são em bares, colectividades, ou eventos organizados por pessoas com um elevado amor à musica.



Falo de bandas da qualidade dos Destil”art , da fúria dos Cirrose (que entretanto acabaram), da fluidez dos Sequela, da densidade dos Spoken Rage, da profundidade dos Solados Civis, e, como referi, dos novos Five 2 one.



Para este tipo de bandas a autarquia ainda não dá palcos,apenas para joannas, toys, tonys, robertos leais e afins…



Noites musicais com a de Sábado são efectivamente raras, a cultural macrocéfala não nos deixa ir mais longe… mas ainda assim há músicos covilhanenses a resistir, a inventar, a criar, a gravar no fundo a abrilhantar a cidade com uma excelente dose de criatividade, alternativa e gosto pela musica.


Saudações.

João Nuno Mineiro

12 comentários:

Anónimo disse...

Amiguinho:
A noite de Jazz foi promovida pela autarquia... e Covifeira e Feira de S.tiago não são bem bem a mesma coisa... Informa-te melhor antes de escreveres que só te ajuda.
Boa continuação

Anónimo disse...

Concordo com quase tudo o que foi dito neste post, apenas de salientar que aqui há uns anos atrás havia um bar na Covilhã, que trouxe cá músicos e bandas de inegável qualidade e nomes internacionais, que provavelmente nunca mais iremos ter oportunidade de ver aqui pela nossa santa terrinha nem perto disso e que tinha sempre muito pouca gente a assistir (40/50 pessoas seria o máximo) apenas porque para se terem esses concertos havia despesas a fazer, tais como estadia, alimentação, viagens e o cachét e as pessoas ficavam muito ofendidas porque lhes era cobrado 1€ de entrada para verem esses concertos. Acho que o problema das pessoas da Covilhã é quererem tudo de "mão beijada" sem terem o mínimo de despesas. Cobrassem neste concerto 1€ ou até 0,5cents e iríamos ver quantas pessoas estariam lá para ver... provavelmente o mesmo número de pessoas que iriam antigamente ao bar Sons e Sabores. Mas acho que o caminho é esse, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Esperemos que esta política "coltural" da treta mude e os cidadãos desta cidade de "conas-da-mãe" á beira serra plantada, possam começar a ter acesso a bons espetáculos, mesmo pagos. Não quero com isto dizer que se devia acabar com os Tonys e Toys e essa corja toda, pois não podemos todos gostar de amarelo, mas apostar-se também nos públicos mais alternativos...e com esta me vou...
cumprimentos á cona-da-mãe....

TheKingIsDead disse...

J.N.Mineiro fixe bem: O jazz não se reproduz mas sim improvisa-se apartir de um tema já existente ou de uma "ideia" musical.
Paty Metheny e Harbie Hancock não existem.
Visite a pag. oficial do Charles Mingus para ficar com uma ideia deste contra-baixista.
Não é por acaso que os tais Tony's e Toy´s trabalham onde trabalham e vendem aquilo que vendem, quer se goste ou não..............já agora pense nas pessoas que dependem destes dois senhores, entre musicos,tecnicos, empresas de roading e transportes.
As bandasitas que o deslumbraram(e talvez só a si), ficava-lhe melhor aconselha-los a estudarem musica (como os tais Tony´s)e trabalharem muito (como os tais Tony's)pois numa garagem a beber minis e mandar mail's para alguns eventos que reunam (na ideia deles,claro)condições, não passam dos palcos tipo:"Novos Valores".
"........estilos abafados e raramente apoiados pelas autarquias.", o unico estilo abafado é a sua mente.....Seixal, Matosinhos, Braga, Guimarães, Guarda, Cascais, Sintra,Lagos,Angra do heroismo, Loulé, Funchal dizem-lhe alguma coisa??

Anónimo disse...

Falar-se daquilo que não se sabe só pode dar em asneira... não é JM?

Ah, acho que já nem vale a pena falar dos erros ortográficos, que são sempre à mão cheia.

Tristeza!

manufactura disse...

