domingo, outubro 18, 2009

Sp. Covilhã-Sp. Braga, 0-1

O Sp. Braga ganha em qualquer lado e em qualquer competição. O mapa desportivo português é cada vez mais uma mancha bracarense. Os minhotos já venceram em Lisboa, no Algarve, na Madeira e agora na Serra da Estrela, para a Taça de Portugal. Esta equipa de Domingos Paciência é uma máquina de competição, preparada para qualquer ambiente.

Valha a verdade, o Sp. Covilhã fez por merecer o prolongamento. O golo de Matheus, já para lá do minuto 90, polvilhou o marcador final com odores de injustiça. Mas o futebol é assim mesmo e já se viu que este Sp. Braga pode também contar com aquele pequeno factor que tantas vezes faz questão de ser decisivo: a sorte.

Uma fortaleza protegida pelas forças da natureza

O Sp. Covilhã tem andado longe dos principais palcos, mas é um emblema com pergaminhos no futebol nacional. 15 participações no escalão maior e uma presença na final da Taça de Portugal (derrotado em 1956/57 pelo Benfica) são o cartão de visita destes serranos, que procuram a reabilitação e o regresso a médio-prazo à primeira divisão.

A equipa tem qualidade, sabe bem o que quer dentro de campo e faz da serra o seu campo de batalha favorito. Está escrito em qualquer manual de guerra. Um exército colocado na zona do terreno mais elevada tem à partida uma vantagem importante sobre o inimigo/invasor.

Não surpreende, por isso, que o Sp. Covilhã se sinta tão confortável em casa. Com quatro homens fisicamente fortíssimos no corredor central (Auri e Edgar na defesa, Steven Vitória e Fábio Ervões no meio-campo), a baliza serrana é uma fortaleza praticamente inexpugnável, protegida por verdadeiras forças da natureza.

Um acordo rompido ao pontapé

A história do jogo acaba por ser simples, como são quase todas as boas histórias. Um líder da Liga pouco dinâmico e intenso, poucas vezes foi capaz de perturbar as linhas mais recuadas dos leões da serra.

Na primeira parte, aliás, o controlo do jogo foi do Covilhã e só perto do intervalo o guarda-redes Diego Silva teve de intervir. Mossoró e Hugo Viana, principalmente estes, pareceram sempre demasiado sobranceiros na fase de construção. No Sp. Covilhã, o problema foi outro: durante demasiado tempo, limitou-se a resistir à invasão, evitando até muito tarde punir os minhotos com contra-ofensivas.

Na etapa complementar, principalmente depois da entrada do enérgico Matheus, o Sp. Braga melhorou. Em duas ou três ocasiões a equipa de Domingos esteve perto do golo, embora o Covilhã nunca se tenha perturbado. Já nos últimos 20 minutos, os serranos até tiveram as suas oportunidades, mas a partir de certa altura percebeu-se que a ida a prolongamento fazia parte de um acordo tácito.

Um acordo rompido num brilhante remate em arco de Matheus, já depois do minuto 90. O Sp. Braga só sabe vencer. E fá-lo em qualquer parte do país. Mesmo na fortaleza (quase) inexpugnável do Covilhã.

TVI24




Vídeo: Sporting da Covilhã

Excelente jogo do Sporting da Covilhã que jogou melhor que muitos "grandes" já jogaram este ano frente a este Sp. de Braga que lidera a Liga Sagres. Tivemos leões da serra este sábado num estádio cheio e que revelou não ter grandes condições para ser o palco dos jogos da nossa equipa se esta aspirar a maiores vôos.

4 comentários:

LPCV tower disse...

Fomos roubados !!

Helio Garcia disse...

ainda nao consegui perceber porque foi o golo anulado.
Ali se há alguma falta é do jogador do Braga.
Foi uma boa exibição do Covilhã. Gostei.

Pedro R. disse...

Helio Garcia: É evidente que o jogador do Sp. Covilhã jogou com a mão. Boa equipa esta, a da Serra, só é pena ser uma filial do Sporting de Lisboa. Podiam deixar de o ser e mudar as cores do equipamento.

Anónimo disse...

Pedro R. o Sp. Covilhã filial do Sporting de Lisboa??? Está redondamente enganado !!! Fale só daquilo que tem a certeza !!!