quinta-feira, novembro 16, 2006

Testemunhos dos «estrangeiros» na UBI

Conselhos de professores ou colegas e o baixo custo de vida relativamente a países europeus mais desenvolvidos são os principais factores que levam os estudantes estrangeiros e escolherem fazer Erasmus em Portugal. Ao início, as barreiras, principalmente a linguística, são muitas, mas no fim fica a saudade e a vontade de regressar. A Kaminhos foi saber o que pensam da Universidade da Beira Interior (UBI) e dos portugueses.
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Kamila Bogdan, de 22 anos, veio da Polónia fazer algumas cadeiras do curso de Engenharia Informática e escolheu Portugal por considerar que era um dos países mais diferentes do seu. Confessa que aquilo que mais aprecia é as pessoas e o seu comportamento. “Gosto da forma como se expressam e acho engraçado os beijos nas bochechas quando se cumprimentam”, revela. Relativamente à Covilhã, para si, o melhor é a paisagem, que classifica de “espectacular
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Apesar de no seu país de origem ter feito um curso de iniciação ao português, a aluna polaca agradece a oportunidade de ter aulas em inglês, pois assim pode participar e aprender mais. “Não vim para aqui apenas por turismo, mas para aprender algo e assim posso fazê-lo”, diz.
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Lamenta que não haja ninguém da UBI a receber os alunos quando chegam à cidade como acontece em outras universidades, realçando que é difícil chamar um táxi, uma vez que os taxistas não falam inglês. “A organização podia ser melhor. É preciso trabalhar nisso”, aconselha.
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De Espanha veio Daniel Espinel, de 22 anos, para estudar Ciências da Comunicação. “Um professor disse-me que o português era uma língua com muito futuro e que o Brasil está a crescer muito. Há muitas empresas espanholas em Portugal e os trabalhadores de hoje movimentam-se por toda a Península Ibérica. Os meus colegas recomendaram-me a fazer o Erasmus na Covilhã, porque, como a cidade é pequena, há muita familiaridade entre o pessoal”, explica
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Referindo-se aos Serviços Académicos, Daniel queixa-se da burocracia portuguesa, considerando que há “pessoas ineficientes em muitas coisas”. No entanto, gosta do país e das pessoas, que considera “simpáticas”.
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No que respeita ao meio académico, entende que a matéria ministrada na UBI, nomeadamente no seu curso, “é muito mais fácil, porque os conhecimentos são genéricos”. O estudante espanhol defende que “os professores não estão tão bem qualificados como em Espanha”, mas, por outro lado, acha que a UBI “está muito bem equipada”.
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Acrescenta: “Em Espanha pensamos que os portugueses estão muito atrasados, mas não é tanto assim. São mais europeus que nós, mais abertos às culturas estrangeiras e têm uma mentalidade americana, que nós não curtimos”, graceja. (...)
Noticia Kompleta Aki "Kaminhos"

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