Breve contributo para uma
estratégia regional de energia
estratégia regional de energia
Como Bill Clinton lembrou, quando visitou Portugal em Junho de 2008, os países que se vão afirmar na economia global são os que encontrarem uma resposta melhor para a questão da energia e do ambiente.
Cada dia, cada hora que passa, a afirmação do antigo Presidente dos Estados Unidos da América ganha maior urgência e ao contrário do que alguns poderiam concluir, as crises, financeira e depois económica, não podem servir de pretexto ao adiamento de decisões e investimentos que mexem com o futuro da sustentabilidade do planeta.
Pelo contrário, este desafio, que eu considero um verdadeiro desígnio, é um combate que regiões, como a nossa, podem vencer com grandes probabilidades de, ao contribuir para o todo nacional, recuperarem muita da influência que perderam nas últimas décadas.
Portugal não dispõe de petróleo ou gás natural e a extracção do carvão que ainda existe nosso território já não é rentável sob o ponto de vista económico. É por isso que cerca de 85% da energia consumida é importada e tem origem em combustíveis fósseis. Essa importação custa-nos, anualmente cerca de 5% do nosso Produto Interno Bruto, aproximadamente 6,4 mil milhões de euros (em 2007).
Apostar nas energias renováveis não é apenas uma moda (apesar de ser bastante positivo que seja encarado como uma moda). Ao apostar nas renováveis, privilegia-se a economia nacional de duas formas: quer diminuindo o tradicional desequilíbrio das nossas contas externas, quer promovendo uma autêntica indústria nacional de produção de energia com recursos totalmente nacionais. Por outro lado, e não menos importante, contribuímos para a preservação do planeta, não agravando um dos maiores problemas da nossa civilização: o aquecimento global.
Nos dias de hoje, o distrito de Castelo Branco é já, e em termos absolutos, o sexto maior distrito do país em energias renováveis. A hídrica, a biomassa e especialmente a eólica são as componentes do “mix” energético da Beira Interior que nos permite sermos regionalmente “exportadores” no capítulo electricidade.
Ao potencial hídrico já aproveitado, de 110 MW, juntar-se-ão nos próximos anos (até 2016) os cerca de 48MW da muito desejada e já adjudicada Barragem do Alvito (concelhos de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Proença-a-Nova) e cujo custo de construção orça os 268 milhões de Euros.
Na biomassa, a central de Vila Velha de Ródão, foi construída com o objectivo de, utilizando resíduos florestais, ser possível produzir electricidade para 70 mil pessoas. Esta central, a primeira de vários licenciamentos deste tipo no distrito, tem uma potência instalada cerca de 13 MW.
Na eólica, a potência instalada no distrito de Castelo Branco era, em 2006, de 178 MW. No final de 2008 era de 406 MW. Parques como o do Pinhal Interior (nos concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila Velha de Rodão) ou o de Penamacor, possibilitaram este crescimento que garante ao distrito o título de segundo distrito do país com mais eólica, a seguir a Viseu.
Mas para além da decisão de construção da barragem do Alvito (englobada no Plano Nacional de Barragens) acrescem ainda concursos em curso que visam reforçar a biomassa e a eólica no nosso distrito em mais 56 MW.
Mas apesar de o distrito produzir (de uma forma limpa) quase sete vezes mais electricidade do que aquela que consome, muito mais há a fazer: a sustentabilidade do planeta e a economia assim o exigem.
É necessário, desde logo actuar ao nível da eficiência energética onde espero que as propostas autárquicas deste ano apresentem algo mais do que meras declarações de intenções. Por outro lado é de sublinhar que os estudos sobre o potencial eólico do nosso distrito (figura anexa) demonstram que, especialmente nos concelhos do Fundão e da Covilhã, falta ter a capacidade e a vontade de aproveitar melhor o potencial energético (eólico) da nossa região.
