quinta-feira, setembro 13, 2007

Correio do Leitor _«Estrada municipal 501 “que foi em tempos EN232” e que liga o Teixoso a Verdelhos»


Caríssimos “se me for permitida a expressão” amigos da Máfia da Cova.


Como leitor assíduo que sou do vosso Blog e como sempre achei que iniciativas destas são de louvar, onde se mostra tudo de bom que tem o município da Covilhã mas também se fazem reparos e sempre com o bom intuito de alertar para os problemas que nos tocam no dia a dia na nossa terra, não pude deixar de enviar este e-mail onde penso que como habitante local tenho o direito a queixa e a indignação.

Ora nesta bela localidade do Teixoso, mais propriamente na estrada municipal 501 “que foi em tempos EN232” e que liga o Teixoso a Verdelhos, deparamos com a seguinte situação:
Foi com alegria que enquanto residentes e utilizadores desta estrada tomámos conhecimento duma beneficiação que iria decorrer durante o último semestre de 2006, pois diga-se de passagem já era bem necessário. Há muito que a degradação da mesma e o desagrado dos utilizadores era manifestado, às vezes de forma bizarra como a da plantação de Pinhos “sim Pinheiros” essa árvore que cobre as nossas zonas, e diga-se de passagem que bela floresta foi plantada nessa bonita
noite nos buracos da referida via.
Foi então começada a obra e colocada uma placa Informativa onde constava o valor da obra, as entidades que financiavam o projecto bem como o tempo previsto de execução, isto tudo ainda em 2006 se não me falha a memória.
Até aqui tudo bem, começaram então os trabalhos no sentido Verdelhos – Teixoso e tudo foi correndo mais ou menos como o planeado supondo eu agora que com os normais problemas que sofre qualquer obra pública quer no nosso pais como por esse mundo fora.
Ninguém esperava é que depois de 6 meses mais coisa menos coisa as obras abrandassem e que os trabalhos passassem a decorrer de uma forma lenta ou mesmo parados.

Podemos então supor falta de recursos humanos por parte do empreiteiro, problemas de logística, ou até problemas com o dono de obra.
Numa abordagem e única ao empreiteiro este responde que o dono de obra não paga logo a obra anda devagar.
Mas como a parte onde estavam a trabalhar ficou quase completa ou pelo menos chegou a uma das camadas do macadame “betuminoso” não criou problemas de maior aos utilizadores.
Engraçado nisto tudo é que a placa informativa foi retirada, ou desapareceu.Começamos então a cair no ridículo quando vemos então que vai ser colocada uma rede de serviços “Saneamento” e muito bem pensado como no traçado Teixoso - Atalaia ainda não se fizeram obras de beneficiação seria sem dúvida a altura ideal para proceder à execução desses trabalhos.
Onde está então o ridículo disto tudo??? Bem como tinha sido dito que o dono de obra não pagava, começamos então outra obra que talvez esta pague!
Talvez sim talvez não, e uma outra placa informativa lá foi colocada junto ao café em Gibaltar.
Bem as obras lá começaram, começou a montar-se a rede de saneamento e a estrada ficou numa lástima, ou seja, aquilo a que nós chamávamos estrada passou a ser um buraco gigante.
E quem a usa sabe bem do que estou a falar pois o desgaste do carro, a falta de pavimento para fugir aos buracos e o pó que provoca incomoda e tem custos para quem a usa e quem junto dela mora.Mas a dita rede de serviços afectados “Saneamento” tem algumas particularidades: Em primeiro é executada na zona de passagem e com isto quero dizer; não fica na berma fora da pavimentação mas também não fica no meio da faixa de rodagem ou seja, vou passar a vida a circular com as rodas do lado direito por cima das tampas de saneamento, o que é bom quer para as ditas caixas quer para o meu carro, sem dúvida.
Em segundo é que esta infra-estrutura no que diz respeito ao traçado e pelo que me pude aperceber pela rasante da linha de água, ou seja, pela altura a que os colectores foram colocados apenas serve as casas que se encontram do lado de cima da estrada, o que perfaz um terço aproximadamente das habitações que por aquela zona existem. Se existem ramais secundários que possam dar acesso ao principal desconheço, e quando confrontado um encarregado da obra com o facto foi-me transmitido o seguinte: “Quem está do lado de cima tem sorte quem não está paciência” ora isto vai aqui uma democracia!!!
Nisto tudo há que notar a falta de sinalização! Em muitos casos deficiente noutros inexistente mas quase sempre fora das normas impostas pela legislação. Esperemos pois que nunca nada de grave por lá aconteça.

Uma nota também para o aterro das valas em que não existiu cuidado para repor, pelo menos, no topo uma pequena camada de Tout-Venant que reduziria em muito o pó que faz, como tornaria as lombas e buracos mais suaves pois como o grau de compactação é superior ao da terra, tornava certamente essas zonas mais estáveis. Já nem sequer se pede que fosse feito uma pavimentação provisória, mais sim um bocado mais de brio na forma de execução dos trabalhos.
Onde anda o Srº Empreiteiro onde anda o Srº Dono de Obra???
Será que vou ter que continuar, eu e tantos mais, a pagar a factura de manutenção do carro e da limpeza da casa devido ao mau piso e ao pó???
Será que no final da obra vão pintar as casas aos moradores circundantes???
Bem, se não for uma pintura ao menos uma lavagem será que isso se pode arranjar???
Mas o povinho que se aguente, e que se aguente calado, paga os impostos e nem bufa.
Caros amigos só falta mesmo a placa caricata das obras públicas com os dizeres:
Passo a citar – Pedimos desculpa pelo incómodo, Prometemos ser breves.
Assim vão as coisas por cá.

Não quero contudo que este e-mail sirva só para mostrar o meu descontentamento em relação a esta situação, mas sim que possa servir como chamada de atenção para a mesma e que contribua para uma rápida resolução do problema ou no mínimo para um remendo provisório! O mesmo e-mail aqui exposto já foi enviado as seguintes instituições: Câmara Municipal da Covilhã, Águas da Covilhã e Junta de Freguesia do Teixoso, mas ainda não recebi qualquer retorno, explicação ou comentário.

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