aRKeoLoGia De UMa FLaTuLêNCia
Em sessão da Assembleia Municipal de 4 de Abril de 2008, foi votada, pela maioria ámen-ista, a abertura do concurso para o novo mercado municipal da Covilhã, que iria ocupar os cinco mil metros quadrados da antiga garagem de São Cristóvão, edifício em ruínas localizada junto ao cemitério.
A soberania da corte rural anunciou, na dita assembleia, no seu caudal argumentativo, a necessidade de forrar a empreitada com o copular, no mesmo pacote, de um piso inteiro para estacionamento gratuito e o compromisso de construção de um novo quartel para os Bombeiros Voluntários da Covilhã no edifício da central eléctrica, junto à estação. Mesmo que não passe de uma destemperada cagança fantasiosa, o exaltado anúncio da proeza de um novo quartel dos bombeiros, obra “extruturante” de extrema importância para o futuro da cidade, faria cair por terra quaisquer resistências.
Na apresentação da proposta em Assembleia Municipal tive oportunidade de sublevar a minha opinião, votando contra e questionando a necessidade da construção de um novo Mercado Municipal na Covilhã, dado que, este edifício de referência histórica e patrimonial na Covilhã, para 60 anos, serve ainda perfeitamente a funcionalidade para que foi criado, reconhecendo, no entanto, a necessidade de uma remodelação no sentido de serem criadas as condições exigidas. Lembro também que durante o ano de 2000, o mesmo edifício foi sujeito a obras de remodelação completa, num valor superior a 500 mil euros, em termos de estacionamento e de logística.
Na respectiva Assembleia Municipal, a justificação, da soberana corte, para avançar para o novo mercado foi elíptica, grosseira e estapafúrdia, sem pareceres de técnicos entendidos em questões patrimoniais e actividades tradicionais, mas apenas no arremesso de fisga, de um pretenso anúncio de desgraça, da ASAE, em encerrar o mercado actual. Sabemos do potencial desta prestigiada autoridade, de dominação carismática, em fazer tremer as pernas e aniquilar reservas de rebelião entre os súbditos.
Quanto ao edifício do actual mercado municipal, a sentença estava já consumada, tendo sido ocupado o seu primeiro andar, por uma daquelas modernaças centrais telefónicas, que nascem neste país como cogumelos, e a promessa de umas centenas de postos de trabalho, quanto ao tipo e condições de trabalho que estes, pomposamente, também chamados contact-centers oferecem, estamos conversados…
Concurso aberto a 7 de Abril, três dias após aprovação, propostas entregues, propostas abertas, vencedor não encontrado! Na palavras do vereador provincial, Esgalhado, os projectos denunciavam a mácula do excesso na volumetria e dimensão para as necessidades locais, este mestre na arte de marear não se deve ter sabido explicar no anúncio do concurso, como assim lhe competia. Para suprir o excesso, comprometeu-se pessoalmente na selecção de uma das propostas para a reformulação do projecto, mesmo correndo o risco de suscitar reservas em termos legais na usurpação do possível direito a novo concurso público, o gesto real que seria o mais expectado, mas os súbditos não podem conhecer todos os recantos do que a lei permite.
Habituados às mudanças bruscas de hábitos e humores, uma obra que o ano corrente estaria a ver crescer, a soberania da corte real meteu marcha atrás, talento por demais conhecido e recorrente na ordenança da polis covilhanense. Carlos Pinto anuncia que afinal o que era já deixou de ser e a discussão da localização do novo mercado baixaria de novo à Assembleia Municipal. A localização na Garagem de São Cristóvão era só para disfarçar? Na boa tradição covilhanense o que é anunciado como lançamento de um satélite, no espacejo, não são mais que tiros de pólvora seca, e neste caso resta a esperança que o mercado fique onde está por muitos e longos anos, que é essa a vontade dos vendedores e do povo da Covilhã, e que a oposição, nesta cidade, não se fique apenas por lá ir comprar o peixe.
Na apresentação da proposta em Assembleia Municipal tive oportunidade de sublevar a minha opinião, votando contra e questionando a necessidade da construção de um novo Mercado Municipal na Covilhã, dado que, este edifício de referência histórica e patrimonial na Covilhã, para 60 anos, serve ainda perfeitamente a funcionalidade para que foi criado, reconhecendo, no entanto, a necessidade de uma remodelação no sentido de serem criadas as condições exigidas. Lembro também que durante o ano de 2000, o mesmo edifício foi sujeito a obras de remodelação completa, num valor superior a 500 mil euros, em termos de estacionamento e de logística.
Na respectiva Assembleia Municipal, a justificação, da soberana corte, para avançar para o novo mercado foi elíptica, grosseira e estapafúrdia, sem pareceres de técnicos entendidos em questões patrimoniais e actividades tradicionais, mas apenas no arremesso de fisga, de um pretenso anúncio de desgraça, da ASAE, em encerrar o mercado actual. Sabemos do potencial desta prestigiada autoridade, de dominação carismática, em fazer tremer as pernas e aniquilar reservas de rebelião entre os súbditos.
Quanto ao edifício do actual mercado municipal, a sentença estava já consumada, tendo sido ocupado o seu primeiro andar, por uma daquelas modernaças centrais telefónicas, que nascem neste país como cogumelos, e a promessa de umas centenas de postos de trabalho, quanto ao tipo e condições de trabalho que estes, pomposamente, também chamados contact-centers oferecem, estamos conversados…
Concurso aberto a 7 de Abril, três dias após aprovação, propostas entregues, propostas abertas, vencedor não encontrado! Na palavras do vereador provincial, Esgalhado, os projectos denunciavam a mácula do excesso na volumetria e dimensão para as necessidades locais, este mestre na arte de marear não se deve ter sabido explicar no anúncio do concurso, como assim lhe competia. Para suprir o excesso, comprometeu-se pessoalmente na selecção de uma das propostas para a reformulação do projecto, mesmo correndo o risco de suscitar reservas em termos legais na usurpação do possível direito a novo concurso público, o gesto real que seria o mais expectado, mas os súbditos não podem conhecer todos os recantos do que a lei permite.
Habituados às mudanças bruscas de hábitos e humores, uma obra que o ano corrente estaria a ver crescer, a soberania da corte real meteu marcha atrás, talento por demais conhecido e recorrente na ordenança da polis covilhanense. Carlos Pinto anuncia que afinal o que era já deixou de ser e a discussão da localização do novo mercado baixaria de novo à Assembleia Municipal. A localização na Garagem de São Cristóvão era só para disfarçar? Na boa tradição covilhanense o que é anunciado como lançamento de um satélite, no espacejo, não são mais que tiros de pólvora seca, e neste caso resta a esperança que o mercado fique onde está por muitos e longos anos, que é essa a vontade dos vendedores e do povo da Covilhã, e que a oposição, nesta cidade, não se fique apenas por lá ir comprar o peixe.
2 comentários:
Mas que é esta poetisa? Até podia vir ajudar a AAUBI.
Sugiro a criação de uma petição para que o mercado fique onde está.
Olha Aluno da AAUBI a poetisa também é aluna da UBI, é uma questão se a convidares:)
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