Jorge Seguro Sanches
Cada dia, cada hora que passa, a afirmação do antigo Presidente dos Estados Unidos da América ganha maior urgência e ao contrário do que alguns poderiam concluir, as crises, financeira e depois económica, não podem servir de pretexto ao adiamento de decisões e investimentos que mexem com o futuro da sustentabilidade do planeta.
Pelo contrário, este desafio, que eu considero um verdadeiro desígnio, é um combate que regiões, como a nossa, podem vencer com grandes probabilidades de, ao contribuir para o todo nacional, recuperarem muita da influência que perderam nas últimas décadas.
Portugal não dispõe de petróleo ou gás natural e a extracção do carvão que ainda existe nosso território já não é rentável sob o ponto de vista económico. É por isso que cerca de 85% da energia consumida é importada e tem origem em combustíveis fósseis. Essa importação custa-nos, anualmente cerca de 5% do nosso Produto Interno Bruto, aproximadamente 6,4 mil milhões de euros (em 2007).
Apostar nas energias renováveis não é apenas uma moda (apesar de ser bastante positivo que seja encarado como uma moda). Ao apostar nas renováveis, privilegia-se a economia nacional de duas formas: quer diminuindo o tradicional desequilíbrio das nossas contas externas, quer promovendo uma autêntica indústria nacional de produção de energia com recursos totalmente nacionais. Por outro lado, e não menos importante, contribuímos para a preservação do planeta, não agravando um dos maiores problemas da nossa civilização: o aquecimento global.
Nos dias de hoje, o distrito de Castelo Branco é já, e em termos absolutos, o sexto maior distrito do país em energias renováveis. A hídrica, a biomassa e especialmente a eólica são as componentes do “mix” energético da Beira Interior que nos permite sermos regionalmente “exportadores” no capítulo electricidade.
Ao potencial hídrico já aproveitado, de 110 MW, juntar-se-ão nos próximos anos (até 2016) os cerca de 48MW da muito desejada e já adjudicada Barragem do Alvito (concelhos de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Proença-a-Nova) e cujo custo de construção orça os 268 milhões de Euros.
Na biomassa, a central de Vila Velha de Ródão, foi construída com o objectivo de, utilizando resíduos florestais, ser possível produzir electricidade para 70 mil pessoas. Esta central, a primeira de vários licenciamentos deste tipo no distrito, tem uma potência instalada cerca de 13 MW.
Na eólica, a potência instalada no distrito de Castelo Branco era, em 2006, de 178 MW. No final de 2008 era de 406 MW. Parques como o do Pinhal Interior (nos concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila Velha de Rodão) ou o de Penamacor, possibilitaram este crescimento que garante ao distrito o título de segundo distrito do país com mais eólica, a seguir a Viseu.
Mas para além da decisão de construção da barragem do Alvito (englobada no Plano Nacional de Barragens) acrescem ainda concursos em curso que visam reforçar a biomassa e a eólica no nosso distrito em mais 56 MW.
Mas apesar de o distrito produzir (de uma forma limpa) quase sete vezes mais electricidade do que aquela que consome, muito mais há a fazer: a sustentabilidade do planeta e a economia assim o exigem.
É necessário, desde logo actuar ao nível da eficiência energética onde espero que as propostas autárquicas deste ano apresentem algo mais do que meras declarações de intenções. Por outro lado é de sublinhar que os estudos sobre o potencial eólico do nosso distrito (figura anexa) demonstram que, especialmente nos concelhos do Fundão e da Covilhã, falta ter a capacidade e a vontade de aproveitar melhor o potencial energético (eólico) da nossa região.
Jorge Seguro Sanches
Deputado à Assembleia da República pelo
distrito de Castelo Branco
Coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão Eventual de Energia
http://twitter.com/JorgeSeguro
Publicado no Jornal do Fundão
distrito de Castelo Branco
Coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão Eventual de Energia
http://twitter.com/JorgeSeguro
Publicado no Jornal do Fundão
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