quinta-feira, abril 09, 2009

R'etratos à sexta...com JM (2)

Já chegou a agenda cultural de Abril a nossas casas: torneios, caminhadas, programas de ferias, uma ou outra conferência, peça de teatro ou concerto, o já habitual “café literário” e “troca de palavras com…”, viagem sénior, umas comemorações do dia do património, um musical apresentado pelo Oriental e mais um ou outro evento de cariz religioso.

Observei com particular interesse a agenda deste mês, porque este não é um mês, é “o mês”!

E precisamente por ser “o mês” existe uma página suplementar na agenda cultural: “Comemorações do 35º aniversário do 25 de Abril”.

Não duvido da intenção do município em dar um pouco de festa e animação à população da Covilhã mas fico extremamente apreensivo quando nas celebrações do 25 de Abril não existe nenhuma acção, evento, comemoração ou o que quer que seja sobre aquilo que foi 25 de Abril de 1974.

(perdão vão fazer uma sessão solene da Assembleia Municipal mas acho que qualquer pessoa sabe é tudo pura retórica e é uma sessão que só serve para se dizerem uns vivas a Abril – como se isso bastasse para o relembrar)

Mas o que há em vez disso? Um concerto de Quinta do Bill na praça do município – que de intervencionismo nada tem -, uma sessão solene da assembleia municipal – mais do mesmo: pura retórica -, um evento de moda e musical e ballet, abertura dos jogos Inter freguesias, e uma apresentação do Rancho da Boidora sobre adufes.

Só podemos tirar uma conclusão: não existe nada que realmente relembre o 25 de Abril.

Eu penso que isto podia e devia ser diferentes… As celebrações do 25 de Abril têm de ser isso mesmo: celebrações do 25 de Abril. Têm que ser distribuídos cravos às pessoas, tem que se cantar Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Zé Maria Branco, Sérgio Godinho, Fausto e Paulo de Carvalho. Tem de se dizer às pessoas o que foi Abril… o que ganhamos com Abril... as conquistas de Abril… quem foram os protagonistas de Abril. Tem de se dizer e explicar às crianças e aos jovens o que foi Abril, o que é a Grândola, porque é que neste dia não há aulas…

No fundo as celebrações do 25 de Abril deviam incutir um espírito à sociedade diferente: se estamos como estamos, se temos o que temos, se podemos falar, cantar, criticar, discutir, ler e ouvir o que quisermos e quando quisermos, não foi por caso! Nada caiu do céu… Se existe liberdade e democracia neste país foi porque ouve pessoas que resistiram, pessoas que lutaram, pessoas que não se calaram, que não se conformaram, que disseram basta (!) e que nos ofereceram um futuro e uma vida diferente.

São essas pessoas que têm de ser ouvidas nestas celebrações… mas é a elas que na Covilhã ninguém (o quase ninguém) dá voz!

Tem de ser debater Abril, tem de se ouvir Abril, tem de se cantar Abril, tem de se explicar Abril tem de se gritar Abril.

Precisamos de um espírito diferente; algo que faça pensar os covilhanenses; algo que nos faça acreditar que é sempre possível mudar tudo!

As comemorações de Abril deste ano (à semelhança de outros) só incutem um espírito de conformismo, de resignação que em nada valorizam o espírito que Abril nos trouxe – o inconformismo.

Pelo contrário são meras cerimónias que iludem e enganam as pessoas porque lhes desviam a atenção e as fazem pensar que as liberdades que hoje têm não custaram nada conquistar.

Na Covilhã já nem a Grândola se canta… Ás vezes canta-se o hino nacional – esse devia ser cantado no 10 de Junho ou quiçá no 5 de Outubro – e, esse desgaste social chamado conformismo que se tem apoderado das nossas gentes é tão forte que até algumas pessoas que viveram Abril se limitam a ir às “festas populares” e esquecer-se do essencial, do imprescindível.

Precisamos de um Abril diferente… um Abril inconformista.

Precisamos de dar voz a quem na Covilhã viveu esse tempo… a quem não se calou, a quem lutou sempre pelo que temos hoje.

Abril foi diferente… não nos iludamos… um novo Abril é possível na Covilhã e em Portugal.


