quarta-feira, abril 22, 2009

"...ponte do Paul, um monumento medieval, edificado entre os séculos XIII e XIV, com três arcos de volta perfeita e aparelho de granito"

Apesar do show-off das celebrações do "património" sucede que, infelizmente, a Câmara da Covilhã continua impunemente a desprezar, destruir e adulterar o património do passado, não demonstrando capacidade de erigir património presente digno de nota. O caso da ponte do Paul, um monumento medieval, edificado entre os séculos XIII e XIV, com três arcos de volta perfeita e aparelho de granito em bom estado de conservação, é exemplar. Antes, no caso em tudo idêntico da Ponte Pedrinha a Câmara agira já à revelia do IPPAR, sobrepondo a uma estrutura de base românica um tabuleiro em betão, asfaltado e com guardas "neo-romanas", conferindo ao monumento nacional uma feição, digamos, "naif".

No caso do Paul, a ignorância vai ao ponto de até os paulenses estarem convencidos de que estas obras são de "melhoramento", tolerando uma intervenção atabalhoada de alargamento (?) que, aliás, já se tinha iniciado com a instalação de uma estrutura metálica, inactiva durante décadas e testemunho da "teimosia", virtude bem apreciada por cá... Agora, querem alargar o tabuleiro, apesar de muitas ruas da "vila" não permitirem a passagem de um carro pelo outro... A população insurgiu-se contra o encerramento, talvez movida pelo transtorno funcional (ter de fazer o desvio pelo Barco), porque o afã destruidor não dá tréguas nem parece merecer condenação. Ao Grémio* resta a esperança vã que, à falta de autoridades competentes, a população reivindique a paragem das obras e a reposição dos elementos já destruídos, embora duvide que interesse a alguém a perda de um dos últimos monumentos medievais genuínos.

http://gremiodaestrela.blogspot.com/

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PONTE ABERTA
Ponte do Paul fecha quando for encontrada alternativa
A ponte sobre a ribeira do Paul só volta a encerrar quando for encontrada uma solução com segurança. A garantia é dada pela junta de freguesia, depois da primeira alternativa não ter dado os resultados esperados. O tema esteve em destaque na última sessão da assembleia de freguesia onde a população acorreu em grande número. Os residentes na vila protestaram contra a situação (ouvir notícia)

RCB

5 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida um perfeito disparate. Há cerca de 30 anos que atravesso diáriamente a Ponte do Paúl e nunca o "estrangulamento" me obrigou a demoras maiores que aquelas que passo nos semáforos da Covilhã.Mesmo depois de ali instalados semáforos, o escasso tempo em que permitem a passagem num e noutro sentido, são suficientes para escoar o trânsito que ali se junta.
E alargar para quê, se o arruamento imediatamente a seguir não permite o cruzamento de viaturas de maiores dimensões? A relação custo/benefício não é nenhuma meus Srs.
Deixem estar a ponte e gastem o dinheiro dos contribuintes em obras mais úteis. Sugiro por exemplo que alarguem a estrada desde a Ponte do Paúl até ao Ourondinho, onde diáriamente transitam sem qualquer segurança,largas dezenas de Paulenses com veículos motorizados de marcha lenta " tractores e motocultivadores" nas deslocações para as suas propriedades agrícolas. Uma faixa " pelo menos uma" para esse tipo de veículos e para quem se desloca a pé e tem de caminhar ou na valeta ou no interior da faixa de rodagem, não seria mais necessária?
Ainda acredito que os Paulenses que não deixaram roubar a água da sua bela Ribeira, para levar para as Terras da corda do Rio, vão acordar e perceber que apenas têm a perder com a intervenção atabalhoada e desnecessária que estão a preparar.

Anónimo disse...

Excelente artigo sobre uma das "obras de interesse público", que esta terra tem.
Tenho pena como paulense, que vive e trabalha longe, que não se crie um movimento para exigir à C.M. da Covilhâ a apresentação à população e a discução do tipo de ponte que se vai construir.
Poucos sabem o que vão fazer à antiga ponte.
O tal melhoramento pode sair caro ao Paul.

Anónimo disse...

Como paulense tenho a dizer a esses Srd da C.M que são uns incompetentes. Em vez de destruirem a nossa ponte que fasam outra ponte noutro local para escoar os carros que vão para as outras freguesias e que deixem a ponte só para o transito local. Quando é que o Sr. Carlos Pinto reconhecera os Paulenses com pessoas de primeira do concelho da Covilhã e não como pessoas de terceira. Por mim esse Sr. não ganha na camara para as procimas eleições.

Oi? disse...

Sr. Anónimo das 9:28 PM natural do Paúl, eu pergunto como é que poderá ambicionar algum dia ser considerado algo que não uma "pessoa de terceira", como se auto-denomina, quando escreve alarvidades como "fasam" e "procimas"...

Cada um tem o que merece... Tenho dito!!!

Anónimo disse...

OH! Anónimo das 7.18AM,tu se fosses tão culto como julgas ser, não te incomadava tanto a escrita, mas sim a mensagem.
È mais importante o que o Sr. sente e quer dizer, que a forma como diz.