O que têm em comum o Tiago, a Benedita, o André, a Nicole e o João? São alunos do Ensino Básico do concelho da Covilhã e foram escolhidos para participar na iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã, Um dia com o presidente.
Passavam 20 minutos das 9 horas quando a porta de um carro se abriu em frente ao edifício da câmara. Lá de dentro saiu o Tiago. O seu rosto apreensivo sugeria uma certa timidez, que aumentou ainda mais quando se viu rodeado de “flashes”. Era o último a chegar e rapidamente se juntou aos seus colegas que se encontravam na Sessão de Câmara. Quando se sentou na cadeira ouviu uma cidadã queixar-se dos prejuízos sofridos devido a uma inundação na sua habitação. Seria uma Sessão de Câmara igual a tantas outras não fosse a presença destes cinco jovens que tinham sido escolhidos, pelo director de turma ou eleitos pelos colegas, para participar na iniciativa Um dia com o presidente. Na sala, à excepção do executivo camarário, havia cerca de uma dúzia de pessoas que saiam progressivamente à medida que expunham as suas queixas. Uma moção de protesto contra a CDU, um pedido de empréstimo no valor de cinco milhões de euros, o debate sobre alguns pormenores do futuro aeroporto da Covilhã… foram inúmeras as questões debatidas e que foram escutadas atentamente pelos jovens. Duas horas passaram e a inquietação começou a surgir. Os miúdos foram então levados por Ana Simões, do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, para conhecer as instalações da Câmara Municipal. “Aprendi que as pessoas vão lá queixar-se e pedir ajuda e depois o sr. presidente tenta ajudá-las”, disse Benedita. No entanto, admitiu que “foi um bocadinho «seca»”. Percorreram o edifício de uma ponta à outra, deslumbrando-se ao abrir de cada porta. Surpreendidos com a quantidade de pessoas que iam encontrando passaram por todos os gabinetes, secções e departamentos falando com secretárias, responsáveis e funcionários. Ninguém ficou alheio à presença destes miúdos. “O que fazem aqui estes meninos?”, questionou Mário Nabais, o telefonista e provavelmente a figura mais caricata e social em todo o edifício. A resposta já não a ouviu pois a agitação do telefone não o deixou. (...)
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Os cinco alunos de escolas da Covilhã que acompanharam hoje o dia de trabalho do presidente da Câmara, não se deixaram seduzir pelo cargo do edil Carlos Pinto, por dar muito trabalho, pelo medo de manifestações e medo de desiludir as populações. Para as crianças o cargo exige «assinar muitos papéis e fazer muitos projectos» e desagradou-lhes a rotina presidencial pelo que afirmaram preferir seguir profissões como medicina, veterinária, desenho de automóveis ou construção. (...)
As queixas das crianças ao Presidente
No final da reunião, durante uma conferência de imprensa, o presidente da Câmara respondeu às questões de jornalistas e dos jovens, entre as quais, uma sobre qual a tarefa mais complicada do presidente.
Entre diversas perguntas, Carlos Pinto foi ainda confrontado com a falta de um espaço para as aulas de educação física na Escola EB2,3 do Tortosendo. "Não temos pavilhão" e para chegar ao que existe na vila as crianças têm de atravessar a estrada, queixou-se Benedita Pombo. "Se for preciso, eu disponho de funcionários" para controlar o trânsito, referiu o autarca, que não compreende "porque não é utilizado o pavilhão do Unidos do Tortosendo, um espaço moderno e a poucos metros da escola".
«Já levo isto com uma perna às costas. Como os jogadores de futebol, já há muitos anos que treino ’fintas’», referiu depois o autarca, quando lhe perguntaram se era difícil ser presidente da Câmara, cargo que ocupa há 13 anos. «O mais difícil é saber se estamos a ser capazes de responder ao que as pessoas esperam de nós», respondeu Carlos Pinto.(...)
No final da reunião, durante uma conferência de imprensa, o presidente da Câmara respondeu às questões de jornalistas e dos jovens, entre as quais, uma sobre qual a tarefa mais complicada do presidente.
Entre diversas perguntas, Carlos Pinto foi ainda confrontado com a falta de um espaço para as aulas de educação física na Escola EB2,3 do Tortosendo. "Não temos pavilhão" e para chegar ao que existe na vila as crianças têm de atravessar a estrada, queixou-se Benedita Pombo. "Se for preciso, eu disponho de funcionários" para controlar o trânsito, referiu o autarca, que não compreende "porque não é utilizado o pavilhão do Unidos do Tortosendo, um espaço moderno e a poucos metros da escola".
«Já levo isto com uma perna às costas. Como os jogadores de futebol, já há muitos anos que treino ’fintas’», referiu depois o autarca, quando lhe perguntaram se era difícil ser presidente da Câmara, cargo que ocupa há 13 anos. «O mais difícil é saber se estamos a ser capazes de responder ao que as pessoas esperam de nós», respondeu Carlos Pinto.(...)
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