"Pois é, lá vem crise e o euroverniz começa, portanto, logo a rebentar pelas costuras. O caso dos jobs ingleses for the boys ingleses choca-nos porque os estrangeiros ameaçados (porque ameaçadores) somos nós, portugueses. Mas as notícias podiam muito bem vir da França, da Alemanha - a Itália e a Espanha já há algum tempo que andam a brincar às xenofobias. Nada de espantar: a força do fascismo larvar é o medo, e a triste e humana verdade é que, ao mínimo susto, soltamos cantando e rindo o PRD que há em nós."
"Ora bem. Na minha opinião não, não é ainda o fim da Europa. Mas é um aviso de que convém não fazer a festa antes do resultado. Ou já se esqueceram do triste espectáculo que foi aquela procissão eufórica na final do Europeu com o autocarro da equipa portuguesa feito andor de Alcochete até ao estádio?"
"O que nós, os euro-inseguros (detesto o termo eurocépticos), não gostamos é que nos tomem por estúpidos. E não vamos dizer “nós bem avisámos” - OK, acabo de dizer - até porque a nossa “satisfação” em nada se compararia à arrogância que os eurófilos têm tido ao proclamar que a Europa devia era marchar em frente, Constituição em punho, feita rolo compressor, e que quem levantasse a mínima dúvida sobre a construção desse Paraíso era maricas. Ou, pior, nacionalista primário."
Ora, o que há para dizer é bem simples:
a) ao mínimo sinal de ameaça, todos (governos inclusive) se fecham em copas;
b) não é improvável que venha aí uma guerra intra-europeia (nada como uma guerra para lidar com uma grande crise);
c) os suspeitos do costume should machen le faveur de não se rirem quando uma pessoa diz isto.
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