quinta-feira, junho 29, 2006

Confusão no Centro de Saúde!

Pensionistas concentrados no Centro de Saúde

A alteração do modelo de reembolsos dos medicamentos aos utentes do Centro de Saúde da Covilhã originou protestos por parte dos idosos e levou mesmo a directora daquela unidade de saúde, Eugénia Calvário, a pedir ontem a intervenção da Guarda Nacional Republicana.
Ao longo dos últimos anos, os beneficiários da Caixa de Lanifícios recebiam o dinheiro despendido em medicamentos à boca do cofre, mas a partir de 1 de Julho esses reembolsos serão feitos no prazo de 30 dias através de cheque enviado para casa dos utentes (ver texto abaixo). Termina assim a situação de excepção que se verificava no Centro de Saúde da Covilhã, único no distrito de Castelo Branco onde os pagamentos eram feitos à boca do cofre
No entanto, os beneficiários continuarão a ter de deslocar-se ao Centro de Saúde da Covilhã para entregar as facturas e as receitas. A medida foi divulgada junto das extensões de saúde, mas segundo Eugénia Calvário “as pessoas não assimilaram a informação” pensando tratar-se de um corte na comparticipação dos medicamentos. “Criou-se um pânico, uma ideia falsa, de que a partir de sábado as pessoas perdem esse benefícios, o que não é verdade”, disse Eugénia Calvário.
“Todos os utentes do distrito, com excepção dos utentes da Covilhã, já recebiam os reembolsos no prazo máximo de um mês, mas nós estamos a fazer todos os esforços para que esse prazo não seja sequer atingido e seja feito em menos tempo. Iremos fazer o processamento quinzenal”, prometeu Eugénia Calvário.

MONTANTES ULTRAPASSAM 150 MIL EUROS
Ontem, mais de 150 utentes juntaram-se ontem nas instalações do Centro de Saúde da Covilhã no período da manhã provocando uma ruptura nos serviços assegurados por duas funcionárias, quando até há sensivelmente um mês atrás, os pagamentos eram assegurados por quatro funcionárias nas instalações do antigo posto médico (mais central) que, entretanto, fecharam. “Acabei por falar pessoalmente com várias pessoas que mostraram surpresa porque afinal vão receber os mesmos reembolsos”, acrescentou aquele responsável. Quando os reembolsos à boca do cofre foram criados os valores envolvidos não ultrapassavam os 25 mil euros, mas hoje, segundo Eugénia Calvário ultrapassa os 150 mil euros.
“Para os funcionários é muito penalizador e é muito difícil dar resposta”, argumenta Eugénia Calvário, sublinhando que “alguns utentes vinham buscar reembolsos de pequenos valores, em cheques sucessivos de dois euros e dois euros e pouco”, enquanto o Cartão Municipal do Idosos permitia viagens ilimitadas. Agora, com o fim das viagens ilimitadas nos transportes públicos, terão de juntar as receitas e as facturas e entregá-las uma vez por mês para serem reembolsados posteriormente. “Uma coincidência acabou por criar uma afluência anómala”, concluiu Eugénia Calvário.

Diário XXI

Só deixo uma pequena questão... se tanta gente lá foi com receitas para pedir os seus reembolsos, é porque alguém lhas passou... e aqui os médicos têm a sua quota parte de responsabilidade... anda muita gente doente por aí... às vezes basta deixar os medicamentos que se querem que o Sr. Doutor passa logo à receita (e nem precisa de ver o doente nem nada...) Anda aí muito comerciante a exercer medicina...

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