sexta-feira, agosto 13, 2010

Volta a Portugal: Diretores desportivos perceberam alterações mas queriam etapa mais dura

As alterações à sétima etapa da Volta a Portugal em bicicleta, provocadas pelos incêndios no conselho de Seia, mereceram compreensão dos diretores desportivos, mas a maioria criticou a opção da subida à Torre por Manteigas, em vez da vertente da Covilhã.

"Havia soluções mais interessantes. Acho que devia ser feita pela Covilhã, Penhas da Saúde. Lamento que razões comerciais pesem nesta decisão. Está visto que PAD (organização) e Covilhã não ligam muito. Perde-se emoção e sentido desportivo na prova. Não tem pés nem cabeça", afirmou o diretor desportivo do Madeinox-Boavista.

A organização da corrida e a Câmara Municipal da Covilhã mantêm um diferendo há vários anos, devido a um contrato que o município diz não ter sido cumprido pela empresa promotora da Volta.

Para o técnico da LA-Rota dos Móveis, Mário Rocha, "a alteração favoreceu quem tem a obrigação de defender", ou seja, o Palmeiras Resort-Prio, equipa do camisola amarela, David Blanco, que acabou por vencer a etapa e consolidar a liderança, ganhando com cinco segundos de vantagem sobre Hernâni Broco, corredor da formação de Paredes, agora segundo da geral, a 53 segundos.

"Temos de compreender a prevenção da organização, tendo em conta os perigo envolvidos e a segurança", sublinhou, embora defenda que teria sido "importante acrescentar alguma montanha" a esta tirada entre Idanha-a-Nova e a Torre, cuja quilometragem foi reduzida de 168 para 122,9.

Carlos Pereira, da Barbot-Siper, que viu o seu pupilo David Bernabéu chegar em quinto e cair para terceiro, a 1.04 minutos, entende que foi "mais fácil para quem defende", porque "perdeu-se dureza muito significativa".

"Havia duas alternativas: a subida pela Covilhã e esta. Face à dimensão do problema penso que foram feitos os possíveis para minimizar a situação. Tenho pena que não fosse pela Covilhã, que seria mais dura e que nos convinha. Para os trepadores era vantajosa", disse, por seu turno, Jorge Piedade, do CC Loulé-Louletatno.

O diretor desportivo do Palmeiras Resort-Prio disse, por seu turno, que "a Serra da Estrela é sempre dura", seja qual fora a vertente, embora tenha admitido que se perdeu uma escalada dura, o alto de Carrazedo, contagem de montanha de primeira categoria que antecedia a ascensão final.

2 comentários:

LPCV tower disse...

Pensem nisso só depois das próximas eleições autárquicas...

Anónimo disse...

"Conselho" não, mas "concelho" de Seia sim..

nem parece dos Mafiosos..