Os centros históricos constituem elementos centrais na organização e no ordenamento do espaço urbano. Enquanto objecto de estudo, são um instrumento privilegiado para analisarmos a dialéctica urbana da permanência e da mudança e para apreendermos a cidade no seu todo. Na verdade, uma análise urbanística da Covilhã não poder focar exclusivamente as novas dinâmicas dos espaços periféricos… A cidade da Covilhã não se resume exclusivamente, como é argumentado regularmente, à dinâmica da zona da Anil, das infra-estruturas que por lá se construíram e dessa ideia (falsa) de modernidade. Analisar urbanisticamente a Covilhã implica ter um olhar multifacetado da cidade… E no enquadramento desse olhar parece-me que a questão do centro histórico da Covilhã é uma questão fulcral para compreendermos as dinâmicas de ordenamento territorial que por cá se têm aplicado.
O que é feito afinal desse milenar centro histórico da Covilhã? Se dermos uma volta pelo centro histórico da Covilhã o que encontramos? Marcas de um passado vivo? Dinâmicas sociais próprias? Habitação? Comércio? Harmonia?
Para desvendar estas questões que pairavam na minha cabeça decidi ir fazer trabalho de terreno e dirigi-me numa manhã de Sábado ao centro histórico da Covilhã… Apetecia-me respirar essa história emergente, dessa dinâmica que em tempos a Covilhã teve… Apetecia-me encontrar pessoas às janelas conversando… Pessoas na rua com quem pudesse falar sobre o centro, que descodificassem a minha ignorância… Apetecia-me respirar essa aprendizagem. E porque não escrever uma pequena história sobre o nosso centro histórico?
(...)
Era uma vez um centro histórico embrionário da Covilhã… Símbolo de história, de vivência e de cultura. Era uma vez um local onde a Covilhã nasceu, cresceu e se formou. Um espaço com um papel primordial na história da nossa cidade… Um espaço que respira a construção daquilo que a Covilhã é hoje. Tudo partiu desse espaço.
O que há afinal de contas atrás das muralhas? O que há para lá das portas do Sol?
... Que históricas escondem as paredes do centro histórico? Em que estado está afinal de contas a nossa história?
Na incapacidade de uma discrição equivalente ao meu sentimento…
…uma salva de palmas para o actual centro histórico da Covilhã!
Confrontado com esta vergonha (e já estou a ser simpático), ocorreu-me perguntar-me, quem deixou que isto chegasse a este ponto… Ocorreu-me perguntar-me quem protagoniza esta inoperância urbanística…
… Seja como for, e estejam esses senhores onde estiverem, o centro histórico da Covilhã envergonha a cidade. De que vale falar em grandes avenidas novas, modernas e futuristas? Dessa nova Covilhã emergente? De nada. Aquilo que oferecemos aos Covilhanenses que insistem em contrariar o “interioricidio” e em dar vida à Covilhã, são simplesmente pedaços partidos desses marcos de história. Aquilo que oferecemos aos nossos Covilhanenses são cacos provocados pela irresponsabilidade do adiamento!
E mais me estranhou quando das voltas que dei não vi mais que 5 placas da “Nova Covilhã – SRU” anunciando a recuperação de casas.
Há uns tempos esteve na praça do município uma espécie de exposição sobre a heróica tarefa que a “Nova Covilhã – SRU” teve para com o centro histórico. Acho louvável o que foi demonstrado: piso arranjado, corrimões colocados. Mas acho degradante que se apontem as câmaras unicamente para baixo, porque se elas forem focadas para cima, o que nós vemos são casas destruídas e degradadas.
Entretanto vai-se demolindo aqui, demolindo ali (vídeo), mas a pergunta mantém-se: para quando uma responsabilização real pela requalificação do centro histórico da Covilhã?
E atenção isto não é uma reivindicação exclusivamente minha… Tive oportunidade de falar com vários comerciantes da zona e todos eles me diziam o mesmo: “ o negócio vai de mal a pior, aqui no centro está tudo destruído e são poucas as pessoas que por cá vivem quanto mais as que por cá passam e nos compram alguma coisa, se isto assim continua vamos ter de fechar”… Todos apontaram a degradação do centro como causa essencial para a perda de dinâmica.
