Como em tudo, bom senso exige-se... Seja de quem acusa, como de quem se defende! De todas as defesas possíveis, que em público se possam conjecturar, e sem conhecer a fundo o processo, parecer-me mais viável e credível aquela que com bom senso consiga opor à acusação de difamação um actor capaz. Sem isto nada feito.
Acusar um Endereço Electrónico(IP) é virtual, não aguenta em tribunal. Ligar um IP a um Endereço Postal é no mínimo fantasioso (a rede é por natureza etérea), ligar uma pessoa a uma máquina(PC), bom é procurá-los nos Cuidados Intensivos do Hospital...
Agora que a culpa morra solteira, também acho que não.
Para haver culpa, tem que existir culpado, coisa que à partida parece impossível provar, podendo-se presumir... As presunções são como tudo, uns presumem, outros são: Culpados ou Vítimas.
Presumíveis vítimas, parece que temos: alguém se queixa de ter sofrido um Dano (moral, psicológico, afectivo, na auto-confiança, na genitalidade post-efervescente da masculinidade de um homem na idade da decadência, essa física e emocional). Ele sofreu, ele sofre, ele homem é vítima e clama, pelo aconchego da Justiça e da reparação por equivalente, vinte mil €uros...
Presumíveis culpados, são tantos, somos todos... quantos leram, quantos falaram, quantos teriam escrito se soubessem o que é um IP e um PC e um Endereço Electrónico, e por isso pensaram.
A vítima é um homem e o culpado é uma mole humana indistinta?
Mas no tribunal está um acusado, um outro homem, um rapaz, que representa um descontentamento plural, surdo até ser navegável por todos nós, na Internet.
No tribunal está um Poder, um Orgão da Administração, vetusto na sua forma humana singular, o povo legitima, as eleições confirmam, o Presidente é atacado por ser o presidente, pela obra, pelos negócios, pela influência... Qu'é do homem?
Quem é Carlos Pinto, Quem é David Duarte? São eles que estão frente a frente, mediados pela justiça. O que os separa, porque se maltratam?
Quem é o Presidente da Câmara, Quem é o Blogger Covilhas? Porque não estão eles frente a frente? De que têm medo um e outro, para que não apareçam diante de nós? Submetendo-se ao escrutínio popular...
(continua)
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