Há vários anos numa conversa com Alberto Alçada Rosa, e por ocasião das andanças pelas “causas do património”, pessoa em quem reconheço enorme sensibilidade, desenvolveu o mesmo uma ideia interessante, para caracterizar a malha urbana covilhanense, a qual nunca esqueci.
“Covilhã, uma cidade fabril, cidade encosta de montanha, disposta em anfiteatro, onde as fábricas se inscrevem harmoniosamente nesse enquadramento geomorfológico”.
Nunca esqueci essa caracterização e foi nos anos 70/80 do século XX que a Covilhã assistiu às mais bárbaras intervenções urbanísticas, Rua da Indústria, Jardim Público, Calçada Alta, Rua do Rodrigo e Largo São João de Malta (prefiro os nomes de outrora) que lhe retiraram essa beleza única, dando cabo de tão belo anfiteatro. Não por falta de espaço, mas por falta de visão.
Os erros reproduzem-se na “nova cidade” em crescimento na zona da ANIL onde os prédios se atrofiam entre si, em que há telhados que quase entram pela varanda do vizinho, a somar aos inestéticos passeios em cimento, sem verde e com jardins de gosto muito duvidoso. Enfim. Obras dum presente muito recente, que se esperava pudessem redimir da mácula cometida na cidade antiga. Erros que acabaram por persistir e se acentuar.
Daí que revistas de cariz nacional, como a “Grande Reportagem”, “Pública” e outras, incluíram a Covilhã na “lista negra” das cidades mais descaracterizadas.
Os professores da Pêro da Covilhã ficaram estupefactos quando esta semana chegaram à sua Escola e deram de caras com um brutal anúncio em garrafais letras vermelhas a anunciar um qualquer centro comercial.
Inadmissível, foram as palavras que os presentes encontraram no momento, indignados e tristes, pela atrocidade cometida ao nosso centro histórico, à torre de São Tiago, à memória dos nossos antepassados, à cidade da Covilhã, perante tamanha falta de sensibilidade.
Estamos no reino do vale tudo, referiu a maioria dos presentes, inadmissível, acrescentaram outros .
António Pinto Pires in Kaminhos
“Covilhã, uma cidade fabril, cidade encosta de montanha, disposta em anfiteatro, onde as fábricas se inscrevem harmoniosamente nesse enquadramento geomorfológico”.
Nunca esqueci essa caracterização e foi nos anos 70/80 do século XX que a Covilhã assistiu às mais bárbaras intervenções urbanísticas, Rua da Indústria, Jardim Público, Calçada Alta, Rua do Rodrigo e Largo São João de Malta (prefiro os nomes de outrora) que lhe retiraram essa beleza única, dando cabo de tão belo anfiteatro. Não por falta de espaço, mas por falta de visão.
Os erros reproduzem-se na “nova cidade” em crescimento na zona da ANIL onde os prédios se atrofiam entre si, em que há telhados que quase entram pela varanda do vizinho, a somar aos inestéticos passeios em cimento, sem verde e com jardins de gosto muito duvidoso. Enfim. Obras dum presente muito recente, que se esperava pudessem redimir da mácula cometida na cidade antiga. Erros que acabaram por persistir e se acentuar.
Daí que revistas de cariz nacional, como a “Grande Reportagem”, “Pública” e outras, incluíram a Covilhã na “lista negra” das cidades mais descaracterizadas.
Os professores da Pêro da Covilhã ficaram estupefactos quando esta semana chegaram à sua Escola e deram de caras com um brutal anúncio em garrafais letras vermelhas a anunciar um qualquer centro comercial.
Inadmissível, foram as palavras que os presentes encontraram no momento, indignados e tristes, pela atrocidade cometida ao nosso centro histórico, à torre de São Tiago, à memória dos nossos antepassados, à cidade da Covilhã, perante tamanha falta de sensibilidade.
Estamos no reino do vale tudo, referiu a maioria dos presentes, inadmissível, acrescentaram outros .
António Pinto Pires in Kaminhos
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