É urgente que a memoria da Covilhã seja reavivada, que haja coragem suficiente para se por um ponto final neste desrespeito pela nossa história e pelas gentes da nossa cidade.
O que é feito afinal desse milenar centro histórico da Covilhã? Se dermos uma volta pelo centro histórico da Covilhã o que encontramos? Marcas de um passado vivo? Dinâmicas sociais próprias? Habitação? Comércio? Harmonia?
Para desvendar estas questões que pairavam na minha cabeça decidi ir fazer trabalho de terreno e dirigi-me numa manhã de Sábado ao centro histórico da Covilhã… Apetecia-me respirar essa história emergente, dessa dinâmica que em tempos a Covilhã teve… Apetecia-me encontrar pessoas às janelas conversando… Pessoas na rua com quem pudesse falar sobre o centro, que descodificassem a minha ignorância… Apetecia-me respirar essa aprendizagem. E porque não escrever uma pequena história sobre o nosso centro histórico?
(...)
Era uma vez um centro histórico embrionário da Covilhã… Símbolo de história, de vivência e de cultura. Era uma vez um local onde a Covilhã nasceu, cresceu e se formou. Um espaço com um papel primordial na história da nossa cidade… Um espaço que respira a construção daquilo que a Covilhã é hoje. Tudo partiu desse espaço.
O que há afinal de contas atrás das muralhas? O que há para lá das portas do Sol?
... Que históricas escondem as paredes do centro histórico? Em que estado está afinal de contas a nossa história?
Na incapacidade de uma discrição equivalente ao meu sentimento…
…uma salva de palmas para o actual centro histórico da Covilhã!
Confrontado com esta vergonha (e já estou a ser simpático), ocorreu-me perguntar-me, quem deixou que isto chegasse a este ponto… Ocorreu-me perguntar-me quem protagoniza esta inoperância urbanística…
… Seja como for, e estejam esses senhores onde estiverem, o centro histórico da Covilhã envergonha a cidade. De que vale falar em grandes avenidas novas, modernas e futuristas? Dessa nova Covilhã emergente? De nada. Aquilo que oferecemos aos Covilhanenses que insistem em contrariar o “interioricidio” e em dar vida à Covilhã, são simplesmente pedaços partidos desses marcos de história. Aquilo que oferecemos aos nossos Covilhanenses são cacos provocados pela irresponsabilidade do adiamento!
E mais me estranhou quando das voltas que dei não vi mais que 5 placas da “Nova Covilhã – SRU” anunciando a recuperação de casas.
Há uns tempos esteve na praça do município uma espécie de exposição sobre a heróica tarefa que a “Nova Covilhã – SRU” teve para com o centro histórico. Acho louvável o que foi demonstrado: piso arranjado, corrimões colocados. Mas acho degradante que se apontem as câmaras unicamente para baixo, porque se elas forem focadas para cima, o que nós vemos são casas destruídas e degradadas.
Entretanto vai-se demolindo aqui, demolindo ali (vídeo), mas a pergunta mantém-se: para quando uma responsabilização real pela requalificação do centro histórico da Covilhã?
E atenção isto não é uma reivindicação exclusivamente minha… Tive oportunidade de falar com vários comerciantes da zona e todos eles me diziam o mesmo: “ o negócio vai de mal a pior, aqui no centro está tudo destruído e são poucas as pessoas que por cá vivem quanto mais as que por cá passam e nos compram alguma coisa, se isto assim continua vamos ter de fechar”… Todos apontaram a degradação do centro como causa essencial para a perda de dinâmica.
É urgente que a memoria da Covilhã seja reavivada, que haja coragem suficiente para se por um ponto final neste desrespeito pela nossa história e pelas gentes da nossa cidade.
3 comentários:
Dass.. quando penso que se acabaram as retretes, eis que me assusto novamente com o desperdicio de bits. Ja que nao acabam com isso, reduzam la o tamanho para nao dar cabo do scroll do rato ainda este ano.
oh Sr. FonsecaFoFoFon
cresça e apareça...
Força Joao Mineiro
oh Sr. FonsecaFoFoFon
cresça e apareça...
Força Joao Mineiro
Enviar um comentário