Esta semana vi uma serie de notícias e estudos sobre a pobreza em Portugal. Vi notícias recentes , outras do início do ano e outras mais antigas.
Em todas elas é possível constatar um facto: a pobreza tem aumentado estonteantemente nos últimos anos, há cada vez mais miséria, mais endividamento, mais desigualdades e mais vergonha (não é por acaso que surgiu o termo “pobreza envergonhada”). Constata-se que mais de 18 em cada 100 portugueses vive na pobreza.
Por cá a coisa não é menos grave, existem factos concretos de que na Covilhã há pobreza, existem noticias , denuncias cívicas nesse novo meio que é a blogosfera , denuncias partidárias, até eu próprio dei conta nestes retratos (no terceiro texto) de um caso extremo que vi pessoalmente no centro histórico.
Mas a verdadeira prova que tive da pobreza no nosso concelho foi quando em Maio fiz um dia de voluntariado no Banco Alimentar contra a Fome da Cova Beira. Foi surpreendente ver 36 toneladas de comida angariadas para responder às situações de pobreza, muitas delas da Covilhã ().
A sede do Banco Alimentar contra a Fome da Cova da Beira é no Bairro da Alâmpada na Boidobra e as acções que se fazem regularmente contra a fome e a pobreza são uma prova viva de cidadania e de luta por um ideal comum: a luta contra a pobreza. Nesse dia eu constatei algo fantástico, essa jornada de solidariedade juntou empresários, estudantes, operários, escuteiros, jovens do bairro, professores, reformados... Enfim, acima de todos os estatutos sócio culturais todos estávamos pelo mesmo... E é esse espírito colectivo que me faz acreditar que há cada vez mais pessoas na Covilhã próximas do outro.
Mas enganam-se os que pensam que conseguimos combater a fome e a pobreza no nosso concelho apenas com as acções do Banco Alimentar, infelizmente os recursos são poucos para tantas bocas que precisam de ser alimentadas: precisamos de uma mobilização ainda maior na ajuda ao próximo, seja no nosso bairro, na nossa rua, na nossa escola, no nosso dia-a-dia... Todas as oportunidades são imprescindíveis para nos entre ajudarmos.
Houve recentemente na Covilhã uma polémica em torno das refeições por um euro na cantina dos serviços municipais... pareceu-me algo estúpido, verdadeiramente estúpido e de uma incompreensão enorme. Houve incompreensão dos que se manifestaram contra esta acção porque é impossível apontar um dedo que seja a haver refeições a um euro para os mais carenciados... mas também houve uma incompreensão total de quem não percebeu que algumas das criticas que foram feitas não eram destrutivas, apenas questionavam (legitimamente), o facto de haver pessoas com posses a auferir essas refeições. Tem de haver compreensão, principalmente quando se trata de fulcrais da nossa sociedade.
Sabemos que esta medida é apenas um “paliativo”, não ajuda a resolver o problema de fundo mas ajuda a remediar algumas situações.
O que verdadeiramente acho, é que em matérias tão essenciais como esta devemos fazer esforços colectivos. Devemos juntar a autarquia, as instituições de solidariedade social e os cidadãos interessados e empenhados na resolução dos problemas. Todos devem ser chamados e todos devem fazer parte de uma luta contra um ideal que deve ser considerado universal.
Será que já pensamos o que seria juntar a força institucional da autarquia, a força humana das instituições de solidariedade e a força das ideias da sociedade Covilhanense, em particular as dos jovens?
Imaginemos se juntássemos num plano comum contra a pobreza experiências tão positivas como o “SharingSpot” criado pelos estudantes da UBI , o voluntariado no Banco Alimentar, na Cruz Vermelha, na Beira Serra e até nos escuteiros, a denuncia e o conhecimento de cidadãos anónimos (ou até mesmo da blogosfera), as colectividades locais, a Câmara Municipal, as Associações de Estudantes, os GAP, a própria Igreja Católica e os partidos políticos...
