terça-feira, abril 14, 2009

Grémio da Estrela...


Os ares da Páscoa transformam certas personagens na imagem viva do mártir paroquial. Assim Manuel Silva Ramos aparece justamente nomeado ao Prémio Romão Vieira. Desta vez, naquela novel(i)a semanal que nos chega plasmada nos pergaminhos* do Jornal do Fundão, o escritor (que ganhou um prémio em 1968) aplaude outro mártir que alomba com a cruz da misericórdia e da compaixão. Esse mesmo, caro leitor, eles juntam-se. Desinteressadamente, o Grémio* limita-se a amparar-lhe a lágrima, porque o género literário, esse é inefável, como pode constatar aqui ao lado.

*Pergaminho -s. m. Pele de carneiro, cabra, ovelha ou cordeiro preparada com alúmen para nela se escrever...

Em resposta às críticas que um certo sr. Lourenço Brito terá feito ao eleitoralismo das "medidas de apoio social" da CMC, veio esta semana a terreiro, que é como quem diz, nos pergaminhos do Jornal do Fundão, um conjunto de cartas em defesa dessas "benesses" e do próprio Carlos Pinto que espelham bem, entre outras coisas, o fanatismo a que conduz a personalização do poder. - A si, caro leitor, parece-lhe lícito chamar "benesse", mais ou menos o mesmo que "esmola", a estes "apoios" públicos? - Estará mesmo em causa o amor pelos idosos do concelho, como vimos noutra ocasião? - Serão estas reacções motivadas pela genuína preocupação com a miséria alheia? "Benesses que o nosso presidente "?

2 comentários:

pph disse...

Faz-se muita m**** na câmara, mas as ate as ditas "benesses" criticam? E defender essas "benesses" é fanatismo? Por amor de deus.. há muita coisa mal para poderem pegar, deixem os idosos com o seu cartão em paz.Agora me disserem que existe concretamente algo de errado com este sistema ja sou obrigado a concordar. Não se verifica ou apura as verdadeiras posses quem usufrui do cartão do idoso. Deve ser diferenciado sim senhor, quem é abastado não precisa disto. Afinal de contas isto é um apoio social, e como bem se sabe, quem pode não precisa de apoios.

Ana disse...

PPH, com diz o G*, uma benesse é uma esmola que se traduz em votos. Se houvesse vontade de levar a cabo uma verdadeira política social, ela não surgia apenas a 6 meses das eleições. O que há é aproveitamento da miséria alheia, porque alguns merecem mas outros não. Os 62.500€ que pagámos pela comezaina que o Pinto ofereceu no pavilhão da Anil, no arranque da sua campanha eleitoral, dava bem para proporcionar um serviço idêntico durante quase todo o ano, não achas? - Já agora, os velhos das aldeias não têm direito? E aqueles "velhos" cujas reformas sugam os nossos impostos, como acontece com os reformados do executivo camarário e outros com reformas astronómicas? É justo que se abotoem com mais este favor?