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Covilhã entre os municípios
mais endividados.

Autarquia serrana surge em terceiro lugar no índice de endividamento líquido em relação às receitas do ano anterior no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. Câmara lembra os números do investimento feito e é, por outro lado, a que menos despesas tem, a nível nacional, com funcionários

A Covilhã surge no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, relativo a 2007, como o terceiro com maior índice de endividamento líquido em relação às receitas do ano anterior. O Fundão é apontado como estando em ruptura financeira. É o segundo do País com maior rácio de dívidas a fornecedores face às receitas totais do ano anterior. Em melhor situação aparece Castelo Branco, na lista dos municípios sem endividamento líquido por habitante e entre os 20 melhores de média dimensão no que toca à eficiência financeira. Neste domínio, Belmonte está na lista dos melhores concelhos de pequena dimensão, tal como o Sabugal.

E se a situação global da Covilhã apresenta alguma debilidade financeira, é dos 308 municípios aquele que tem menos despesa com pessoal. Os custos com os funcionários representam 8,92 por cento da despesa total. No entanto, o estudo não contempla os funcionários das empresas municipais. A autarquia, em comunicado, realça a “especial importância” deste indicador “se se tiver em conta que as despesas com pessoal são as que detêm um maior peso relativo na estrutura da despesa”.

O município covilhanense é ainda o nono na lista dos que têm maior passivo, o sexto com menores resultados económicos, na análise da diferença entre proveitos e custos, e o oitavo nos grupos municipais (que inclui as empresas municipais) com maior índice de dívida líquida. A autarquia serrana é também a 16ª com maior índice de dívida a fornecedores relativamente às receitas totais do ano anterior.

Câmara da Covilhã destaca “opção pelo investimento”

A Câmara da Covilhã destaca a opção estratégica pelo investimento que tem seguido, e que se reflecte no estudo em causa. “Por cada mil euros de despesa no município da Covilhã, 751,9 euros foram aplicados em investimento produtivo”. A autarquia covilhanense destaca o segundo lugar na lista das despesas em investimento, “com um peso de 75,19 por cento na estrutura da despesa.

No que concerne à dívida líquida, no mesmo comunicado é frisado o peso elevado de rubricas referentes a investimento. No mesmo documento a edilidade nota que as dívidas a curto prazo representam “apenas 18 por cento da dívida total”. Um débito que poderia ser totalmente liquidado hoje “recorrendo aos depósitos bancários existentes e às dívidas de terceiros para com a Câmara da Covilhã, designadamente da Administração Central e de Fundos Comunitários, que totalizam cerca de 10 milhões de euros”.

No conjunto da dívida de médio e longo prazo, acentua a edilidade covilhanense, “os financiamentos à habitação, dívida à EDP e empréstimos para financiamentos de componentes de fundos comunitários e requalificação, representam mais de 80 por cento” (...)

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