Saudações.

João Nuno Mineiro

36 comentários:

Anónimo disse...

esta muito bom, uma critica bem fundamentada e que tem de ser aceite pelos resposaveis autarquicos porque corresponde à verdade, na covilhã não se ouve falar em Abril.
continua miudo.

Anónimo disse...

esta interessante a abordagem mas podias ir um pouco mais a fundo e fazer um balanço do que também se tem feito noutros anos, ou ate mesmo programas alternativos aos que esta cidade tem.

Luis

Anónimo disse...

Mas ó João, o proprio 25 de Abril de 74 foi conformista, pk não serão os seus festejos no presente?

Anónimo disse...

não se deve lembrar as pessoas que houve em tempos uma revolta em portugal contra a situação em que se vivia ,esquecer a historia é esquecer o futuro viva o lapis azul

Anónimo disse...

bom texto.

Anónimo disse...

Nao sei o que dizer desta rubrica nova...Acho que o Sr.JM pode muito bem criar um blog, e deixar os seus retratos por la mesmo. É o meu retrato e tem o valor que tem.

Anónimo disse...

http://www.jcp-pt.org?......

Ah!..

Afinal não... Afinal estou no mafia da cova... por momentos fiquei confuso!...

Rimi disse...

Grande critica, Obrigado!

Nasci depois do 25 de Abril. Ouvi... Li... mesmo assim sendo, acredito que sei muito pouco!
Celebrar o 25 de Abril é mais que um feriado, é mais que não ir às aulas, é mais que ouvir um concerto e ver fogo de artificio. Mas quantos o sabem?

Concordo que reflexões, debates e explicações para os mais novos, deveriam ser o forte deste dia!

Vamos fazer uso da nossa biblioteca e programar discussões! Vamos fazer uso dos espaços da UBI e dos seu estudantes e professores, e lançar acções educativas, vamos fazer uso do decrescente Teatro-Cine e passar filmagens!

Concordo!

Um abraço,
Ricardo

tecelao disse...

Na frase onde escreveste, "ouve pessoas que resistiram " devias ter escrito houve, do verbo haver.
Também é bom que Abril se cumpra sem gralhas.

saudações.

Anónimo disse...

25 de Abril.. se calhar o numero de comunistas está a descer.. porque será?!

Anónimo disse...

Anónimo que disse que o 25 de Abril foi conformista… Não partilho dessa posição porque se Abril fosse conformista não teria acontecido um golpe contra revolucionário: o 25 de Novembro. Abril foi uma total ruptura com os valores da época, com o politicamente correcto e com o socialmente aceitável… Mas é uma opinião que respeito embora não esteja fundamentada.

Anónimo que falou na JCP… Não tenho problema nenhum em dizer que já fui da JCP sim, mas sai, desfilei-me. Agora a minha opinião corresponde com a da JCP, isso não é comigo. Eu respeito-os porque sempre me respeitaram e nunca tive razões pessoais para não os respeitar. Sai da JCP por questões políticas (e de praticas políticas), por visões de política externa nas quais não me revejo e por opções ideológicas nada mais.

Ricardo.
Gostei muito do seu comentário e com ideias dessas só falta um passo: a prática. Eu e os meus amigos organizamos na nossa escola um debate com o investigador António Assunção e o escritor Manuel da Silva Ramos o tema é: Operários, exilados políticos e a oposição à ditadura.
Pedimos também autorização para realizarmos uma marcha para relembrar Abril, mas ainda não foi anunciada porque não temos ainda autorização da CMC.
Não sei qual a sua disponibilidade… também já estamos em cima da data mas se conseguíssemos fazer uma das suas propostas já seria mais um passo. Aceita o desafio? :)

Saudações.
João Mineiro

pph disse...

Realmente esta câmara e este presidente não fazem la nada, vamos todos votar bloco de esquerda para as próximas eleições, boa? Se os retratos forem assim, mudem o nome da rubrica para esquerdas à sexta.

Anónimo disse...