...em pouco mais de uma semana assisti a dois espectáculos na Covilhã, um concerto do "Coro Misto da Covilhã" - EXCELENTE EM TODOS OS ASPECTOS - mas com uma plateia reduzida a familiares e amigos;e o musical "contrastes" - MUITO MEDIOCRE EM TODOS OS ASPECTOS- mas com casa cheia... como os gostos não são e não devem ser domesticáveis, e ainda bem, apenas se pode e deve promover a diversidade (desde os tony`s ao jazz, e oferecer às gentes possibilidades de formação e contacto com essa diversidade...o que, concordo, não existe na nossa cidade... sempre me repugnou esta sobranceria, pessoalmente não pagaria bilhete para ver nenhuma das bandas citadas neste post! Mas pagaria para ver um espectáculo de folclore ou de bandas filarmónicas da região!... A existência dos tonis a mim não me tira o sono,nem me dá nauseas, nem é o padrão usado, por mim, para medir o desenvolvimento intelectual da região...

Anónimo disse...

Tão novinho e já tão formatadinho...

Anónimo disse...

"cultura macrocéfala" ?????

"macrocéfalo - Que ou aquele que tem uma cabeça anormalmente grande" - in http://www.priberam.pt/

A Covilhã tem uma cultura de cabeça grande???? ou será uma cultura cabeçuda???? espectacular!!!!!

Utilizar palavras caras só por utilizar dá nisto.Estás em grande rapaz!

Anónimo disse...

É uma questão dificil anónimo 10:57 AM. Penso que o grande problema é não existir uma educação para a cultura... para a critica, para a comprensão real de uma musica, de um livro, de um filme, de uma fotografia etc. As pessoas pensam um pouco que a cultura tem de ser gratuita e esquecem-se de que há quem viva de criações.
Sobre as autarquias dizer o seguinte, dos 308 municipios portuguess quantas deles apoiam realmente e constantemente bandas alternativas locais?!
É obvio que há bons exemplos mas não são regra.

João Manuel Rodrigues disse...

Muito me ri com esta senhora do "manufactura", que aproveitando ressentimentos pessoais, talvez para com o autor deste post, vem comparar um concerto do Coro Misto (agrupamento semi-profissional, com enormes provas dadas e gerido por um genial maestro), com um espectáculo musical juvenil (completamente amador, e no qual o João Mineiro participou e MUITO BEM).
Para inicio de conversa, deixe-me dizer-lhe que sou pai de uma menina, a quem o Oriental de São Martinho proporcionou acalentar um sonho de participar neste tipo de espectáculo.
Como à minha filha, também a muitas outras crianças e jovens, foi dada esta hipótese.
Um trabalho magnífico, quer na minha opinião, quer na das centenas e centas de pessoas, que assisitiram às duas apresentações.
Trabalho este, realizado com uma entrega e uma paixão fora do comum, por pessoas que não recebem absolutamente nada em troca, e que vivem no associativismo fazendo o bem ao próximo, e proporcionando momentos de convívio e de grande amizade, entre todos.
Gente com muito valor e muito talento, que merecem amplo reconhecimento de toda a sociedade.

Este "Contrastes" é feito de simplicidades. De parcas ajudas e meios técnicos. E mesmo assim, veja a proeza: um projecto ovacionado, e convidado a representar a Covilhã. Já viu tamanha mediocridade?
Ou por acaso, a digníssima professora estava à espera de ir à Broadway?
Dêem-lhes meios, e se calhar, farão melhor.

Mas seremos todos nós, os que gostámos e (muito) medíocres, ou demasiado burros para percebermos a essência da "coisa"?

Medíocre, é ser-se eleito para um cargo público, e não desempenhar o seu trabalho de forma eficaz e competente, apresentando projectos e ideias construtivas. Até hoje, nada... zero!!
Claro que a culpa, é sempre da maioria.

Medíocre, é escreverem-se boçalidades, para depois gritar aos quatro ventos, que somos do "contra" e que é a nossa irreverência.

É que também, depois do que li e vi do seu blog, mediocridade é mesmo coisa que não falta.

Ao dispor.
João Manuel Rodrigues

joao.manuel.rodrigues72@gmail.com

Anónimo disse...

Anónimo 12:44:

Vá estudar geografia, e aprenda o que é a concentração macrocefala do urbanismo em portugal...
agora aplique-o à cultura covilhanense.

Anónimo disse...

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=padr%C3%A3o+macrocefalo+do+urbanismo+portugues&meta=&aq=f&oq=

Oi? disse...

Ó miúdo, antes de mandar os outros estudar o que quer que seja (e atenção que não sou eu a pessoa visada), que tal ir você pegar num bom livro de Português??
É que são já demasiadas as vezes que vejo erros e calinadas de bradar aos céus nas suas ricas crónicas.

É mesmo preciso muito descaramento para mandar os outros estudar!! ele há com cada um...