quarta-feira, setembro 03, 2008

IMAGO 2008 - Preview 2008

SELECÇÃO OFICIAL CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

O IMAGO é um festival que centra o seu projecto de programação nos filmes de jovens realizadores e dá a possibilidade ao público português no geral de contactar com filmes não distribuídos comercialmente no nosso País. Somos também um ponto de encontro para os profissionais e estudantes do meio audiovisual e uma das ideias base do festival centra-se no facto de programar, lado a lado, os filmes dos jovens realizadores com as primeiras obras ou programas especiais dedicados a realizadores já consagrados. A Selecção Oficial Caixa Geral de Depósitos é o lado mais clássico do festival com a maioria dos seus programas a serem projectados em 35 e 16 mm, e dedicando retrospectivas ao mais variados intervenientes do mundo do cinema.

Secções Competitivas
Competição Internacional - aberta a jovens realizadores menores de 35 anos, ou que apresentem a sua primeira obra, com duração inferior a 30 minutos. Os géneros admitidos são: animação, ficção ou experimental.
Docs in Shorts - documentários de curta metragem realizados por jovens realizadores menores de 35 anos, ou que apresentem a sua primeira obra, com duração inferior a 30 minutos.

Tema Principal e outros Programas Especiais

Pennebaker filma DylanEste ano dedicamos o Imago ao tema “Documentário e Música – de D. A. Pennebaker a Julien Temple”.
São poucos os documentários sobre música feitos em Portugal. Ao contrário do que se passa um pouco por todo o Mundo, no nosso País a explosão de filmes documentais centrados na indústria musical – sejam eles sobre bandas, artistas a solo, sobre movimentos ou editoras, sobre determinados períodos na história da música, sobre festivais ou simples concertos – ainda não aconteceu.
Há excepções, obviamente, e as tentativas nos últimos anos de inverter esta situação e de abraçar o género com uma atitude diferente e para lá da simples reportagem de cariz televisivo, foram até bem sucedidas. Podemos lembrar os casos de “Rockumentário”, da jovem realizadora Sandra Castiço, ou “Brava Dança”, de Jorge Pires e José Pinheiro, como tentativas de mudar o rumo às coisas e criar raízes (ambos apresentados em edições anteriores do IMAGO).

É neste sentido que dedicamos o IMAGO 2008 ao tema: queremos com este programa estimular as novas gerações de realizadores portugueses (mas também de públicos) a lançarem-se de corpo e alma numa área e num género que vai ganhando cada vez mais interesse e reconhecimento por todo o mundo, sendo um dos conteúdos mais requisitado pelos mais diversos canais de divulgação audiovisual, sejam eles o cinema mais tradicional, as televisões ou os mais inovadores serviços de comunicação e tecnologias online.

O programa centra-se-á em 3 retrospectivas fundamentais para entender o documentário musical nos dias de hoje complementado com um reforço da programação de Docs Musicais Actuais no Heineken Open Space. Em primeiro plano teremos uma retrospectiva dos trabalhos de dois dos mais importantes e influentes documentaristas musicais da história do cinema: D. A. Pennebaker e Julien Temple. Ainda na Selecção oficial olharemos para a obra de Penelope Spheeris, nomeadamente para a mitica trilogia “Decline of Western Civilization”.

Porquê estes três nomes? É simples. Nos dias que correm é fácil pensar-se que a proliferação de documentários musicais tem origem na MTV e nos inúmeros “rockumentaries” que a estação produz. Mas o género, como qualquer “rocker clássico” bem sabe, existe praticamente desde que o rock se tornou pop e passou a prender as atenções de milhões de pessoas em todo o Mundo. E no início de tudo há um nome crucial, D.A. Pennebaker, e duas obras incontornáveis: “Don’t Look Back”, sobre a digressão britânica de Bob Dylan em 1965, e “Monterey Pop”, de 1967, que mostra de uma forma verdadeiramente genial a passagem por este Festival de Jimi Hendrix, Janis Joplin ou os The Who, dois anos antes de Woodstock.

Temple filming at GlastonburyDesde então os documentários nunca mais pararam de nos mostrar o mundo da música na perspectiva de quem o constrói. De “The Last Waltz”, visão de Scorsese sobre o fim dos The Band, a “The Song Remains The Same”, de Peter Clifton e Joe Massot sobre a digressão americana de 73 dos Led Zepellin, ou mesmo “Rattle and Hum”, em que Phil Joanou eterniza a conquista da América por uns U2 ainda à procura de um lugar cativo na história, as memórias de imagens de ambas as artes, cinema e música, que ficam na retina são mais que muitas.