Ao anónimo que disse que deveria ter um blogue.
Por acaso já tenho mas no meu blogue escrevo aquilo que me apetece, nacional, internacional, ambiente, sociedade, cultura, política, económica… aqui escrevo exclusivamente sobre a Covilhã… e porque considero este blogue como um blogue interventivo e que dá voz a todos e a todas que não se manifestam na sociedade e que faz promoções de eventos e de acções, de opiniões e de noticias que os “media locais” “chutam” pró lado, aceitei o convite do mafioso scorpio. Este espaço para mim é muito importante e acho que já começam a perceber porque… mas ainda estamos no inicio.

Saudações

Anónimo disse...

O 25 de Abril não foi uma revolução, foi um golpe de estado! De revolução não teve nada até começarem a dizer aos analfabetos que aquilo tinha sido a "revolução do povo".

Claro que havia muita gente insatisfeita, tal como há hoje, a diferença é que no tempo do regime, tinha de se falar às escondidas senão apanhava-se nos cornos e agora toda a gente diz o que quer e não serve para nada. A política era de repressão até chegarem à conclusão que bastava deixar os cães ladrar, espalhar umas migalhas em ano de eleição e pronto.

E os zecas afonsos de agora são os "rappers" que mandam o governo à m**** com todas as letras. Que tal uns concertos de rap e metal pesado para intervencionismo? O menino ficava menos apreensivo?

Resumindo: Liberdade? Que liberdade? Não poder falar ou falar e cair em saco roto é mais ou menos a mesma coisa. E se o estrago for muito acaba-se em tribunal. Lembrar o quê? Lembrar que houve muita gentinha que enriqueceu depois da morte do Salazar? Andavam todos a rondar como os abutres(sim que nem tomates tiveram para matar o homem, ficaram à espera que morresse)

NÃO HOUVE REVOLTA NENHUMA!

Dedica-te à poesia que de lirismo já estás cheio, rapaz. Tu e muita gente pelo que estou a ver. Vão ensinar para a escola que o 25 de Abril foi muito bonito e que foi a revolução do povo e os putos engolem as balelas todas...

Vamos prestar homenagem ao coitadinho do Mário Soares que esteve na prisão e tudo, é tão honrado e tão nobre... já ninguém se lembra do ladrão que era quando esteve no governo, ou da polémica do tráfico de diamantes. Vamos lá lembrar. Sim que nós lembramos e enquanto isso eles enchem a pança com o nosso (entenda-se dos contribuintes, não do sr. joão, que esse ainda nem vota) dinheiro.

Mas que bonito agora.. o que me interessam as opiniões de um puto de fraldas que não tem mais que fazer do que fumar uns canhões e pensar no sentido da vida?

anonimo 11:29 disse...

Revejo me totalmente na análise do anonimo ddas 5:11.

e digo mais, caro João, deveria rever as suas noções historicas da epoca de 74, com quem realmente passou por elas.
o 25 de Novembro só para uns foi contra revolucionario, mas para outros foi o limar das arestas socialistas.

No pós 25 de abril, quem não era comunista, era fascista ou simpatizava com a pide, e era preso na melhor das hipoteses, verificou se uma autentica caça ás bruxas, mas disso nunca ninguem falou.
O 25 de Novembro serviu para acabar com certos abusos de pessoas reaccionárias comunistas que estavam filiadas ao governo.
Meu caro, se não existisse o 25 de Novembro, portugal seria como uma china.

E a titulo de curiosidade, infelizmente ouve mais baixas no 25 de Novembro, do que no 25 de Abril.
E ha comunistas que festejam mais o 25 de novembro do que o 24 de abril.

Anónimo disse...

Caso amigo, se disse para escrever no seu blog, não estava a pedir explicações do porque de escrever aqui. Apenas considero que o que escreve não se adequa minimamente a este espaço.Importante? Não me faça rir, no universo de visitantes que este blog tem, 16 comentarmos ate esta altura metade dos quais nao foram escritos com vontade de comentar o assunto do "retrato", não são em nada sinonimo de importância.Será importante por ser uma figura idónea a escrever? Não me parece certamente. O SR.JM sabe escrever bem, articula bem as palavras e escreve o que quer dizer de modo bonito.Mas isso não chega para lavar a cabeça a qualquer um, a escola onde anda esta desactualizada.

Anónimo disse...

