terça-feira, junho 13, 2006

Pêro da Covilhã ensina alunos a "Saber-Fazer"

É do conhecimento geral que as escolas são locais de saber. Mas há algumas que vão além desta função para alcançarem uma proeza maior: o saber-fazer. É o caso da Escola Pêro da Covilhã, que tem a funcionar desde o início deste ano lectivo uma Oficina de Actividades Pré-Profissionalizantes de Carpintaria. O espaço, coordenado e idealizado pelo professor João Maximino, é o refúgio de 16 alunos que ali aprendem a trabalhar com a madeira, mas também a fazer canalizações, instalações eléctricas, a pintar, envernizar ou reparar electrodomésticos. Enfim, um vasto conjunto de trabalhos técnicos e manuais que visam «despertá-los para uma profissão sem nunca descurar a escola», adianta o docente. Esta foi a solução encontrada pela Escola Pêro da Covilhã, que lecciona o quinto e o sexto ano de escolaridade, para evitar o abandono escolar dos alunos que não se sentem motivados pelos currículos tradicionais. É que a maioria destes jovens já têm 14 ou 15 anos. Uma idade de abandono escolar quando a escola «já não diz nada e o mundo lá fora é mais apelativo», salienta Jorge Antunes, presidente do conselho executivo, revelando que o Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã regista uma taxa de abandono entre «1 e 1,5 por cento». Uma realidade que apenas pode ser «suprida com este tipo de oferta diferenciada», considera. A ideia de criar esta oficina, que foi aprovada pelo Ministério da Educação, surgiu quando João Maximino regressou à Covilhã após de ter estado na delegação do Fundão da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).(...)

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