E, na verdade, não há na indústria cinematográfica género como o documentário musical. A urgência de uma banda em digressão, a imprevisibilidade de um concerto ao vivo, a espontaneidade de vários dias de um festival representam para os realizadores constantes desafios técnicos e criativos.Foram esses desafios e essa urgência que motivaram desde cedo JulienTemple a centralizar o seu talento no documentário musical. E depois de Pennebaker poucos terão cristalizado tão bem (e com tanto ecletismo) no grande ecrã alguns dos mais importantes movimentos musicais e estéticos dos últimos 30 anos. "The Great Rock 'n' Roll Swindle" (1979), é um marco na história mais recente do género e incontornável na eternização do movimento punk no Reino Unido e na sua globalização. Mais tarde, em 2000, e depois de uma filmografia entre a ficção e o documental (quase) sempre dedicada à música, Temple voltaria aos Sex Pistols com o aclamado "The Filth and the Fury" e, mais recentemente, voltaria a fazer história com “Glastonbury” (apresentado no IMAGO 2007) e com o muito antecipado olhar sobre a vida do falecido Joe Strummer, vocalista dos The Clash.

Ainda na SELECÇÃO OFICIAL CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

Jean Luc Godard...Early Years
Godard in action
Programa dedicado à obra produzida até aos 35 anos por cineastas hoje já consagrados e que sirvam de referência e estímulo às mais jovens gerações a quem é dirigido o festival. Tentaremos sempre trazer um convidado especial relacionado com este programa. Em 2008 a escolha recai sobre um dos mais inovadores, influentes e irreverentes cineastas europeus dos últimos 50 anos: Jean Luc Godard.
Um programa que ganha ainda mais importância num ano em que o IMAGO pretende assinalar os 40 anos do Maio de 68 e reflectir sobre a influência deste movimento estudantil revolucionário na definição daquilo que é hoje o cinema europeu e, principalmente, no que é o cinema europeu feito por jovens realizadores. Vamos, pois, e depois de através de Godard olharmos para o que esteve na origem do Movimento, debruçarmo-nos com particular enfoque para o cinema jovem europeu do final de década de 60 e de toda a década de 70, através de alguns programas especiais ligados à programação do Open Space.

Prospectiva: Jovem realizador Europeu

Professor NietoEste é o nosso programa mais querido pela sua função de descoberta de novos talentos que são apostas firmes do festival como grandes esperanças para o futuro. Filipe Alçada (Port), Javier Fesser (Spain), Lukas Moodyson (Swe), Lynne Ramsay (UK), Rosto (Hol.), Nicolas Provost (Bel) e Rui Poças (PT) e Xavi Giménez (ES) foram os nomes que passaram por aqui, tendo todos marcado presença no festival. Em 2008 vamos continuar a apostar em talentos emergentes do cinema europeu com pouco reconhecimento no nosso País. Este ano, debruçamo-nos sobre a obra de Luis Nieto, mais conhecido como Professor Nieto. Esperam-se “aulas” com estranhas experiências com animais, muito humor e manipulação de imagem e som como nunca antes visto (de Zidane por trás das câmaras a filmar a “aula” e Pelé, Batmanou Chirac na plateia, tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer).

HEINEKEN OPEN SPACE

A entrada é gratuita e o ambiente descontraído e confortável, os programas escolhidos são multidisciplinares com vídeo arte, projectos de escolas em estreia, filmes mais “underground” e experimentais, ligações entre imagem e música, retrospectivas de videastas mais “marginais” e claro a competição Under 25 aberta a jovens realizadores até 25 anos, com curtas metragens em qualquer formato vídeo até 25 minutos e baixo orçamento.

This is...
Programa dedicado à produção videográfica de uma distribuidora musical complementada com actuações ao vivo, dj sets e filmes concerto. Em 2007 mostrámos no Imago a Tomlab... em 2008 iremos centrar atenções numa editora ainda a definir.

La Blogotheque
Prestamos atenção no IMAGO 2008 a um dos fenómenos audiovisuais da Internet de maior culto nos últimos anos. O conceito é simples: dar espaço na web a actuações (sejam elas em palco, na rua, ou mesmo nos estúdios ou casas dos artistas) das melhores e mais alternativas bandas da actualidade. Fazemos assim uma ligação directa entre a parte musical do Festival e aquele que é o tema geral desta nona edição: o documentário musical.

E ainda
Carta Branca... In-Edit Beefeater – Festival Internacional de Cine, Documental Musical de Barcelona / SónarCinema / Stop Making Sense / Muvies.pt

SOUND & VISION EXPERIENCE

Chris Geddes (B&S) - Imago 2007
Uma das mais populares secções do festival onde mostramos novas formas ou relações da música com a imagem. A Sound & Vision Experience ocupa hoje em dia no IMAGO um lugar de elevado destaque. Assente nos filmes-concerto, concertos e actuações de DJs e VJs, na sua maior parte internacionais eque em edições anteriores estiveram a cargo de nomes tão importantes como os dos Alpha, Andy Smith, Matthew Herbert, Kid Loco, The Herbaliser, Le Hammond Inferno, Jamie Lidell, Kid Koala, Namosh, Toolshed, Andy Votel, Erlend Oye, David Holmes, Chris Geddes (Belle & Sebastian), El Perro del Mar, DK7, Planningtorock, Xela, Helios, Casiotone For The Painfully Alone, Gonzales Solo Piano, Kalabrese, Khan of Finland The Allstar Project, ou Munch Munch entre muitos outros, em 2008 os nomes que fazem a actualidade desta relação entre a música e o cinema vão marcar presença em mais um grande e preenchido cartaz de nomes e eventos nacionais e internacionais.
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