terça-feira, março 06, 2007

Jornadas «Pobreza e Desenvolvimento», na UBI

A criação de hortas sociais, lojas de produtos feitos por desempregados e medidas para recuperar habitações são algumas das propostas para combater a pobreza na região transfronteiriça da Guarda e Salamanca, em debate terça-feira e quarta-feira nas I Jornadas Transfronteiriças "Pobreza e Desenvolvimento", nas instalações da Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã.

As ideias fazem parte de um estudo realizado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social (ODES) da Universidade da Beira Interior para a Cáritas Diocesana da Guarda.
Intitulado "Mais próximo do Próximo - Caracterização da pobreza na área de influência da diocese da Guarda", o documento vai ser apresentado terça-feira de manhã, nas I Jornadas Transfronteiriças "Pobreza e Desenvolvimento", a par de um estudo semelhante sobre a região espanhola de Salamanca.

"As áreas transfronteiriças luso-espanholas têm idênticos problemas de desertificação, de precariedade de emprego e prostituição internacional, só para citar alguns dos que é necessário enfrentar", disse à agência Lusa Pires Manso, responsável pelo estudo português.

O trabalho, a que a agência Lusa teve acesso, baseou- se em inquéritos realizados no primeiro semestre de 2006 a 400 pessoas necessitadas para definir o perfil de pobreza na área da diocese.

O estudo conclui que a maioria dos necessitados são mulheres, um quarto é analfabeto e está numa situação de pobreza "que se arrasta há, pelo menos, cinco anos, sendo em muitos casos herança de gerações anteriores".


Kaminhos

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