Uma entrevista a Bernardino Soares que saiu um dia destes no Diário de Noticias...Aqui ficam alguns excertos...
Consideraria que na Coreia do Norte vigora um regime comunista?
Temos falado nisso em vários congressos... julgo que o que caracteriza a questão do Coreia do Norte, neste momento, é a difícil apreensão do que se passa, de facto, naquele país.
Difícil apreensão? Os dados que dispõe não são suficientes para poder dizer, por exemplo, se a Coreia do Norte é uma democracia?
Tenho muitas reservas em relação à filtragem da informação feita pelas agências internacionais.
Ao ponto de não poder dizer se o país é democrático?
Sim. Tenho dúvidas que não seja uma democracia.
Cuba, que é um caso que conhece melhor, serve de modelo ao PCP?
Não creio que deva haver modelos, mas admito que em Cuba há uma intensa participação da população na vida política e que esse povo tem tido uma luta heróica contra os desígnios norte-americanos que o faz enfrentar um embargo de várias décadas, por vezes criminoso. E mesmo assim, consegue ajudar países menos desenvolvidos, como fazem em África. Esse esforço é de louvar.
Louvaria também a liberdade de expressão?
Aqui há uns tempos vi um líder da oposição dar uma entrevista, no seu pátio em Havana, a uma cadeia de televisão internacional, dizendo que não havia liberdade de expressão. O exemplo fala por si.
E prisioneiros políticos, existem?
Não tenho conhecimento.
Nem lhe interessa ter?
Com certeza que sim, mas também julgo que não há presos políticos em Cuba.
Que significado dá hoje à queda do Muro de Berlim?
Nós já criticámos o afastamento daquilo que julgamos dever ser a construção correcta do socialismo, sem a existência de classes dirigentes privilegiadas e a confusão entre o partido e o Estado. Mas não se pode ignorar que a existência de um campo socialista no século XX teve uma importância fundamental no desenvolvimento da humanidade, influenciando muitos avanços sociais.
E a existência de dois blocos era positiva?
Pelo menos permitia um equilíbrio, mesmo através de uma dissuasão nuclear, que impedia uma escalada belicista como a que hoje temos. E também foi muito importante para o desenvolvimento dos movimentos de independência dos países africanos.
Consideraria que na Coreia do Norte vigora um regime comunista?
Temos falado nisso em vários congressos... julgo que o que caracteriza a questão do Coreia do Norte, neste momento, é a difícil apreensão do que se passa, de facto, naquele país.
Difícil apreensão? Os dados que dispõe não são suficientes para poder dizer, por exemplo, se a Coreia do Norte é uma democracia?
Tenho muitas reservas em relação à filtragem da informação feita pelas agências internacionais.
Ao ponto de não poder dizer se o país é democrático?
Sim. Tenho dúvidas que não seja uma democracia.
Cuba, que é um caso que conhece melhor, serve de modelo ao PCP?
Não creio que deva haver modelos, mas admito que em Cuba há uma intensa participação da população na vida política e que esse povo tem tido uma luta heróica contra os desígnios norte-americanos que o faz enfrentar um embargo de várias décadas, por vezes criminoso. E mesmo assim, consegue ajudar países menos desenvolvidos, como fazem em África. Esse esforço é de louvar.
Louvaria também a liberdade de expressão?
Aqui há uns tempos vi um líder da oposição dar uma entrevista, no seu pátio em Havana, a uma cadeia de televisão internacional, dizendo que não havia liberdade de expressão. O exemplo fala por si.
E prisioneiros políticos, existem?
Não tenho conhecimento.
Nem lhe interessa ter?
Com certeza que sim, mas também julgo que não há presos políticos em Cuba.
Que significado dá hoje à queda do Muro de Berlim?
Nós já criticámos o afastamento daquilo que julgamos dever ser a construção correcta do socialismo, sem a existência de classes dirigentes privilegiadas e a confusão entre o partido e o Estado. Mas não se pode ignorar que a existência de um campo socialista no século XX teve uma importância fundamental no desenvolvimento da humanidade, influenciando muitos avanços sociais.
E a existência de dois blocos era positiva?
Pelo menos permitia um equilíbrio, mesmo através de uma dissuasão nuclear, que impedia uma escalada belicista como a que hoje temos. E também foi muito importante para o desenvolvimento dos movimentos de independência dos países africanos.
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