Os 119 passageiros que no domingo pouco depois das 23.00 seguiam no Comboio Intercidades Lisboa-Covilhã apanharam um valente susto quando, perto da estação de Vale de Prazeres (Fundão), viram a locomotiva do comboio incendiar-se. O fogo terá tido início no turbo da máquina, mas não se alastrou às restantes carruagens, pelo que a situação não provocou feridos. Mesmo assim, como medida de precaução, os funcionários da CP optaram por suspender a viagem, conforme confirmou ao DN, Bruno Martins, porta-voz daquela entidade.
"Trata-se de uma situação pontual, que não podemos prever, mas no sentido de minimizar os transtornos accionámos imediatamente o dispositivo de substituição rodoviária - através de autocarros - que chegou ao local num curto espaço de tempo, conduzindo depois os passageiros aos seus destinos", esclareceu aquele responsável, adiantando ainda que a restante circulação ferroviária não foi posta em causa, até porque àquela hora não havia mais circulação prevista na referida linha.
No local, ao DN, os passageiros assumiam que, numa fase inicial, sentiram algum receio e medo, mas garantiam que não se verificou qualquer situação de pânico.
"Quando estávamos a chegar à estação de Castelo Novo (alguns quilómetros antes) senti um cheiro esquisito. Cheguei a pensar que fossem parar, mas como isso não aconteceu presumi que fosse do aquecimento. Mas, a seguir a essa estação, começámos a ver faíscas e em pouco tempo as carruagens começaram a ficar com fumo. Foi quando a máquina parou", contou José Ramos, que entrou no comboio no Entroncamento.
Por seu turno, Bruno Santos garante que a viagem decorreu dentro da normalidade. "Estava tudo normal até que começámos a sentir o fumo. Nessa altura chamámos o revisor, que nos explicou que o turbo se tinha incendiado. Foi quando a máquina começou a arder. Parámos e mais tarde saímos do comboio, cada um pelo seu próprio pé", relata. A estudar no Fundão, Bruno Santos adianta que faz a viagem pelo menos duas vezes por mês e que esta foi a primeira vez que se deparou com uma situação semelhante.
Já Augusta Nogueira não tem o hábito de viajar de comboio - costuma fazer o mesmo trajecto de autocarro - mas concorda que a situação "não foi dramática". "Tudo correu normalmente até que sentimos o cheiro. Do que me informaram, o maquinista ainda tentou chegar à estação, mas como nos aproximávamos do túnel (onde as coisas podiam complicar) optaram por parar", referiu.
No local estiveram 24 homens dos Bombeiros Voluntários do Fundão. A GNR e a Protecção Civil Municipal também participaram.
Diário de Noticias
1 comentário:
Se calhar o maquinista era amigo dos outros que foram presos no tortosendo...chipou o motor do comboio e a coisa deu pro torto.
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