terça-feira, novembro 21, 2006

Água da Covilhã mais cara que a da Guarda

Só nas diferentes taxas, consumidores da “cidade-neve” pagam mais 39 euros por ano.
Numa altura em que se continua a ouvir falar de "apertar o cinto", pagar mais pelo mesmo serviço que outros consumidores só porque se mora em concelhos diferentes é algo que, certamente, não agrada e não convém à generalidade das pessoas. É o que se passa em cidades tão próximas como a Guarda e a Covilhã.
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Na factura da água, por exemplo, os habitantes da "cidade-neve" têm que desembolsar mais 6,5 euros só relativamente às diferentes taxas, como as do saneamento e do lixo, o que representa por ano um acréscimo de 39 euros. Mesmo assim, os covilhanenses conseguem pagar menos, por exemplo, que os habitantes do Sabugal, obrigados a despender 22,45 euros só em taxas. Na factura da água da Guarda, os consumidores pagam por mês 2,22 euros pelo aluguer do contador, 2,04 euros pela tarifa de saneamento e 3,01 euros pelos resíduos sólidos, o que perfaz um total de 7,27 euros.
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Ora, multiplicando por dois, o valor em taxas ascende a 14,54 euros, muito longe do montante pago pelos utilizadores da Covilhã: 21,04 euros por dois meses de facturação. Ou seja, uma diferença de 6,5 euros que, no final de cada ano, representa um gasto a mais de 39 euros. Só em tarifa de disponibilidade, que na prática equivale ao aluguer do contador, os clientes pagam oito euros, em taxa de conservação e tratamento de esgotos, que variam consoante a água consumida, uma família média de quatro pessoas paga na Covilhã à volta de 4,32 euros. O mesmo que tem que desembolsar para a tarifa de drenagem de esgotos.
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Já em termos de resíduos sólidos, existem duas "tabelas", uma fixa, cujo valor é de 2,40 euros, e outra variável que, em média, rondará os dois euros, dependendo do consumo de água registado. Por outro lado, para além de pagarem mais, os covilhanenses têm outra "dor de cabeça" quando recebem a factura da água, tamanha é a lista de itens a analisar, tornando-a extremamente confusa. (...)

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