O Governo continua a não sustentar de forma séria e precisa as implicações das suas medidas macro-económicase isso é a demonstração de que o Estado interveio demais onde não deveria.
As actividades estatais na área da saúde deveriam ser restringidas à prestação de cuidados ou apoios aos que pelas vicissitudes da sua vida não podem preparar e segurar para si os custos com os serviços médicos que venham a necessitar. Ora isto não implica a existência de uma gigantesca estrutura própria, podendo esses serviços ser prestados por entidades privadas (nacionais ou não).
Os recursos que são mal aplicados neste sector fazem falta noutros onde o estado deveria ter outra eficiência e eficácia. Falo, por exemplo no que devia ser a justiça.
Quando se compara Portugal aos países Nórdicos em geral a questão de fundo mais ou menos unânime não é se um país rico pode pagar uma elevada despesa pública, ou apenas um dispendioso estado social. A questão importante é se um estado nação pobre pode enriquecer assim, um país rico consegue pagar uma elevada despesa pública no longo prazo, um país pobre não. Mas o país rico irá fazê-lo com custos de diminuição do crescimento económico. A sustentação é conseguida através de forte liberalização dos mercados, como podemos atestar nos diversos índices de liberdade económica.
"A subida do peso do sector público. Alguns economistas não gostam de falar neste tema por causa da conatação ideológica: tudo o que é sector púbico ou é bom para uns ou é mau para outros. A questão não é essa, embora saibamos que umas sociedades dão prioridade a prover bens sociais via sector público (p.ex. Suécia ou Dinamarca) e outras por via do privado (p.ex. EUA ou Japão). O problema é quando existe um enorme desperdício no sector público (caso da saúde e educação) e este não serve eficientemente os cidadãos. Ou quando se fazem investimentos cuja oportunidade e rentabilidade social é duvidosa."
TRÊS OBJECTIVOS A LONGO PRAZO: ACESSIBILIDADE, QUALIDADE E VIABILIDADE
Post de Miguel Resende
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