quarta-feira, outubro 25, 2006

“Temos planos a mais”

A Covilhã acolhe hoje e amanhã a II Conferência “Ordenamento do Território e Revisão dos PDM” numa organização da Associação Nacional de Municípios Portugueses e Câmara da Covilhã. Segundo nota da ANMP, a conferência de dois dias pretende fazer “uma avaliação crítica do que está a ser elaborado em matéria de planeamento do território”, tendo como objectivo “uma política que integre as vertentes económica, social e ambiental na gestão do território português”.
Mas o anfitrião, presidente da Câmara da Covilhã, vai mais longe e diz que “já há planos e condicionamento a mais. Do que precisamos é liberalizar e estabelecer confiança entre os decisores e a administração local para que questões como o urbanismo possam ser geridas mais localmente”. Segundo Carlos Pinto, actualmente existe uma rede confusa “de instituições e entidades que, no caso da Covilhã, tomam decisões a 300 quilómetros de distância através de técnicos que ninguém conhece”.
Carlos Pinto exemplifica com o Plano de Urbanização da Grande Covilhã. “Está há seis anos para aprovar, mas actualmente ainda está sob consulta de 18 entidades. Não há ninguém que não tenha uma palavra a dizer, quando na maior parte das vezes fazem avaliações redundantes”, queixa-se o autarca.
“Isto trava o desenvolvimento e, obviamente, afasta quem quer desenvolver. Se a este cenário no ordenamento do território juntarmos os tribunais e outros problemas, percebemos porque há tanta gente que não quer vir para Portugal”, sublinha.


Diário XXI

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