PCP exige conhecer caderno de encargos do negócio
Partido contesta venda de 49 por cento da Águas da Covilhã e pede mais informaçãoNo primeiro debate público promovido pelo partido, o PCP acusou Carlos Pinto de “vender ilusões”
Partido contesta venda de 49 por cento da Águas da Covilhã e pede mais informaçãoNo primeiro debate público promovido pelo partido, o PCP acusou Carlos Pinto de “vender ilusões”
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O PCP quer conhecer o caderno de encargos que integra o concurso público da venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã (AdC) desafiando Carlos Pinto, presidente da autarquia, a mostrar o seu conteúdo. O repto foi lançado durante uma sessão pública de esclarecimento sobre a privatização da água, organizada pelo PCP, quarta-feira, no auditório das juntas de freguesia da cidade.
O PCP quer conhecer o caderno de encargos que integra o concurso público da venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã (AdC) desafiando Carlos Pinto, presidente da autarquia, a mostrar o seu conteúdo. O repto foi lançado durante uma sessão pública de esclarecimento sobre a privatização da água, organizada pelo PCP, quarta-feira, no auditório das juntas de freguesia da cidade.
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“Faça o negócio às claras e mostre o caderno de encargos”, desafiou Jorge Fael, líder da bancada do PCP na Assembleia Municipal da Covilhã, durante o debate que reuniu pouco mais de 30 pessoas e no qual participou Nuno Vitorino, membro da direcção da associação “Água Pública”.
Fael acusou Pinto de se preparar para escrever “uma das páginas mais negras da história do município”, afirmando que a alienação do capital da AdC “só servirá para enfrentar o brutal endividamento de 13 anos de gestão PSD”, que geraram dívidas acumuladas superiores a 98 milhões de euros.
Com a venda de 49 por cento da empresa, a autarquia espera encaixar entre 35 a 40 milhões de euros, segundo anunciou o presidente da Câmara da Covilhã. O valor esperado pela autarquia com a venda da AdC, actualmente com 26 mil e 900 consumidores, é superior a uma operação idêntica realizada pela Câmara de Braga gerida pelo socialista Mesquita Machado.
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FAEL DUVIDA DE ENCAIXE DE 40 MILHÕES
“Dizer que encaixa 35 a 40 milhões de euros é atirar poeira para o olhos dos munícipes”, disse Jorge Fael, lembrando que na cidade dos arcebispos a venda de 49 por cento do capital rendeu 26 milhões e meio de euros num concelho que tem quase o triplo dos clientes (70 mil) da Covilhã e factura mensalmente um milhão de euros.
“O consolo que nos resta é que ele [Carlos Pinto] é bom a vender ilusões”, acrescentou Jorge Fael, sublinhando que “quanto mais dinheiro os privados oferecerem pior para nós [consumidores] que pagaremos a água a peso de ouro”.
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Segundo o PCP, entre 2001 e 2006, o preço médio do metro cúbico de água, na Covilhã, saltou de 1,27 euros para 2,5 euros.
Na sessão pública Fael acusou Pinto de ter mentido aos munícipes em 2004 quando afirmou na edição de 24 de Junho de 2004 do jornal “O Interior”: “Entendo que há zonas onde eles [privados] não devem meter a mão e a água é uma delas”.
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“Primeiro mentiu e depois omitiu”, frisou o líder da bancada da CDU na Assembleia Municipal da Covilhã, aludindo ao facto de Carlos Pinto não ter integrado a venda dos antigos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) no programa eleitoral sufragado com maioria absoluta nas últimas eleições autárquicas, realizadas há um ano.
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“Queremos sobressaltar as consciências para os perigos que aí vêm”, concluiu o líder da bancada do PCP frisando que as sessões públicas vão prosseguir a par do envio de cartas para os munícipes onde se lê que “a Covilhã não está à venda”, num protesto contra a privatização da água.
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