O 25 de Abril foi um golpe… do 25 de Abril de 74 ao 25 de Novembro de 75 ouve um processo revolucionário… chamou-se PREC. E isso dos comunistas é treta porque as grandes manifestações que se seguiram ao 25 de Abril não tiveram o aval do PC, muito pelo contrário emitiu comunicados a dizer que eram manifs contra revolucionárias e porque? Porque o governo vigente era um governo de influência comunista, nada mais.
E Abril é conformista?????? Não existiu revolta nenhuma?
Sabem quantas greves ouve no PREC?
- 485 Greves…
28 de Setembro de 74?
11 de Março das nacionalizações?
Verão quente e a reforma agrária?
E o 26 de Setembro de 75 com o assalto da embaixada de Espanha?
13 de Novembro de 75 com o cerco à AR?
Tudo isto deve ter sido inconformismo… pelo vistos para vocês só existe um processo revolucionário inconformista se houver uma guerrilha aos tiros com a força do governo até que a guerrilha vence e instaura uma nova ditadura. O que se passou em Portugal foi um exemplo para todas as revoluções socialistas do Mundo. O destino que ela teve é que não foi.
Há 35 anos que os governos nos andam a roubar as conquistas de Abril que não são poucas, e vou acabar o comentário com as verdadeiras conquistas de Abril.
Se não fosse Abril nem vocês poderiam estar a escrever esses comentários nem eu estes textos… e se agora podem porque será?
Pior, se não fosse Abril vocês nem acesso tinham à educação, ao conhecimento e à cultura quanto mais…
Quanto aos insultos das ganzas e afins nem respondo porque não deixo a esse nivel…
E quanto à idade… eu sei que muitos gostariam que eu fosse mais um puto com a cabeça na areia, a engolir tudo e a subjugar-se sempre á vontade de terceiros… a ser um ignorante sem um mínimo noção de historia, economia, política… sem espírito critico… totalmente conformado com o sistema, mas desenganem-se, felizmente não sou quem vocês gostariam e quer queiram quer não sou e serei parte activa na sociedade, quer gostem quer não gostem ainda vão ouvir falar de mim muita vez.
Podem calar muita gente, podem calar o povo… incutir-lhe uma ideologia opressora que lhes diz que não podem fazer nada, nem sequer ter opiniões sobre aquilo que o afecta. Mas a mim não me calarão porque quer queiram quer não, a minha (nossa) luta continuará!
E discordo de que se não ouvesse 25 de Novembro isto seria uma China… se ouve algo que Abril nos trouxe foi a democracia e não foi conquistada com o 25 de Novembro… isso era o que eles queriam. Quem conquistou a democracia foi o povo, o povo que lutou no PREC.


Abril, o que mudou?
Educação: Consagrou-se o direito á educação, nomeadamente aos mais altos graus de ensino, procedeu-se à massificação do ensino, abriram-se portas das universidades a todos, e o analfabetismo populacional começou a partir de agora a cair em desnível, foram melhoradas as condições materiais e humanas das escolas e acabou-se com as ordens pedagógicas feitas á base da pancada nos alunos. Acima de tudo os alunos passaram a poder pensar por eles próprios.

Emprego: Foi consagrado o direito dos trabalhadores. Legitimou-se o direito sindical e de greve, é estabelecido o salário mínimo nacional, subsídios de ferias e de natal, de desemprego e pensos e reformas generalizadas para todos e ouve uma generalização da contratação colectiva.

Economia: Concretizou-se a liquidação do capitalismo monopolista do estado e dos grupos económicos monopolistas portugueses. Procedeu-se as nacionalizações nos sectores fundamentais da economia portuguesa libertando-os de interesses privados e promovendo revoluções públicas impulsionadoras de um maior desenvolvimento social.

Cultura: A revolução de Abril resultou numa liberdade de criação cultural, valorização da cultura popular e permitiu o acesso e relacionamento neste plano com todos os povos do mundo constituindo um notável processo de democratização.

Direitos Políticos: Os direitos políticos do povo português foram uma das maiores vitórias de Abril. Desde o direito á formação e participação em partidos políticos, ao sufrágio universal, á liberdade de pensamento, de reunião e de expressão. Com o 25 de Abril caminhamos para a democracia.