Por cá a coisa não é menos grave, existem factos concretos de que na Covilhã há pobreza, existem noticias , denuncias cívicas nesse novo meio que é a blogosfera , denuncias partidárias, até eu próprio dei conta nestes retratos (no terceiro texto) de um caso extremo que vi pessoalmente no centro histórico.
Mas a verdadeira prova que tive da pobreza no nosso concelho foi quando em Maio fiz um dia de voluntariado no Banco Alimentar contra a Fome da Cova Beira. Foi surpreendente ver 36 toneladas de comida angariadas para responder às situações de pobreza, muitas delas da Covilhã ().
A sede do Banco Alimentar contra a Fome da Cova da Beira é no Bairro da Alâmpada na Boidobra e as acções que se fazem regularmente contra a fome e a pobreza são uma prova viva de cidadania e de luta por um ideal comum: a luta contra a pobreza. Nesse dia eu constatei algo fantástico, essa jornada de solidariedade juntou empresários, estudantes, operários, escuteiros, jovens do bairro, professores, reformados... Enfim, acima de todos os estatutos sócio culturais todos estávamos pelo mesmo... E é esse espírito colectivo que me faz acreditar que há cada vez mais pessoas na Covilhã próximas do outro.
Mas enganam-se os que pensam que conseguimos combater a fome e a pobreza no nosso concelho apenas com as acções do Banco Alimentar, infelizmente os recursos são poucos para tantas bocas que precisam de ser alimentadas: precisamos de uma mobilização ainda maior na ajuda ao próximo, seja no nosso bairro, na nossa rua, na nossa escola, no nosso dia-a-dia... Todas as oportunidades são imprescindíveis para nos entre ajudarmos.
Houve recentemente na Covilhã uma polémica em torno das refeições por um euro na cantina dos serviços municipais... pareceu-me algo estúpido, verdadeiramente estúpido e de uma incompreensão enorme. Houve incompreensão dos que se manifestaram contra esta acção porque é impossível apontar um dedo que seja a haver refeições a um euro para os mais carenciados... mas também houve uma incompreensão total de quem não percebeu que algumas das criticas que foram feitas não eram destrutivas, apenas questionavam (legitimamente), o facto de haver pessoas com posses a auferir essas refeições. Tem de haver compreensão, principalmente quando se trata de fulcrais da nossa sociedade.
Sabemos que esta medida é apenas um “paliativo”, não ajuda a resolver o problema de fundo mas ajuda a remediar algumas situações.
O que verdadeiramente acho, é que em matérias tão essenciais como esta devemos fazer esforços colectivos. Devemos juntar a autarquia, as instituições de solidariedade social e os cidadãos interessados e empenhados na resolução dos problemas. Todos devem ser chamados e todos devem fazer parte de uma luta contra um ideal que deve ser considerado universal.
Será que já pensamos o que seria juntar a força institucional da autarquia, a força humana das instituições de solidariedade e a força das ideias da sociedade Covilhanense, em particular as dos jovens?
Imaginemos se juntássemos num plano comum contra a pobreza experiências tão positivas como o “SharingSpot” criado pelos estudantes da UBI , o voluntariado no Banco Alimentar, na Cruz Vermelha, na Beira Serra e até nos escuteiros, a denuncia e o conhecimento de cidadãos anónimos (ou até mesmo da blogosfera), as colectividades locais, a Câmara Municipal, as Associações de Estudantes, os GAP, a própria Igreja Católica e os partidos políticos...
... Juntos quantas pessoas mais poderíamos tirar
da pobreza no concelho da Covilhã?
da pobreza no concelho da Covilhã?
As grandes questões humanitárias merecem precisamente isso, um esforço unitário, e na Covilhã temos condições para o fazer, só falta mesmo haver vontade...
10 comentários:
Meu caro João,
É sempre com interesse que leio os teus comentários e não pude deixar de estranhar que não vás ao fundo da questão. É que, tal como diz o Prof. Bruto da Costa, o combate à pobreza não se faz essencialmente com medidas sociais e ou de caridade, acima de tudo faz-se com políticas económicas direccionadas para o a promoção do emprego com direitos e com medidas que promovam a justiça na distribuição da riqueza e no combate sério à corrupção.
