Como não há uma sem duas...
Pois é, recebi no mail do blog ( estrelanoseumelhor.blogspot.com) mais esta pérola da Serra da Estrela.
Ora vejamos:
Dados do guia / livro
Nome: Serras de Portugal
Editora: Gradiva - Publicações, Lda.
Autor: José Manuel Fernandes (Director Editorial do Jornal Público)
Fotografias: Mauricio Abreu (Fotógrafo Profissional)
Ano de Edição: 1994
Páginas: 204
Vejamos então o que é referido no guia:
Será que li bem? Queijo falsificado? Aguardente de zimbro sem bagas? Enchidos de fábrica? Recordações de mau gosto? Barracas improvisadas? Lixo e instalações em ruínas?
Mas... mas que é isso de "praga das construções clandestinas e abarracadas"? Esta gente será que conhece a Mini-cidade de montanha das Penhas da Saúde, tão publicitada internacionalmente pelo Sôr Presidente da Câmara, onde construções do mesmo tipo vão ser legalizadas?
Estão doidos estes autores... só pode... comparar "as zonas de crescimento dos aglomerados urbanos do Parque Natural" com os "arredores de Lisboa, do pior e mais desastroso que possa existir no concelho de Loures, Sintra e Cascais"... será que estão a falar mesmo da Serra da Estrela?
Xiii... dizer que o Sabugueiro está irreconhecível? Mas eu sempre o reconheci desta maneira... como o Marraqueche da Serra da Estrela... e agora vêm estes tipos dizer que está irreconhecível?! Sinceramente...
E ora digam lá que "o contraste entre as casas de granito, as construções do tempo do volfrâmio e as novas maisons" não são algo mesmo típico da nossa zona?
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Depois do que acabo de ler a única coisa que me apetece dizer é: qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência..."
Estes textos foram publicados em 1994... depois de 13 anos o que é que mudou?
Infelizmente pouco ou nada. Talvez a única coisa seja mesmo "as barracas improvisadas como as da Feira da Ladra", que agora estão improvisadamente instaladas num improvisado pseudo-centro-comercial...
Se estivessemos noutro País, talvez as coisas pudessem ter mudado, talvez os responsáveis por estas situações pudessem ser responsabilizados, talvez a população em geral tivesse ganho um pouco mais de consciência em relação ao que é estar num território protegido, talvez, talvez, talvez...
Infelizmente é o País que temos...
há que continuar a "lutar" para ver se algo muda!
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Para finalizar, gostaria de deixar uma mensagem de revolta para os senhores da RTSE, da Turistrela, do Parque Natural, das várias Autarquias e das várias Freguesias, por continuarem a destruir todo o potencial que a Serra da Estrela podia ter!
Continuem a apostar num turismo não sustentável, num turismo de modas (passageiras), num turismo sem identidade local, num turismo do "ir e vir" no mesmo dia, num turismo SEM VISÃO, que é esse turismo que irá aniquilar qualquer tipo de desenvolvimento que a Serra e suas populações pudessem vir a ter!
O único alento que tenho, é que daqui a uns anos, todo o mal que tenha sido feito à Serra da Estrela irá ter um nome... o vosso nome... o nome das pessoas que estiveram à frente dos organismos atrás referidos e que nada fizeram em prol daquilo que deveria de ser feito na Serra da Estrela!
Só é pena que nessa altura não se possa voltar atrás e repôr tudo como estava antes, pois será demasiado tarde!...
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