segunda-feira, março 23, 2009

Espectáculo inspirado na obra de Florbela Espanca é co-produzido pelo Teatrubi e a ASTA “Marca’dor” no Teatro-Cine da Covilhã

24, 25 e 26 de Março, Teatro-Cine da Covilhã, 21h30



O TeatrUBI e a ASTA estreiam, na terça-feira, mais um trabalho em co-produção, intitulado "Marca’dor". O espectáculo inspira-se em textos de Florbela Espanca, numa abordagem à sua obra, com a temática do amor e sofrimento, que tantas vezes se confunde com a sua própria vida. Trata-se de um trabalho transdisciplinar que conjuga o teatro com a dança e a performance com a música.

Encenado por Rui Pires, "Marca’dor" insere-se numa linha contemporânea de criação de espectáculos, «numa estética visual que pretende buscar em cada espectador a sua própria interpretação do que presencia em palco», adianta a produção. A peça, que assinala os 20 anos de actividade do Teatrubi, está em cena no Teatro-Cine da Covilhã . "Marca’dor" conta com as interpretações de Graça Faustino, João Cantador e Nícia Silva.

O Interior



4 comentários:

Anónimo disse...

alguem sabe os preços?

Unknown disse...

PREÇOS!?

Deves estar a brincar.Isto é Teatro Académico! Ainda para mais com co-produção.
Sem tirar o mérito a quem ensaia e faz parte do grupo.

Não devem saber é o funcionamento interno de outros grupos de teatro académicos .

Ainda que devam haver apoios.Concordo.Isto é ACADÉMICO e como académico que é , devia ser de entrada livre.Pelo menos para estudantes da UBI. Quanto ao publico em geral deve ser de quantia simbólica. Dado o teor cultural em que é inserido e a quem é dirigido.Já não basta as propinas e a crise ,ainda tinhamos de pagar por uma peça de Teatro Académico encenada por Rui Pires.

Só faltava essa.

Apostem na formação e passem o testemunho ou o Teatro Académico reduz-se a uma ou duas pessoas que o vão deixar morrer com a desculpa presunçosa de que eles é que sabem como se faz.

Bem haja ao grupo, em geral e em particular aos actores e actrizes.

Filipe

Anónimo disse...

3€ para não sócios e 1.5€ para sócios do Teatr'UBI ou da Asta.

Anónimo disse...

Acho interessante a análise deixada pelo Filipe quanto ao teatro "académico", mas coloco a questão a nível de teatro, ou da cultura em geral.

Em primeiro lugar, é sempre necessário saber do que falamos a nível de contexto, em segundo, ou sobretudo sabermos quem somos nós para criticar.

Eu exponho: Quanto ao contexto, é ter um pouco de cultura geral e perceber que há diferenças entre teatro universitário (ou leigamente académico) e estruturas profissionais, apesar da realidade de ambas ser a mesma, e para isso basta ler um jornal ou revista para perceber.... o que implica que apoio seja coisa que não exista nos tempos que correm ... a maior parte do trabalho das companhias é feito por "amor à camisola", pelo que qualquer pessoa perceberá a importância de contribuir com um valor simbólico de bilhete, que acredito que nesta região é mesmo simbólico... pois noutras cidades... é muito mais elevado. Eu, pessoalmente já tive a oportunidade de o comprovar e inclusivamente contribuir, de bom grado, sem o lamentar e agradecendo tudo o que recebi, tanto a nível de aprendizagem como de pura e simplesmente me terem conseguido fazer viajar para outras realidades.

Em segundo, alguém que coloca em causa um nome, das duas uma, ou sem conhecer ou porque conhece e se conhece, não percebo... é alguém que está mais interessado noutras coisas e esquecer o importante: o facto de se preocupar com o futuro do grupo de teatro da academia. Sem dinheiro, como vai ser?

Bem, mas de qualquer forma, o contributo que queria deixar diz respeito à questão financeira. Tirei gestão, na Ubi, que posso dizer ficou bastante aquém das espectativas... agora uma coisa que percebi de imediato é que um produto tem um valor, seja ele simbólico ou não. Existe sempre um investimento, tudo tem um preço, um custo, pelo que é necessário, sempre, tentar reaver pelo menos o investimento. Não acredito que haja apoios suficientes para a actividade de um grupo, pelo que coloco em causa que tipo de estudantes somos quando nos preocupamos, ou reinvindicamos o valor simbólico de um bilhete para ir ao teatro? E as semanas académicas? As recepções ao caloiro? Os arraiais das cerveja? E tantas outras coisas, além das noites de copos? Todas actividades que, para além de procurarem reaver o investimento, procuram o lucro.
Mas que legitimidade têm essas pessoas de reinvindicar o que seja? Académicos? e quando o grupo desenvolveu acções de formação para novos elementos, gratuitamente? Onde estavam essas pessoas quando tudo isso aconteceu? Poderia continuar aqui a divagar, mas não vale a pena... acho que já perceberam... é por isso que vou ser espectador deste trabalho do teatrubi, e apesar de ser sócio, faço questão de contribuir com o valor total do bilhete, que para mim é simbólico, nem o preço de um maço de tabaco chega a ser e contribuirei desta forma para o futuro de um grupo, apesar do contributo ser pequeno... mas orgulho-me de o fazer... além de estar bastante curioso com o espectáculo em si, pois já fui habituado a ver algo com bastante qualidade e extremamente interessante, pelo que acredito que novamente não me irão decepcionar....

Manuel Pereira