"Sessenta instrumentistas, oriundos de 26 países, vão participar no 6/o Concurso Internacional de Instrumentos de Arco Júlio Cardona, que se realiza no Teatro-Cine, na Covilhã, com entrada gratuita. "Vão estar presentes alunos das melhores escolas de instrumentos de arco do mundo inteiro e por isso vai ser um concurso a não perder", disse à Agência Lusa o maestro Campos Costa, organizador do evento, acrescentando que Portugal e Espanha são os países mais representados, com 16 concorrentes cada.
Segundo Campos Costa, "houve muita dificuldade para financiar esta edição e a próxima está em causa". "Esta edição está orçada em 50 mil euros", referiu. O Ministério da Cultura e a Câmara da Covilhã eram os maiores patrocinadores, no entanto, "o apoio da tutela baixou de 30 mil euros em 2006 para 4.450 euros este ano".
O apoio da Câmara da Covilhã, por seu turno, baixou de 10 mil para 2.500 euros. "Tanto num caso como noutro, alegam dificuldades financeiras para justificar a redução. Por isso, o concurso está em causa", assegurou Campos Costa. O maestro sublinhou que, além do violino e violoncelo, o Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona costumava ter outros dois instrumentos em prova, a viola o contrabaixo, mas foram excluídos devido à falta de apoio.
Os participantes estão divididos pelas classes A (concorrentes até 30 anos de idade) e B (concorrentes até 18 anos de idade) para cada um dos instrumentos (violino e violoncelo). Todos os dias haverá provas, com o concerto final, com entrega de prémios e recital dos primeiros classificados, a ter lugar no dia 5 de Abril, às 21:30.
Na tarde de dia 05, pelas 15h00, haverá ainda uma tertúlia sobre o compositor covilhanense Gabriel Morais e Sousa, numa"iniciativa que se destina a divulgar a sua obra, parte da qual será executada pelo pianista Francisco Monteiro", disse Campos Costa. A tertúlia assinala os 50 anos da morte de Gabriel Morais e Sousa, natural da vila do Tortosendo. O artista faleceu com apenas 28 anos.
O concurso é promovido pela Delegação da Covilhã da Juventude Musical Portuguesa, sendo o júri formado pelo maestro Manuel Ivo Cruz (que preside), maestro Wolfgang Izquierdo (Espanha), Zófia Woycicka (Polónia), Luís Sá Pessoa e Emanuel Frazão Pereira (Portugal). Para cada instrumento, o primeiro prémio da classe A é de 2.500 euros e o segundo vale 1.250. Na classe B, o vencedor arrecada mil euros e o segundo classificado recebe 500 euros. "Atribuímos um interesse especial ao violino, dado que o patrono do concurso, Júlio Cardona, era violinista", explicou Campos Costa. A edição deste ano conta com a participação da Orquestra de Câmara da Universidade do Minho, tanto no concerto final como nas provas finais da classe A."
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