quinta-feira, setembro 27, 2007

A morte do João Pintor

Zé: -Bença padre.
Padre:- Deus o abençoe meu filho.
Zé:- Padre, lembra-se do João Pintor?
Padre:- É claro meu filho.
Zé: -Pois é padre, o João veio a falecer.
Padre: -Que pena, morreu de quê?
Zé: -Moro numa rua sem saída e minha casa é a última, ele despistou-se com o carro e bateu no muro da minha casa.
Padre:- Coitado, morreu de acidente.
Zé: -Não, ele bateu com o carro e voou pela janela, caiu dentro do meu quarto e bateu com a cabeça no meu guarda roupa de madeira.
Padre:- Que pena, morreu de traumatismo craniano.
Zé:- Não padre, ele tentou se levantar e ao agarrar na maçaneta da porta que se soltou e ele rolou escada abaixo.
Padre:- Coitado, morreu de fracturas múltiplas.
Zé:- Não padre, depois de rolar na escada ele bateu no frigorifico, que caiu em cima dele.
Padre:- Que tragédia, morreu esmagado.
Zé:- Não, ele tentou se levantar e bateu com as costas no fogão e a sopa que estava a ferver caiu em cima dele.
Padre:- Coitado, morreu desfigurado.
Zé: -Não padre, no desespero saiu a correr, tropeçou no cão e foi contra o quadro eléctrico.
Padre:- Que pena, morreu eletrocutado.
Zé:- Não padre, morreu depois de eu lhe dar dois tiros.
Padre:- Filho, você matou o João?
Zé: -Claro, ele estava a destruir a minha casa!!!

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