Depois da Câmara da Covilhã negar apoio a centro social O vereador do PS diz que a maioria PSD na Câmara da Covilhã “escolhe alvos de perseguição política” e anunciou um estudo onde pretende revelar os casos de discriminação e perseguição que estão silenciados no concelho
José Serra dos Reis, vereador socialista na Câmara da Covilhã e presidente do Centro de Apoio a Crianças e Idosos de Cortes do Meio, não se conforma com o facto de a autarquia ter negado apoio financeiro à Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) a que preside. Acusa a maioria PSD na Câmara da Covilhã de “discriminar politicamente” pessoas e instituições.
José Serra dos Reis, vereador socialista na Câmara da Covilhã e presidente do Centro de Apoio a Crianças e Idosos de Cortes do Meio, não se conforma com o facto de a autarquia ter negado apoio financeiro à Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) a que preside. Acusa a maioria PSD na Câmara da Covilhã de “discriminar politicamente” pessoas e instituições.
“São escolhidos alvos, que são discriminados ao ponto de se asfaltarem ruas só até determinado ponto, porque dai para a frente mora um elemento da oposição. E a rua já não é mais asfaltada”, exemplificou Serra dos Reis, no final da reunião de executivo da última sexta-feira.Defendendo que a discriminação “acontece em várias freguesias”, Serra dos Reis está a realizar “um trabalho de levantamento dessas situações”.
“Espero concluí-lo em breve para apresentar publicamente quais são as freguesias onde o asfalto termina, onde também termina o alinhamento político”, sublinha o vereador, acrescentando que o “mesmo acontece noutras matérias, para além do asfalto.
“NÃO HÁ RAZÃO PARA APOIAR”.
Falando pela primeira vez sobre o assunto, Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, disse que “não há razão para apoiar” o Centro de Cortes do Meio, já que, desta forma, se está “a dar cumprimento àquilo que a mesma pessoa que é vereador e presidente dessa instituição [Serra dos Reis] recomenda”.
Ou seja, continua o autarca, “quando as situações financeiras são periclitantes, como diz a oposição, a primeira coisa a fazer são economias”.O edil lança várias analogias para suportar a decisão. “É o mesmo que criticar um jornal e depois pedir uma entrevista para páginas centrais ou então falar mal de um banco e depois chamar o gerente e pedir um empréstimo”, refere Carlos Pinto.
Sobre a acusação de perseguição política por parte da maioria PSD no executivo, o autarca responde que “isso é o que a oposição está a fazer à Câmara pela dupla posição dessa pessoa. É uma falta de coerência na vida pública”, conclui.
Faltam estudo e regras.No caso do apoio negado ao centro social das Cortes, Miguel Nascimento, também vereador do PS, referiu que a Covilhã necessita de um estudo que indique as necessidades sociais do concelho. “A Câmara não tem um regulamento de atribuição de apoios a instituições desta natureza e, não havendo um critério definido, a atribuição de subsídios, como neste caso, baseia-se em motivações político-partidárias”, acusa.
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