Direitos Sociais: São conquistas de Abril o salário mínimo nacional, o subsidio de ferias, de natal e de desemprego; o direito á segurança social, o direito á pensão e à reforma de todos os portugueses; a igualdade entre homens e mulheres e muitos outros direitos fundamentais envoltos na ascensão social to povo português.

Alem de todas as conquistas a nível do respeito pelas colónias, do respeito pelas diferentes culturas e nacionalidades e pelo decréscimo do etnocentrismo que o regime salazarista nos tinha incutido.

Anónimo disse...

Ser contra o 25 de Abril é ser contra o sistema de educação, o serviço nacional de saude, a literatura, o cinema, a televisao, o teatro, o emprego, a greve, a manifestação, é ser a favor do analfabetismo, e ser a favor dos metodos pedagogicos baseados na pancada, ser contra as reformas e as pensões, ser contra a , contra o salario minimo, os subsidios, a segurança social, a igualdade entre homens e mulheres e sobretudo... ser contra a liberdade: isso nunca!

Viva Abril!

Anónimo disse...

Ao menos o miudo fala de cara destapada, é sincero, honesto e é igual em todo o lado (blogues, casa, escola, debates).

E estavos a dar uma lição de historia política... não sou uma ignorante a falar... sou licenciada em historia em Coimbra.

"A"

anonimo 11:29 disse...

Amigo, nunca eu escrevi que era contra o 25 de Abril e tudo o que daí resultou, não sou é cinico ao ponto de dizer que foi o "exemplo de revolução socialista", e mais, se fosse contra o 25 de Abril, estava no meu direito, ou és comunista/fascista como andam muitos aí?.


485 greves, para um povo que antes nem sabia o que era a greve, esses numeros não expantam ninguem, basta compares com espanha pós franco.
Quanto aos reacionarios, antigos militares que fizeram um juramento á patria, quebraram no por um interesse, na sua opinião, maior e quando viram o que a extrema esquerda estava a fazer se insurgiram.
O 25 de novembro nunca foi uma tentativa da direita tomar o poder pois nunca o iria conseguir em tão pouco tempo, mas sim de acabar com a extrema-esquerda.

Em relação ao presente, só te quero dizer que os revolucionarios de abril, aqueles que diversas vezes foram calados pela pide, estão agora na reforma a ganhar uma miséria, ou ainda a trabalhar numa qualquer fabrica pelo salario minimo.

Aqueles que festejam o 25 de Abril, e vão ás tvs falar de como é bonito e tal a liberdade etc, são os que encheram os bolsos á conta da velha senhora.
É isso motivo para festejar?

Planta uma árvora e ficas com a consciencia mais tranquila.

Anónimo disse...

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vais dar cabo dele em 3 tempos mas pronto...

Anónimo disse...

O que tu precisavas era duma correcção no lombo para te endireitar as maneiras... Quem és tu para nos vires dizer que quer queiramos quer não ainda vamos ter de ouvir falar muito de ti? Cresce e ganha juízo que o mundo não gira à tua volta...
Qual reforma agrária qual carapuça sabes lá tu de economia para vires falar de reforma agrária...
no meu tempo andavam os comunistas a levar a desgraça por esse país a fora...
Que tem a literatura e o cinema a ver com o 25 de Abril?
QUER QUEIRAS QUER NÃO, não poder obrigar ninguém a reconhecer no 25 de Abril um dia festivo. Cada qual tem a sua opinião, não vai ser um garoto fascizóide a dizer se não es como eu és contra isto isto e isto...

Tem juízo, pelo amor de deus

Anónimo disse...

Fascizóide?!
O Argumento falha e o insulto parece.
Não vou por ai obrigado.

a pomar disse...

... para teu bem, permanece calado e não faças mais figura parva a andar para aqui a dar respostas descabidas...a vontade de aparecer tem limites e a parvoeira também...não percebes o sentido do ridiculo???...

Anónimo disse...

o argumento falha? qual o argumento que sustenta a tua afirmaçao de que quem nao concorda com o 25 de abril é contra o cinema?

Anónimo disse...

Caro JM,
não gaste a sua idoneidade com estes inúteis para a sociedade, este lixo. Vá para o campo e fixe-se lá.

