"Segui-os (seguimos): tinham acabado as aulas, foi a minha primeira manifestação. Protestava contra o código de trabalho, o calor "abafadiço" de uma estreia de Julho de uma estreia de rua deixava-me apreensivo… ao meu lado, frente e trás havia sindicalistas."
"Velhos e novos estávamos concentrados junta à garagem de São João. A linha da frente eram JCP´s mas não vacilei… Estava sozinho, completamente só, sem um amigo, um companheiro de luta: continuei. Seguimos até ao Jardim Público, ouvi a intervenção de Luís Garra – até então um desconhecido. Ao meu lado estava Jorge Fael (PC) “uivando” quando se soletrava “Sócrates”. A intervenção terminou, cumprimentei o Garra e segui caminho."
"A primeira impressão foi só uma, a de muitos…para que rebate-la? As únicas pessoas que conhecia de vista eram comunistas e ali estava, um dissidente comunista (fosse lá o que isso fosse), apelidado de revisionista burguês traidor da consciência de classe: continuei, Zé Mario Branco nos "fones" – a cantiga é uma arma! – Continuei!"
"Mas ao passo que seguia na Manif fui ganhando coragem de gritar… até então mantinha-me calado, envergonhado. Não fui encostado, gritei, marchei: nesse dia o meu preconceito sindical acabou."
(…)
"Passou quase um ano, sinto-me quadruplicadamente mais consciente, mas a verdura não sarou totalmente: falei com o Garra há uns dias à saída de um debate na “Mata” sobre os Operários… senti-me abreviado de novo mas também senti apoio."
"Tudo o que sabia era pouco… Saber o que se passava na Vesticon, no Gil e Almeida ou na Carveste era ínfimo comparado ao que devia saber sobre os têxteis."
"Mas senti-me confiante porque a humildade falou mais alto… e voltei a apreender."
"No momento em que escrevo aguardo o 1º de Maio, será o primeiro. Não trabalho: trabalharei. Lá estarei às 10h30, no Tortosendo - terra de luta -, partilhando a voz com quem a minha voz deve ser partilhada."
"O agnição não tem limite, a pratica também não… a humildade é infinitamente infindável e lá estarei dia 1 de Maio para lutar e aprender ao lado de trabalhadores, operários, precários, socialistas, sindicalistas, comunistas… enfim insurgentes."
7 comentários:
Realmente o teu agnição em termos de vocabulário é duma insurgência avassaladora, revisionista burguês traidor da consciência de classe.
Isso é o que, traduzido por miúdos? (pergunta retórica)
Encontraste uma maneira espalhafatosa de dizer que o conhecimento não tem limites, boa.
É pena que nem tu saibas a asneira que acabaste de escrever:
Em primeiro lugar, agnição é feminino, logo usamos o determinante adequado (a).
Em segundo lugar, sabes o que significa agnição (aquela que te surgiu quando utilizaste a maravilhosa - mas traiçoeira - ferramenta de sinónimos do Word)?
Agnição: (lat. agnitione) Reconhecimento entre personagens de um drama.
Ah, fazes parte deste drama. A tua vida de insurgente é um drama - mexicano! - que teima em prolongar-se que nem uma telenovela da TVI. Olha que amanhã vai estar "abafadiço". Leva um chapelinho e uma garrafinha de água para não desidratares.
Sinto-me quintuplamente entediado (ou abreviado, em mineirês) com este teu quinto texto.
Saudações revolucionárias.
agnição
s. f.
1. Ant. Conhecimento; reconhecimento.
2. Acção de conhecer.
http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx
O erro está no determinante, não na palavra :)
abafadiço
adj.
1. Em que falta ar.
http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx
quadruplicar
v. tr.
1. Tornar quatro vezes maior, multiplicar por quatro.
v. intr. e pron.
2. Tornar-se quatro vezes maior, aumentar quatro vezes.
O rapaz não entende o ridículo em que cai.
Depois explica aqui aos ignorantes em língua portuguesa (e talvez, quiçá, desprovidos de bom-senso) o porquê do apóstrofo entre as duas primeiras letras da palavra retratos. Será o estilo?
Sexta-feira é dia de comédia no máfia, é dia de R'etratos!
O apóstrofo não foi o joão que o colocou burro!Só é texto dele o que está entre aspas, a mafia é que colocou assim o titulo.Santa ignorância
O título é mesmo feito pelo joão não foi o Mafia. Foi uma adaptação de um outro, mas o outro fazia todo o sentido.
Eu fui convidado a escrever para uma cronica chamada r´etratos à sexta... o titulo não escolhido por mim mas sim pelo administrador que me convidou.
Desculpem que vos diga, “ Velhos do Restelo”, as criticas fácil que fazem destes “R'etratos à sexta...” são criticas de uma pobreza de espírito arrepiante. Este jovem escreve o que pensa e o que sente.
Se fosse um jovem que escrevesse frases começadas por : “Tipo…” …É assim” … “ tasse” etc. etc ., Provavelmente aplaudiam. Parabéns a este jovem não que não se limite a “curtir “ umas noites na discoteca e nos bares da cidade. Lê, pensa, escreve e tem preocupações sociais .
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