O divórcio e o desemprego dos pais, bem como o aumento do preço das propinas, está a lançar muitos universitários na miséria. Os casos dramáticos sucedem-se por todo o país, com jovens passando fome e chegando a viver dentro de casas de banho, avança a edição do SOL desta sexta-feira
Bruno (nome fictício) desmaiou a meio de uma praxe. Quando acordou, os colegas perceberam porquê: não comia há dois dias. Tinha chegado dos Açores com 200 euros no bolso, mas o dinheiro foi-se logo no pagamento da primeira prestação das propinas, na matrícula.
Sem coragem para pedir mais dinheiro aos pais, Bruno está a viver da ajuda dos colegas, que lhe pagam as refeições na cantina da Universidade da Beira Interior (UBI).
Leonor (nome fictício) chegou no ano passado à mesma universidade. Na altura, não imaginava que o segundo ano de Economia pudesse ser tão complicado.
«O pai ficou desempregado e a mãe está de baixa há meses», conta Rui Garcia, da Associação Académica da UBI, que conhece de perto as dificuldades de estudantes que muitas vezes têm vergonha de pedir ajuda.
É o caso de Leonor: os cêntimos são contados um a um e «os pais nem sabem as dificuldades que passa para comer».
O desemprego e o divórcio dos pais estão, na maioria dos casos, na origem do agravamento das dificuldades dos alunos. «A crise veio acentuar os problemas», constata o dirigente académico da UBI.
Por Margarida Davim* SOL
5 comentários:
E os apoios da UBI? Onde andam eles?
Quem come é sempre o mesmo, o espertalhão.
E a filha do Santos Silva a residir na Residencia Universitária.. Deve precisar muito.
Qual vai ser o cartaz da recepcção ao caloiro?
Qual Santos Silva?
isto é inaceitavel!
Santos Silva = Ex reitor da UBI
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