quinta-feira, novembro 30, 2006

O Orçamento dos Proveitos Extraordinários

Menos sete milhões do que em 2006

O Orçamento da Câmara da Covilhã para 2007 é de 86 milhões de euros. O documento foi ontem aprovado por maioria numa reunião do executivo em que os dois vereadores socialistas se abstiveram. Contas feitas, são menos sete milhões de euros relativamente ao orçamento aprovado para este ano, tendo em conta que o total de 120 milhões de euros de 2006 incluía os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, entretanto transformados na empresa municipal Águas da Covilhã.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, explica que “o orçamento contempla um conjunto de obras importantes, mas está de acordo com uma política de contenção” seguida pelo município, referiu em declarações difundidas pela RCB – Rádio Cova da Beira.
O autarca adiantou algumas das obras que a Câmara prevê para 2007, dando como exemplos, “a conclusão da estrada que liga Covilhã a Verdelhos, o lançamento da estrada Pereiro – São Jorge da Beira, conclusão da piscina-praia, lançamento da piscina do Teixoso, requalificação das praças da cidade e início das obras do novo aeroporto”.
A intervenção nas Penhas da Saúde foi também apontada por Carlos Pinto, com a ressalva de que “depende do que ficar definido no QREN [Quadro de Referência Estratégica Nacional, que vai definir a distribuição de fundos comunitários] para 2007”.

ORÇAMENTO SOBREVALORIZADO, DIZ OPOSIÇÃO
Por seu turno, a oposição socialista na Câmara considera tratar-se de um orçamento sobrevalorizado, uma vez que tem por base uma excessiva confiança na alienação de património municipal. “Sabe-se da importância do orçamento para a gestão do município, mas, apesar dos indicadores serem optimistas, parece que está sobrevalorizado, uma vez que se baseia substancialmente na alienação de património”, disse a vereadora Telma Madaleno.
Segundo a oposição, a venda de património representa 53 por cento da receita total do orçamento. De acordo com a vereadora, existe “uma projecção exagerada do encaixe financeiro com a alienação de património”, já que, em anos anteriores, “a venda de património só rendeu entre três a sete por cento do orçamento”.
Telma Madaleno criticou ainda o baixo grau de execução das obras inscritas no orçamento, ao longo dos últimos anos. “Nunca corresponde à realidade”, defendeu.
O orçamento terá ainda de ser votado pela Assembleia Municipal da Covilhã.

Diário XXI

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