Carolina disse...

João, adorei o teu texto e concordo plenamente com a tua opinião: nesta cidade não se sente a verdadeira essência de Abril! Acho que se está a apagar a memória das pessoas sobre tudo o que este dia mudou na vida do nosso país; é preciso lembrá-lo!

Eu, como jovem, posso dizer que a grande maioria dos adolescentes não sabem o quão importante este dia foi para Portugal. Concordo contigo quando dizes que é da responsabilidade da Câmara tratar disso. Afinal para que servem os nossos impostos? Mas como já sabemos o que podemos esperar deste autarca não vale a pena ficar de braços cruzados: nós, os jovens, e todos os que não estão dispostos a deixar apagar esta chama da história do nosso país, devemos mobilizar-nos e organizar-mos actividades sobre este dia.

Conheci os teus textos a partir deste blog e fiquei extremamente contente quando percebi que havia outra pessoa nesta cidade que não aceita tudo calada. Li alguns textos teus do teu outro blogue e estou disposta a ajudar no que for preciso!

Anónimo disse...

Agradeço a correção ao "Tecelão"... Sempre que ouver erros agradeço que me corrigam, porque também cá estou para aprender :)

Rosinha disse...

Vou pedir desculpas ao autor do texto mas não podia deixar passar em branco o facto de dizer que a Quinta do Bill nada tem de intervencionismo... Não o censuro por possivelmente não gostar da música da banda e, como tal, não seguir a sua história. A Quinta do Bill sempre teve um lado interventivo nas letras das suas músicas, o que infelizmente tem sido descurado por muita gente. No que respeita ao 25 de Abril, uma das músicas do álbum "Nómadas" faz alusão ao acontecimento. Além disso, este ano foi incluída no alinhamento do espectáculo a musica "Maré Alta" do Sérgio Godinho, a qual a banda interpretou também num programa de televisão que teve lugar no Teatro Tivoli, no passado dia 4 de Abril e que será transmitido no Canal 1 no dia 25 de Abril, uma vez que é um programa inserido nos festejos desse mesmo dia.

Errata disse...

O "Tecelão" corrigiu a sua interessante conjugação do verbo haver, que invenção genial a sua, caro João Mineiro! Parabenizo-o!

P.S. Uma dica, evite reincidir nos erros crassos do seu parco português, nos comentários que sucedem aos mesmos.

Temendo que a sua capacidade de compreensão seja similar à da escrita, relembro-o da sua gralha:
(que tem tanto de gralha que se torna um erro sistemático)

que a isto
“Na frase onde escreveste, "ouve pessoas que resistiram" devias ter escrito houve, do verbo haver.”
teima em retribuir com isto
“Agradeço a CORREÇÃO ao "Tecelão"... Sempre que OUVER erros agradeço que me CORRIGAM, porque também cá estou para aprender :)”
(percentagem de erro – 16% (3 erros em 19 palavras, sendo um deles a gralha acima remendada)

P.P.S. (leia-se, post-postscript) permita-me, por fim, citar o sublime ideal:
“Também é bom que Abril se cumpra sem gralhas.”

burro velho não aprende línguas.
:D

Anónimo disse...

O fato de texto ter 30 comentarios, é sinonimo que a revolução não perdeu.
Será bom dizer que ela não é propriedade de esquerdas ou direitas ela é sim do povo português, o grande problema é partidarizar o fenomeno. Já agora será que hoje em 2009 teremos a coragem de mudar as coisas como em Abril de 74?
Saudações democraticas!

Anónimo disse...

Critica da escrita aceite, embora não seja um burro velho.
Critica da Rosinha absolutamente incontestável… Obrigado pela informação, juro que não sabia. Saudações :)
Ultimo Anónimo: Saudações democráticas : )
Carolina, manda-me um mail para falarmos :) ou um comentário no blogue com o teu mail. Saudações :)

R... disse...

