EUA, França, Portugal, Espanha, Nutopia... Nutopia? É o novo país criado pelos seguidores de John Lennon. A bandeira é toda branca e é muito fácil adquirir a nacionalidade «nutopiana»: basta querer.
O site oficial de Nutopia não desenvolve muito sobre o conceito do país, mas a mensagem principal não passa despercebida: «War is over if you want it» (A guerra acaba se tu quiseres). Para conhecer o novo país, clique aqui.
Onde fica Nutopia?
Nutopia, «um país sem terras, fronteiras, passaportes, só pessoas», está directamente associado ao novo documentário «The U.S. versus John Lennon» (EUA contra John Lennon), apresentado esta quinta-feira no Festival de Veneza.
O filme de David Leaf e John Scheinfeld denuncia a guerra no Iraque, ao mesmo tempo que descreve o combate do músico John Lennon contra a guerra do Vietname.
Logo a seguir aos ataques de 11 de Setembro, Paul McCartney compôs uma canção chamada «We have to fight for our right to be free» (Temos de lutar pelo direito de sermos livres). O que teria cantado John Lennon se estivesse vivo? A famosa canção com as palavras «Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz»? E agora, em 2006, estaria contra a guerra no Iraque?
Curiosamente, no fórum do país conceptual Nutopia, nem todos concordam que Lennon seria contra a invasão do Iraque...
O documentário, por sua vez, funciona como um verdadeiro manifesto contra a guerra que se trava em solo iraquiano, apesar de retratar outra época. O filme descreve o ambiente em finais dos anos 60 nos EUA, um país dividido pela guerra no Vietname.
«US versus John Lennon» conta como é que este cantor dos Beatles se converteu, gradualmente em «inimigo» do Estados Unidos, onde residia.
Denunciando o envolvimento dos EUA na guerra do Vietname, com uma guitarra, Lennon «entrou em conflito directo» com a administração do presidente Richard Nixon.
«The U.S. versus John Lennon» combina imagens de arquivo e entrevistas de intelectuais, de jornalistas, de activistas de esquerda, de ex-agentes secretos e da companheira do cantor, Yoko Ono. Vigiado pelo FBI, que lhe pôs o telefone sob escuta e o fazia seguir na rua, segundo Yoko Ono, Lennon «tinha de ser neutralizado» - era pelo menos isto, como se diz no filme, o que advogavam as mais altas esferas do estado. O cantor foi assassinado em Nova Iorque em 8 de Dezembro de 1980.
No documentário, que retrata a época do «Make Love Not War», Lennon aparece descrito como um humanista e um fervoroso pacifista.
As críticas formuladas contra o envolvimento norte-americano no Vietname continuam actuais e foram apreciadas pelos espectadores no festival, que aplaudiram longamente a única menção, no filme, ao presidente norte-americano, George W. Bush. Quem a faz é o escritor Gore Vidal: «John Lennon encarna a vida, ao passo que (os presidentes norte-americanos) Nixon e Bush encarnam a morte».
O site oficial de Nutopia não desenvolve muito sobre o conceito do país, mas a mensagem principal não passa despercebida: «War is over if you want it» (A guerra acaba se tu quiseres). Para conhecer o novo país, clique aqui.
Onde fica Nutopia?
Nutopia, «um país sem terras, fronteiras, passaportes, só pessoas», está directamente associado ao novo documentário «The U.S. versus John Lennon» (EUA contra John Lennon), apresentado esta quinta-feira no Festival de Veneza.
O filme de David Leaf e John Scheinfeld denuncia a guerra no Iraque, ao mesmo tempo que descreve o combate do músico John Lennon contra a guerra do Vietname.
Logo a seguir aos ataques de 11 de Setembro, Paul McCartney compôs uma canção chamada «We have to fight for our right to be free» (Temos de lutar pelo direito de sermos livres). O que teria cantado John Lennon se estivesse vivo? A famosa canção com as palavras «Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz»? E agora, em 2006, estaria contra a guerra no Iraque?
Curiosamente, no fórum do país conceptual Nutopia, nem todos concordam que Lennon seria contra a invasão do Iraque...
O documentário, por sua vez, funciona como um verdadeiro manifesto contra a guerra que se trava em solo iraquiano, apesar de retratar outra época. O filme descreve o ambiente em finais dos anos 60 nos EUA, um país dividido pela guerra no Vietname.
«US versus John Lennon» conta como é que este cantor dos Beatles se converteu, gradualmente em «inimigo» do Estados Unidos, onde residia.
Denunciando o envolvimento dos EUA na guerra do Vietname, com uma guitarra, Lennon «entrou em conflito directo» com a administração do presidente Richard Nixon.
«The U.S. versus John Lennon» combina imagens de arquivo e entrevistas de intelectuais, de jornalistas, de activistas de esquerda, de ex-agentes secretos e da companheira do cantor, Yoko Ono. Vigiado pelo FBI, que lhe pôs o telefone sob escuta e o fazia seguir na rua, segundo Yoko Ono, Lennon «tinha de ser neutralizado» - era pelo menos isto, como se diz no filme, o que advogavam as mais altas esferas do estado. O cantor foi assassinado em Nova Iorque em 8 de Dezembro de 1980.
No documentário, que retrata a época do «Make Love Not War», Lennon aparece descrito como um humanista e um fervoroso pacifista.
As críticas formuladas contra o envolvimento norte-americano no Vietname continuam actuais e foram apreciadas pelos espectadores no festival, que aplaudiram longamente a única menção, no filme, ao presidente norte-americano, George W. Bush. Quem a faz é o escritor Gore Vidal: «John Lennon encarna a vida, ao passo que (os presidentes norte-americanos) Nixon e Bush encarnam a morte».
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