Nota, não é uma critica é um reparo.
LPG
Concordo LPG, Felizmente há jovens no bloco, que não esta rapaz, que não ofendem os pobres insistindo na ideia de ter de lhes estender a mão. Faz-me lembrar o Nuno Reis do CDS que se fosse Presidente da Câmaraestimulava o voluntariado.Tão sensíveis aos pobrezinhos.Venham as reais e eficazes medidas poliíticas, que toda a gente sabe quais são, assim haja vontade.
pois e' ,mas nisto tudo a quem se aproveite ,com bom carro, e sempre a andar, a porta e recebe um bom cabaz que da para aquela casa e mais outras duas .e' preciso saber mamar e chular.
esta nao e' minha : Não esmoreças nem desistas.
Trabalha duro!
As 490.000 pessoas que em Portugal vivem do Rendimento Mínimo, sem trabalhar, dependem de ti!
Caro(a) LPG,
Se reparas-te, no texto está lá uma expressão que não excluiu essa análise, que aliás é essencial: "Sabemos que esta medida é apenas um “paliativo”, não ajuda a resolver o problema de fundo mas ajuda a remediar algumas situações."
Tens toda a razão, o problema da pobreza só pode ser resolvido com mudanças de fundo do sistema político, económico e arriscaria dizer social.
Até costumo usar uma espécie de metáfora sobre esta questão: Existe uma diferença entre um creme que colocado numa borbulha a faz desaparecer, e um creme que impede que outras borbulhas possam aparecer"... Parece-me que é esta a diferença entre a solidariedade e as políticas de fundo.
... Mas enquanto essa mudança não chega (e enquanto lutamos por ela) acho que outras acções como as sobre as quais escrevi tem um papel importantíssimo, dai escrever sobre elas.
Obrigado pela critica, esta sim construtiva.
Saudações
blablablab,blabla,blablablabla. Blabla,blablablabla e blabla.
Pessoas a viver na miséria, com gravíssimos problemas não só monetários mas também no que á saúde diz respeito é o que mais existe no nosso concelho. O problema é que ainda uma grande parte da população covilhanense, não tem a noção concreta do problema. Sim, há que louvar a ajuda dada por instituições privadas a quem mais necessita...Na nossa sociedade existe muito aquele conceito do "vai trabalhar como os outros...em vez de estares a pedir"
Mas sejamos coerentes e realistas, qual de nós empregaría um indivíduo com mau aspecto? Poderia mencionar que os ditos mendigos têm pouca ou nenhuma formação educacional, mas a verdade é que existem,presentemente na Covilhã, pessoas a viver na rua ou em habitações deploravéis, que passam fome e pedem na rua, detentores de um apelido histórico.
Reparem neste paragrafo,"..todos devem ser chamados e todos devem fazer parte de uma luta contra um ideal que deve ser considerado universal."....bonito não é?? Enternecedor sem duvida. Mas pense bem,a fome deve ser considerada um topico universal?? Ou será a luta contra a fome esse topico?? Mas sendo assim porquê lutar contra a luta contra a fome?? Ou a luta contra a luta contra a fome é que devera ser um topico universal?? Assim sendo, viva a Luta Contra a Luta Contra a Fome, ou não?? E porquê lutar contra um ideal que deve ser Universal??.....ISTO É TÃO Á FRENTE QUE CONFUNDE UM POUCO. Como disseram mais acima........blablablablablabla,e mais blablablablabla.
O "ideal" é a luta contra a pobreza, burro! Este país é o que é porque existem pessoas como vocês, seus anónimos baratos! Não tem opiniões, apenas porcaria na cabeça.
Está mal escrito o paragrafo referido Ó BURRO!! E ao que parece não passas de um simples burro Anónimo............BURRO!!!
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