É de se louvar alguém tão jovem e com tanto para aprender, fazer parte do lote de cidadãos covilhanenses que reparou que a CM não tem um plano assumido e transparente para que se possa festejar Abril...o verdadeiro Abril de 74. Deixo aqui o meu apoio e reconhecimento por si, uma vez que ao contrário da maioria dos jovens não vive conformado, procura e consegue, ressalve-se isso...ser uma pessoa com um conhecimento sobre esta área relativamente bom. Quanto a alguns comentários depreciativos só lhe peço que ignore, não passa de lixo dito por fascistas nojentos.
Apenas mais uma coisa: alguém como eu, que vivi o 25 de Abril...deseja sinceramente que continue o seu trabalho intervencionista e que ultrapasse e PISE tudo aquilo e todos aqueles que porventura tenham como objectivo, denegri-lo.

Um grande abraço.
Viva o 25 de Abril de 1974!

Sherlock Holmes disse...

João Mineiro, impostor

Em primeiro lugar, o autor do último comentário (R...) afirma ter vivido o 25 de Abril. Ora, assumindo que o viveu, digamos, com 15 anos (que é relativamente pouco para quem fala com tanta certeza), teria agora pelo menos 50 anos.
Assim, não será de se estranhar que empregue expressões como "festejar Abril" e outras tão semelhantes às de JM, no texto e nos comentários?

Em segundo lugar, não será de se estranhar o facto de 'R...', um adulto, conseguir descrever com tanta lucidez e perspicácia a vivência dos jovens, "ao contrário da maioria dos jovens não vive conformado", (quem é que já ouviu um adulto sério dizer que os jovens vivem conformados?) como se os estivesse a criticar (coisa que JM persiste em fazer) e ao mesmo tempo conseguir elogiar JM pela sua incoformação, rótulo este, usado pelo próprio para se descrever?

Em terceiro lugar, não será de se estranhar o facto de se apresentar como "alguém como eu, que vivi o 25 de Abril... deseja" utilizando um pronome indefinido indicando que quem de facto escreveu o texto não fala de si na 1ª pessoa mas como um ente abstracto criado para ocultar a verdadeira identidade? E esta mesma expressão tenha o significado de generalizar a opinião de todos aqueles que viveram este acontecimento, como se um adulto sério (repito) pensasse estar no direito de "desejar" alguma coisa em nome de todos os outros?

Em quarto lugar, (e este é flagrante!), não será de se estranhar o facto de usar uma expressão tão típica do próprio JM, como "trabalho INTERVENCIONISTA"?
Que adulto sério (insisto!) desejaria a um rapaz que aparentemente não conhece, veja-se este exemplo "É de se louvar alguém tão jovem...", que continuasse o seu trabalho intervencionista? Mas de que intervencionismo estará a falar este senhor, já que o não conhece? Serão os textos deste blog? Não me parece!

O que me parece claramente é que João Mineiro, o mais recente destaque da blogosfera, não passa de um jovem impostor com pretensões a político revolucionário. Apelo, em nome de todos os que manifestaram desegrado perante a presença deste no Mafia, que seja expulso do Blog.

A decência agradece.

Anónimo disse...

És ridiculo Sherlock Holmes eu não sou hipocrita ao ponto de escrever comentárias de auto-elogio!

EU FALO SEMPRE DE CÁRA DESTAPADA, SEMPRE!

Seja em que sitio for... não me escondo em nicks com medo da minha opinião.

A minha opinião é a minha opinião e não preciso de inventar personagens para saber do valor que ela tem.

Por isso ponha-se no seu lugar e deixe de fazer figura de pateta.

R... disse...

Caro Sherlock Homes, eu não sou o autor do texto que comentou. Tenho 64 anos e resido na Covilhã. Deixe de ser um merdas, um hipócrita, um nojento...e não fale de decência quando a única pessoa que faz "jogo sujo" é o pseudo-detective.
Eu estava em Lisboa no ano 1974 e não lhe admito a si, nem a outra qualquer pessoa que ponha em causa a veracidade dos meus textos.

Quando se refere ao facto de eu conhecer o autor somente por este blogue, está redondamente equivocado. Como é burro e não sabe, este jovem tem um blogue pessoal e escreve ainda para outro.

Eu estou velho, não há como negá-lo, mas ainda tenho uma réstia de energia suficiente para lutar pela minha honra, pela minha palavra.

Se quiser identifico-me e quebrarei a sua investigação.