quinta-feira, setembro 20, 2007

Deixar na Serra só o que lhe pertence

A Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela (ASE) e o Clube de Actividades Ar Livre (CAAL) promovem uma acção de recolha de lixo na zona do Corredor do Inferno, nas proximidades do Cântaro Magro, em pleno maciço central da Serra da Estrela, no próximo sábado, dia 22 de Setembro.

As duas instituições de defesa do meio ambiente contam com a participação de uma centena de pessoas. Segundo José Maria Saraiva, vice-presidente da ASE, "O Clube de Actividades Ar Livre espera uma participação de mais de 80 associados, a que se juntam elementos da secção de montanha da ASE" para que a área fique apenas com "aquilo que faz parte da serra". A iniciativa está marcada para as 10 horas da manhã.
Normalmente limpa-se a serra nos sítios visíveis mas, neste caso, limpa-se a serra na sua essência, numa zona onde existe uma linha de água que é o fio condutor da linha de nascente do rio Zêzere", referiu José Maria Saraiva, acrescentando que a actividade será realizada numa zona com um declive de cerca de 300 metros e numa extensão aproximada de 500 metros.

Aquele responsável admite que "vai sair muita quantidade de lixo de lá, nomeadamente plásticos, latas, garrafas e vidros" que são abandonados pelos visitantes e arrastados pelo vento e pelas correntes de água. Nesta acção, refere, vai ser utilizado um processo inédito de evacuação do lixo desde o fundo da "garganta" até à estrada.

"Vamos içá-lo com cordas para a estrada, onde será recolhido pelos serviços do Parque Natural da Serra da Estrela, para evitar transportá-lo às costas, já que se trata de uma zona muito acidentada", explicou.

Adiantou que também "vai ser tentada a retirada dos destroços de um automóvel que se despistou há uns anos e se encontra entre as rochas, no fundo do Corredor do Inferno".

Além desta acção, os associados do CAAL vão proceder à recolha de sementes de vidoeiro, dando o seu contributo para a campanha "Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela", que está a ser desenvolvida pela ASE, que na presente época espera atingir a cifra do milhão de árvores semeadas e plantadas na serra.

Kaminhos

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