quinta-feira, setembro 21, 2006

COISAS DA SÁBADO:COM QUE ENTÃO O BE NÃO É A EXTREMA ESQUERDA?

Uma das gentilezas com que a comunicação social mostra as suas simpatias bloquistas é nunca tratar o BE como uma organização de extrema-esquerda. A UDP, o PSR, e os outros pequenos grupos eram assim tratados no passado, mas depois da fusão-milagre aparecem sempre com uma face mais amável de inovadores do discurso político e “fracturantes” imaginativos. Aquilo é velho como Trotsky e Chomsky, mas resulta sempre.
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Louçã desde a sua aventura presidencial, percebeu que o espaço do BE encolheu, e, sempre que se sente apertado, deixa o radical chic (bom, nunca deixa inteiramente como se viu na “cow parade” para os desempregados…) e fala a linguagem pura e dura do anticapitalismo marxista da extrema-esquerda. Foi o que fez na volta do desemprego quando comparou a classe empresarial portuguesa à máfia, e, no seu verbo fácil, se lembrou do Padrinho (ele deve achar os Sopranos muito bushistas e suburbanos):
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"Temos o Carrapatoso/Corleone, o Belmiro/Corleone e o Paulo Teixeira/Corleone", que "tal como Corleone fazia aos seus colaboradores, apresentando-lhes propostas que não podiam ser recusadas, sob pena de morte, também os empresários fazem propostas irrecusáveis de rescisões voluntárias aos trabalhadores".
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Ora para quem é Corleone, para quem é da máfia, só há uma resposta - se nós levássemos a sério Louçã e o seu BE, o que num acto de bom senso não levamos, titularíamos o seu discurso inflamado, com caixa alta: “Louçã quer prender os empresários portugueses “. Ninguém fará isso, mas que é fiel á letra e ao conteúdo do comício do BE, lá isso é.
In ABRUPTO
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Ai se ele conhece-se o nosso Padrinho......!!!!!!!!

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